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Palácio do Itamaraty

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 Nota: Não confundir com Palácio Itamaraty (Brasília).

Palácio do Itamaraty

Jardim e espelho d'água do Palácio do Itamaraty vistos do lado interno.
Informações gerais
Estilo dominanteNeoclássico e eclético
ArquitetoJosé Maria Jacinto Rebelo
Início da construção1851
Fim da construção1855 (170 anos)
Websitehttp://www.funag.gov.br/chdd/
Geografia
PaísBrasil
LocalizaçãoRio de Janeiro, Brasil Brasil.
Coordenadas22° 54′ 11″ S, 43° 11′ 17″ O
Mapa
Localização em mapa dinâmico

O Palácio do Itamaraty é uma edificação oitocentista brasileiro, de grande valor histórico e artístico, situada na cidade do Rio de Janeiro.

O palácio foi sucessivamente residência nobre, sede do primeiro governo republicano (18891898) e sede do Ministério das Relações Exteriores (18971970). Atualmente funciona como sede do Escritório de Representação do Ministério das Relações Exteriores (MRE) no Rio de Janeiro, Arquivo Histórico, Mapoteca, Museu Histórico e Diplomático e sede do Centro de História e Documentação Diplomática da Fundação Alexandre de Gusmão.[1][2]

Significado do nome

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Segundo Navarro, há diferentes possibilidades para o significado do nome, que tem origem tupi-guarani.[3] Entre as etimologias possíveis, há: "rio das pedras pequenas", pela junção de itá (pedra), mirim (pequeno) e ty (rio);[3] "corrente por entre pedras soltas", de ita-marã-ty; pedra branca, de itá-moroti;[4][5] "madeira duríssima e alva", de itamará ou ytamirá + ti ou -tim,[6] rio dos cristais, itá’mberá’ty ou y + itá vera (pedra clara, cristal) + tĩ ou t'y: rio), etc.[7]

Fachada neoclássica (c.1855) do Palácio do Itamaraty.

O Palácio do Itamaraty foi construído entre 1851 e 1855 por Francisco José da Rocha Leão, conde de Itamaraty, filho do primeiro barão de Itamaraty. A obra é do arquiteto brasileiro José Maria Jacinto Rebelo, discípulo de Grandjean de Montigny, arquiteto francês radicado no Brasil.

O edifício principal, em estilo neoclássico, é rigorosamente simétrico e de proporções nobres, o que é típico da sua obra de Jacinto Rebelo.

Vista externa do palácio, com vista para o espelho d'água.

Na parte posterior do palácio foi construído um espelho d'água ladeado de palmeiras imperiais. Alguns dos edifícios ao redor do pátio foram reformados entre 1927 e 1930 pelo arquiteto francês Joseph Gire, pelo escocês Robert Prentice e pelo austríaco Anton Floderer, em estilo neoclássico de tendência "Beaux-Arts".

Robert Prentice e Anton Floderer projetaram a biblioteca, através de um projeto ganhador de um concurso promovido pelo Instituto de Arquitetos do Brasil. A biblioteca foi construída entre 1928 e 1930 para guardar os arquivos, biblioteca e mapas doados ao governo pelo barão de Rio Branco.[8]. Joseph Gire projetou a cimalha, as galerias de acesso aos salões e alterações na fachada. (fonte: Relatório do Ministério dos Assuntos Exteriores, 1930)

Sede do Ministério das Relações Exteriores

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Foi sede do governo republicano de 1889 a 1898 e sede do Ministério das Relações Exteriores (MRE) de 1899 a 1970. A relação estabelecida entre a diplomacia brasileira e o antigo edifício que sediou o MRE por sete décadas fez que o termo Itamaraty se tenha tornado cognome oficial do referido Ministério.

O palácio, hoje, é escritório de representação do Ministério das Relações Exteriores no Rio de Janeiro. Parte do palácio abriga os grandes acervos do Museu Histórico e Diplomático, do Arquivo Histórico e da Mapoteca. O prédio também abriga o Escritório de Informações das Nações Unidas (ONU) no Brasil e o Centro de História e Documentação Diplomática da Fundação Alexandre de Gusmão.

O palácio foi o oitavo prédio tombado no Brasil, em 1938.[9]

Referências

  1. Página da Fundação Alexandre de Gusmão
  2. «Rio de Janeiro – Palácio Itamaraty». IPatrimônio. Consultado em 3 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 21 de junho de 2019 
  3. a b NAVARRO, E. A. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 573.
  4. SAMPAIO, Teodoro O Tupi na Geografia Nacional. Casa Eclectica, 1901; p. 132
  5. Itamarati - o berço de Petrópolis - NOTAS, por Gabriel Kopke Fróes]
  6. COSTA, Joaquim Ribeiro. Topomínia de Minas Gerais. Belo Horizonte: BDMG Cultural, 1997; BARBOSA, Waldemar de Almeida. Dicionário Histórico Geográfico de Minas Gerais, Itatiaia: 1995, apud Cidades mineiras com nomes indígenas
  7. ASSIS, Cecy Fernandes de Dicionário Ñe'ẽ Ryru Avañe'ẽ Guarani-Português/ Português-Guarani, 2008.
  8. Herança Arquitetônica na página do BNDES[ligação inativa]
  9. Estrutura Organizacional: Unidades do MRE nos Estados: Palácio Itamaraty no Rio de Janeiro

Ligações externas

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