Panteísmo

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 Nota: Não confundir com Panenteísmo.
 Nota: Não confundir com Pandeísmo.

O panteísmo é a crença de que absolutamente tudo e todos compõem um Deus abrangente, e imanente,[1] ou que o Universo (ou a Natureza) e Deus são idênticos.[2] Sendo assim, os adeptos dessa posição, os panteístas, não acreditam num deus pessoal, antropomórfico ou criador. A palavra é derivada do grego pan (que significa "tudo") e theos (que significa "deus"). Embora existam divergências dentro do panteísmo, as ideias principais dizem que Deus é encontrado em todo o cosmos como uma unidade abrangente, portanto é inaceitável no panteísmo o politeísmo (adoração e crença em vários deuses), pois as divindades são tidas como aspectos diferentes do absoluto.[3] Recorrendo ao Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, lemos que o panteísmo só admite como Deus "o todo, a universalidade dos seres", não sendo portanto, um conteúdo em particular Deus, mas sim a totalidade deste.[4]

O panteísmo foi popularizado na era moderna tanto como uma teologia quanto uma filosofia baseada na obra de Baruch de Espinosa,[5] que escreveu o tratado Ética, uma resposta à teoria famosa de Descartes sobre a dualidade do corpo e do espírito.[6] Espinosa declarou que ambos eram a mesma coisa, e este monismo terminou sendo uma qualidade fundamental da sua filosofia. Ele usava a palavra "Deus" para descrever a unidade de qualquer substância. Embora o termo "panteísmo" não tivesse sido inventado durante seu tempo de vida, hoje Espinosa é considerado como um dos mais célebres defensores da crença.[7]

Relação com outras doutrinas e com a ciência[editar | editar código-fonte]

De entre as doutrinas ocidentais, o panteísmo é uma das que mais se aproximam das filosofias orientais como o budismo, o jainismo, o taoismo e o hinduísmo. É também a linha filosófica que mais se aproxima da filosofia hermética do antigo Egito, onde o principal objetivo é fazer parte da conspiração Universal (ou conspiração Cósmica).

Panteísmo e panenteísmo[editar | editar código-fonte]

No panteísmo, Deus tem tamanho igual ao universo. Já no panenteísmo, Deus está dentro do Universo, mas existe também fora dele.[8]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Encyclopedia of Philosophy ed. Paul Edwards. Nova Iorque: Macmillan and Free Press. 1967. p. 34.
  2. The New Oxford Dictionary Of English. 11ª edição. Oxford: Clarendon Press. 1998. p. 1341.
  3. «O que é panteísmo?». Consultado em 28 de fevereiro de 2012. Arquivado do original em 27 de março de 2013 
  4. Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. panteísmo. Acesso: 25 de novembro, 2012.
  5. Picton, James Allanson (1905). Pantheism: its story and significance. Chicago: Archibald Constable & CO LTD.. ISBN 978-1419140082.
  6. Plumptre, Constance (1879). General sketch of the history of pantheism, Volume 2. Londres: Samuel Deacon and Co. pp. 3–5, 8, 29. ISBN 9780766155022.
  7. Shoham, Schlomo Giora (2010). To Test the Limits of Our Endurance. Cambridge Scholars. pp. 111. ISBN 1443820687.
  8. John Culp (May 19, 2009). "Panentheism". The Stanford Encyclopedia of Philosophy. Stanford, CA page=: Stanford Uni versity. "Peacocke identifies his understanding of God's relation to the world as panentheism because of its rejection of dualism and external interactions by God in favor of God always working from inside the universe. At the same time, God transcends the universe because God is infinitely more than the universe".
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