Partido da Mobilização Nacional
Partido da Mobilização Nacional Mobilizar para Mudar
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Número eleitoral | 33 |
Presidente | Antonio Massarollo[1] |
Vice-presidente | Glauco Nascimento[1] |
Secretário-geral | Lucas Albano[1] |
Fundador | Celso Brant |
Tesoureiro-geral | Reginaldo Moreira[1] |
Fundação | 21 de abril de 1984 (36 anos)[2] |
Registro | 25 de outubro de 1990 (30 anos)[3] |
Sede | São Paulo, SP[1] |
Ideologia | Nacionalismo brasileiro[2] Progressismo[2] Nativismo[2] |
Espectro político | Atual: Centro-esquerda[4] Pouco definido[5] Histórico: Esquerda[2][6] |
Think tank | Fundação Juscelino Kubitschek |
Ala jovem | PMN Jovem |
Ala feminina | PMN Mulher |
Ala LGBT | PMN Diversidade |
Ala ambiental | PMN Meio Ambiente e Sustentabilidade |
Membros | 214.992 filiados[7] |
Governadores (2021) | 0 / 27 |
Prefeitos (2020) | 13 / 5 568 |
Senadores (2021) | 0 / 81 |
Deputados federais (2021) | 0 / 513 |
Deputados estaduais (2018) | 5 / 1 024 |
Vereadores (2020) | 200 / 56 810 |
Cores | Vermelho |
Página oficial | |
pmn | |
Política do Brasil |
Partido da Mobilização Nacional (PMN) é um partido político brasileiro de espectro político de centro-esquerda[4] porém pouco definido.[5] Obteve registro permanente em 25 de outubro de 1990.[3] Em fevereiro de 2021 possuía 214.992 filiados, sendo São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro os estados com mais membros.[7]
Nas eleições de 2018 o partido ajudou a eleger os atuais governadores do Acre, de Alagoas, da Bahia, do Ceará, de Goiás, do Mato Grosso do Sul, da Paraíba e de Pernambuco. Entretanto não declarou apoio a algum dos presidenciáveis.[8]
Atualmente o PMN é um dos partidos com o qual o grupo político do presidente Jair Bolsonaro está negociando a sua entrada, apesar da resistência de membros da sigla.[9] A preferência do presidente é por um partido pequeno onde ele possa ter o controle da executiva nacional e dos diretórios.[9]
História[editar | editar código-fonte]
O PMN, segundo seu manifesto de lançamento, foi criado em 21 de abril de 1984 como um movimento nacionalista.[10] Sua transformação em partido político se tornou possível a partir da aprovação em maio de 1985 da Emenda Constitucional nº 25, que, além de legalizar os partidos comunistas, permitiu a apresentação na eleição seguinte de candidatos de partidos ainda em formação.[10] Seu registro definitivo junto ao TSE seria obtido em 25 de outubro de 1990.[10][11]
Do programa apresentado pelo PMN por ocasião de seu lançamento constavam, entre outros pontos, a realização da reforma agrária, a adoção de uma política externa independente e voltada para o Terceiro Mundo, o rompimento com o Fundo Monetário Internacional (FMI), a declaração da moratória da dívida externa em conjunto com os demais países da América Latina, a implementação de uma política econômica voltada para a ampliação do mercado interno e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte.[10] Segundo seu manifesto, o partido nascia “com a missão de dar continuidade ao único projeto político da nossa história, a Inconfidência Mineira”.[10] O partido adotou como patrono Tiradentes e como símbolo a bandeira dos Inconfidentes.[10] Definiu-se ainda como um partido defensor da democrácia e da soberania nacional com base na “mobilização consciente da população”.[10] Seu primeiro presidente foi o ex-deputado federal Celso Teixeira Brant, cassado pelo regime militar implantado em 1964.[10]
O PMN participou das eleições presidenciais no Brasil em duas oportunidades. Em 1989, lançou Brant como presidenciável, tendo terminado o pleito em décimo-nono lugar, com 109.909 votos (0,15% das intenções de voto). Em 1998, o partido lançou a candidatura do brigadeiro Ivan Moacyr da Frota, que obteve votação maior: 251.337 votos (0,37 % dos votos). Eventualmente, o partido possui representação parlamentar no Congresso Nacional. Valéria Monteiro se filiou ao PMN para disputar a presidência do Brasil em 2018, mas a convenção do partido abriu mão de candidatura própria e também de apoiar qualquer outro candidato no primeiro turno.
