Diocese da Panônia

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Dioecesis Pannoniarum
Diocese da Panônia
Diocese do(a) Império Romano
314–década de 440


Ilírico e Dácia por volta de 400
Capital Sirmio
Líder vigário

Período Antiguidade Tardia
314 Criada originalmente como parte da pref. pret. da Itália
356 Incorporada pela recém-criada pref. pret. da Ilíria
395 Reincorporada pela Itália depois da morte de Teodósio I
425 Presenteada ao imperador romano do Oriente Teodósio II
década de 440 Conquistada pelos hunos

A Diocese da Panônia (português brasileiro) ou Diocese da Panónia (português europeu), conhecida a partir de 395 como Diocese do Ilírico (Illyricum) ou Diocese da Ilíria, foi uma diocese do período final do Império Romano[1] cuja capital, sede do vigário, era Sirmio.

História[editar | editar código-fonte]

As províncias da diocese originalmente faziam parte da prefeitura pretoriana da Itália, mas posteriormente juntaram-se à prefeitura pretoriana da Ilíria quando a diocese foi criada em 356.[carece de fontes?] Disputada por ambos as metades do império, a Panônia era uma das duas dioceses que foram incorporadas à porção oriental da Tetrarquia que não tinha raízes culturais gregas (a outra era a Dácia), e acabou sendo transferida definitivamente para o Império Romano do Ocidente com a morte de Teodósio I em 395 e reincorporada à Itália.[2] Pelas décadas seguintes a Panônia foi continuamente ocupada por tribos bárbaras, principalmente godos e hunos. Em 427, os romanos alegaram terem conseguido retomar a região.[3]

Em 425, Gala Placídia, em um acordo firmado com o imperador Teodósio II (r. 408–450), concedeu ao Império Bizantino a cidade de Salona, na Dalmácia.[4] Seu destino final é incerto: a região foi perdida para os hunos na década de 440,[2] embora a Dalmácia tenha ficado sob controle imperial até a década de 480.[5] Em 454, com o colapso do Império Huno, o imperador bizantino Marciano (r. 450–457) assentou os ostrogodos liderados pelos irmãos Valamiro, Videmiro e Teodomiro na Panônia como federados.[6] Em 504, sob Teodorico, o Grande (r. 474–526), os ostrogodos tomaram Sírmio e o distrito vizinho que estava sobre controle dos gépidas.[7]

Estrutura[editar | editar código-fonte]

A Diocese da Panônia incluía as seguintes províncias:[2]

Estava ainda sob sua jurisdição o exarca de Sirmio, as metrópoles de Lauríaco, Vindomana, Sirmio, Salona, Salisburgo e o "locus incertus" (veja Miholjanec).

Referências

  1. Burns 1994, p. 165.
  2. a b c Džino 2010, p. 75.
  3. Wolfram 1990, p. 256.
  4. MacGeorge 2002, p. 39.
  5. Martindale 1980, p. 815.
  6. Wolfram 1990, p. 261.
  7. Martindale 1980, p. 886.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Burns, Thomas S. (1994). Barbarians Within the Gates of Rome: A Study of Roman Military Policy and the Barbarians, Ca. 375-425 A.D. Bloomington, Indiana: Indiana University Press. ISBN 0253312884 
  • Džino, Danijel (2010). Becoming Slav, Becoming Croat: Identity Transformations in Post-Roman and Early Medieval Dalmatia. Leida: Brill. ISBN 9004186468 
  • Martindale, J. R.; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1980). The prosopography of the later Roman Empire - Volume 2. A. D. 395 - 527. Cambridge e Nova Iorque: Cambridge University Press 
  • MacGeorge, Penny (2002). Late Roman Warlords. Oxford: Oxford University Press. ISBN 0199252440 
  • Wolfram, Herwig (1990). History of the Goths. Berkeley, Londres e Los Angeles: University of California Press. ISBN 9780520069831 
  • The Times History of Europe, Times Books, London, 2001.