Nas eleições parlamentares brasileiras de 2006 o PMN não conseguiu superar a então recém-instituída cláusula de barreira estabelecida pela legislação eleitoral. Em decorrência disto, o partido estudou fundir-se com o Partido Popular Socialista (PPS) e o Partido Humanista da Solidariedade (PHS) para formar um novo bloco partidário, cujo nome adotado foi o de Mobilização Democrática (MD), mas depois que o Supremo Tribunal Federal julgou inconstitucional a cláusula, o bloco foi desfeito e os partidos se separaram.
Novamente, em abril de 2013, o PPS propôs fundir-se ao PMN para formar a Mobilização Democrática (MD), entretanto em 28 de junho de 2013 a executiva nacional do PMN rejeitou a proposta, anulando o processo de fusão.[12]
Nas eleições de 2016, o partido conquista pela primeira vez a prefeitura de uma das principais metrópoles do país e capital do estado paranaense, Curitiba com a Vitória de Rafael Greca, que voltou a comandar o município após 20 anos afastado.
Nas eleições de 2018 o partido elegeu 3 Deputados Federais entre eles: Pastor Gildenemyr & Eduardo Braide (atualmente no PL e PODE, ambos eleitos pelo estado do Maranhão) e Zé Vitor (atualmente no PL sendo eleito pelo estado de Minas Gerais), elegendo em seguida 6 Deputados Estaduais.
Nas eleições de 2020, O partido elege 13 prefeituras e 200 vereadores, sem eleger nenhum prefeito nas capitais como na eleição municipal anterior onde foi eleito Rafael Greca em Curitiba.
Organização[editar | editar código-fonte]
Nas eleições de 2018, o PMN elegeu 3 deputados federais — Eduardo Braide (MA), Pastor Gildenemyr (MA) e Zé Vitor (MG) — mas todos trocaram de partido.
Mandatos atuais[editar | editar código-fonte]
Deputados estaduais atuais (5) | |||
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UF | Deputado(a) | UF | Deputado(a) |
AL | Francisco Tenório | PA | Orlando Lobato |
ES | Janete de Sá | RO | Dr. Neidson |
MA | Wendell Lages | ||
Observações: O deputado Dr. Batista (PR), eleito pelo PMN, foi para o DEM em 2020. |
Prefeitos atuais (13) | ||
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UF | Município | Prefeito(a) |
ES | Bom Jesus do Norte | Toninho Gualhano |
GO | Moiporá | Zé Wilson |
MA | Bacabeira | Fernanda Gonçalo |
MA | Santa Rita | Dr. Hilton |
MG | Borda da Mata | Afonso da Padaria |
MG | Catas Altas da Noruega | Paulinho Tiago |
MG | Delta | Markin |
MG | Piranga | Luisinho |
MG | Santa Cruz do Escalvado | Gilmar |
MG | Setubinha | Neco |
MG | Urucuia | Rutílio |
PA | Oeiras do Pará | Gilma Ribeiro |
PR | Manoel Ribas | Corona |
Presidentes Nacionais[editar | editar código-fonte]
- Celso Brant
- Oscar Noronha Filho (até março de 2014; desde o ano 2000, já era presidente)
- Telma Ribeiro dos Santos (março de 2014 até 13 de Setembro de 2016; acumulava funções de presidente desde 2010; morreu durante o mandato)
- Antônio Carlos Bosco Massarollo (setembro de 2016 até atualmente)
Oscar Noronha Filho é considerado presidente de honra do PMN.[13]
Simbologia[editar | editar código-fonte]
Desde a década de 1989, o PMN usa o triângulo usado pela Inconfidência Mineira; o patrono do partido é Joaquim José da Silva Xavier. No dia 21 de abril de 1986, dia de Tiradentes, foi lançado no sítio de Pombal (onde nasceu o patrono), o Movimento d'A Retomada da Inconfidência, baseada na carta de São João D'el Rey de Oscar Noronha Filho, um dos mais influentes políticos do partido.[14]
Desempenho eleitoral[editar | editar código-fonte]
Legislatura | Bancada | % | ± |
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49.ª (1991–1995) | 1 / 503 |
0,19 | ![]() |
50.ª (1995–1999) | 4 / 513 |
0,77 | ![]() |
51.ª (1999–2003) | 2 / 513 |
0,38 | ![]() |
52.ª (2003–2007) | 1 / 513 |
0,19 | ![]() |
53.ª (2007–2011) | 3 / 513 |
0,58 | ![]() |
54.ª (2011–2015) | 4 / 513 |
0,77 | ![]() |
55.ª (2015–2019) | 3 / 513 |
0,58 | ![]() |
56.ª (2019–2023) | 3 / 513 |
0,58 | ![]() |
Eleições estaduais[editar | editar código-fonte]
Participação e desempenho do PMN nas eleições estaduais de 2018[16] | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Candidatos majoritários eleitos (8 governadores e 14 senadores).
Em negrito estão os candidatos filiados ao PMN durante a eleição.
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Eleições presidenciais[editar | editar código-fonte]
Ano | Imagem | Candidato a Presidente | Candidato a Vice-Presidente | Coligação | Votos | Posição |
---|---|---|---|---|---|---|
1989 | Celso Brant | José Natan Emídio Neto | sem coligação | 109.909 (0,15%) | 19ª | |
1994 | Leonel Brizola (PDT) | Darcy Ribeiro (PDT) | PMN / PDT | 2.015.284 (3,18%) | 5ª | |
1998 | Ivan Frotta | João Ferreira da Silva | sem coligação | 251.337 (0,37%) | 5ª | |
2002 | Luiz Inácio Lula da Silva (PT) | José Alencar (PL) | PMN / PT / PL / PCdoB / PCB | 52.793.364 (61,27%) | 1ª | |
2010 | José Serra (PSDB) | Indio da Costa (DEM) | PMN / PSDB / DEM / PTB / PPS / PTdoB | 43.711.388 (43,95%) | 2ª | |
2014 | Aécio Neves (PSDB) | Aloysio Nunes (PSDB) | PMN / PSDB / SD / DEM / PEN / PTN / PTB / PTC / PTdoB | 51.036.040 (48,36%) | 2ª |
Referências
- ↑ a b c d e PMN. «Executiva Nacional». Consultado em 8 de março de 2021
- ↑ a b c d e «História do PMN (até 2014)». Fundação Getúlio Vargas. Consultado em 8 de março de 2021
- ↑ a b TSE. «Partidos políticos registrados no TSE». Consultado em 8 de março de 2021
- ↑ a b Gazeta do Povo (25 de dezembro de 2019). «Apenas um partido se define como de direita no Brasil; Esquerda tem sete». Consultado em 8 de março de 2021
- ↑ a b Pindograma (12 de fevereiro de 2021). «Partidos em Números: PRTB e PMN». Consultado em 8 de março de 2021
- ↑ Folha de São Paulo (12 de agosto de 2018). «Genealogia dos partidos». Consultado em 8 de março de 2021
- ↑ a b TSE. «Estatísticas do eleitorado – Eleitores filiados». Consultado em 8 de março de 2021
- ↑ G1 (20 de julho de 2018). «Candidatos à Presidência da República nas eleições de 2018: veja quem são». Consultado em 8 de março de 2021
- ↑ a b O Globo (8 de março de 2021). «Bolsonaro negocia com DC, PMN e PSC e deve anunciar novo partido este mês». Consultado em 8 de março de 2021
- ↑ a b c d e f g h Erro de citação: Etiqueta
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- ↑ «PMN desiste da fusão com PPS que criaria a Mobilização Democrática». Portal G1
- ↑ PMN (16 de abril de 2015), Homenagem ao presidente de honra Dr. Oscar Noronha Filho, consultado em 26 de julho de 2018
- ↑ Facebook do PMN
- ↑ Bancada na Eleição Portal da Câmara dos Deputados. Acessado em 8 de março de 2021.
- ↑ TSE. «Repositório de Dados Eleitorais». Consultado em 8 de março de 2021