Partido da Terra

Movimento Partido da Terra | |
---|---|
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Líder | Manuel Ramos |
Fundação | 12 de agosto de 1993 |
Sede | ![]() R. Beneficência, 111-1º 1600-018 Avenidas Novas, Lisboa |
Ideologia | Liberalismo clássico Ecocapitalismo Conservadorismo verde Humanismo |
Espectro político | Centro-direita |
Ala jovem | Juventude pela Terra (JpT) |
Grupo no Parlamento Europeu | Partido Popular Europeu |
Assembleia da República | 0 / 230 |
Parlamento Europeu | 0 / 21 |
Cores | Verde |
Página oficial | |
www.mpt.pt/ | |
O Partido da Terra (MPT),[1] anteriormente designado por MPT – Partido da Terra[2] e originalmente chamado de Movimento o Partido da Terra,[3] foi fundado em 12 de agosto de 1993. Assume-se hoje como um partido político português de centro-direita, porém ecologista numa perspetiva de economia de mercado.
Entre 2005 e 2009, o partido elegeu 2 deputados para a Assembleia da República: Pedro Quartin Graça e Luís Carloto Marques, eleitos nas listas do Partido Social Democrata, através de um acordo com o então líder, Pedro Santana Lopes. Nas eleições legislativas de 2009, o Partido da Terra apresentou-se em coligação com o Partido Humanista obtendo 12 405 votos (0,22%).
O atual líder é Manuel Ramos, eleito no XI Congresso a 22 de junho de 2019, sendo o presidente honorário Gonçalo Ribeiro Telles, fundador do partido.
Índice
- 1 História
- 2 Ideologia
- 3 Resultados Eleitorais
- 4 Congressos Nacionais do MPT - Partido da Terra
- 5 Líderes
- 6 Referências
- 7 Ligações externas
História[editar | editar código-fonte]
Fundado em 1993, estreou-se em eleições nesse mesmo ano, nas autárquicas, tendo conquistados 2 vereadores em Ferreira do Zêzere, ficando em 2º lugar, apenas atrás do Partido Social Democrata na mesma localidade.
Nas eleições legislativas portuguesas de 1995, formou uma coligação eleitoral com o Partido Popular Monárquico, Coligação Ecologia e Futuro, conquistando 5 932 votos (0,10%).
Nas eleições autárquicas portuguesas de 2001, consegue a conquista de uma Câmara, a de Celorico da Beira e 4 vereadores.
No seu IV Congresso, em 2 de novembro de 2002, o MPT - Partido da Terra assumiu-se definitivamente como uma formação política ao abandonar a designação de “Movimento”.[4]
Entre 2005 e 2009, o MPT teve dois deputados eleitos à Assembleia da República no âmbito de um acordo pré-eleitoral firmado com o Partido Social Democrata, pelos círculos eleitorais de Lisboa (Pedro Quartin Graça) e Setúbal (Luís Carloto Marques), um deputado na Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, a par de ter conquistado mais de 300 eleitos locais.
Em abril de 2009, o partido anunciou em conferência de imprensa conjunta com o líder da aliança pan-europeia Libertas.eu, Declan Ganley, que iria concorrer nas eleições europeias de 2009.[5] Apesar de ser a favor da integração europeia, o MPT defende uma maior transparência na União Europeia e a realização de um referendo ao Tratado de Lisboa em Portugal.[6] Na eleição, conquistou 24 065 votos (0,67%).
Para as eleições legislativas portuguesas de 2009, o Partido da Terra formou a Frente Ecologia e Humanismo, com o Partido Humanista recebendo 0,22% dos votos, com o MPT - Partido da Terra a concorrer isolado nos círculos eleitorais dos Açores e da Madeira. Nas eleições autárquicas desse mesmo ano, o Partido da Terra conquistou 2 vereadores, 17 deputados municipais e 47 deputados de freguesia, isolado ou em coligação.
Nas eleições legislativas portuguesas de 2009, o MPT conquista 0,41% dos votos, passando do 14º para o 8º lugar, muito devido a uma maior profissionalização da campanha, bem como o apoio de vários famosos.
Nas eleições legislativas regionais na Madeira em 2011, conseguiu manter o seu deputado, apesar de uma ligeira descida eleitoral.
O Partido da Terra - MPT obteve o seu melhor resultado nas eleições europeias de 25 de Maio de 2014 elegendo com mais de 234 000 votos dois eurodeputados. O fenómeno deveu-se à candidatura do ex-bastonário da Ordem dos Advogados, António Marinho e Pinto, que foi cabeça de lista como independente. O eurodeputado viria a ser convidado a desvincular-se do partido, tendo formado o seu próprio: o Partido Democrático Republicano.
Actualmente, o Partido da Terra é, de acordo com as eleições legislativas de 2015, é a 12.ª força política nacional (22 705 votos).
Nos dias 21 e 22 de outubro de 2018, o MPT teve que bloquear contas bancárias do partido em razão de decisões judiciais e passivos financeiros. Como consequência, o partido caiu em insolvência. O líder do partido informou o público sobre esta situação em 21 de dezembro de 2018. [7]
Ideologia[editar | editar código-fonte]
- Ambientalismo;
- Desenvolvimento sustentável;
- Relação sustentável entre as comunidades humanas e a natureza;
- Defesa da cooperação com todos os povos do mundo;
- Liberalismo económico;
- Menor interferência do Estado na vida dos cidadãos.
Resultados Eleitorais[editar | editar código-fonte]
Eleições legislativas[editar | editar código-fonte]
Data | Líder | Cl. | Votos | % | +/- | Deputados | +/- | Status | Notas |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1995 | Gonçalo Ribeiro Telles | Coligação Ecologia e Futuro | 0 / 230 |
Extra-parlamentar | |||||
1999 | Gonçalo Ribeiro Telles | 7.º | 19 938 | 0,37 / 100,0 |
0 / 230 |
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Extra-parlamentar | ||
2002 | Gonçalo Ribeiro Telles | 7.º | 15 540 | 0,28 / 100,0 |
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0 / 230 |
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Extra-parlamentar | |
2005 | Paulo Trancoso | Listas do PSD | 2 / 230 |
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Oposição | ||||
2009 | Pedro Quartin Graça | Frente Ecologia e Humanismo | 0 / 230 |
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Extra-parlamentar | ||||
2011 | Pedro Quartin Graça | 8.º | 22 705 | 0,41 / 100,0 |
0 / 230 |
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Extra-parlamentar | ||
2015 | José Inácio Faria | 11.º | 22 596 | 0,42 / 100,0 |
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0 / 230 |
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Extra-parlamentar | |
2019 | Manuel Ramos | 14º | 12 952 | 0,25 / 100,0 |
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0 / 230 |
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Extra-parlamentar |
Eleições europeias[editar | editar código-fonte]

Data | Cabeça de Lista | Cl. | Votos | % | +/- | Deputados | +/- |
---|---|---|---|---|---|---|---|
1994 | 8.º | 12 955 | 0,43 / 100,0 |
0 / 25 |
|||
1999 | Paulo Trancoso[8] | 8.º | 13 924 | 0,40 / 100,0 |
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0 / 25 |
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2004 | Luís Filipe Marques | 9.º | 13 671 | 0,40 / 100,0 |
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0 / 24 |
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2009 | Pedro Quartin Graça | 8.º | 24 062 | 0,67 / 100,0 |
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0 / 22 |
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2014 | António Marinho e Pinto | 4.º | 234 788 | 7,14 / 100,0 |
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2 / 21 |
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2019 | Não concorreu | ![]() |
Eleições autárquicas (resultado que excluem os resultados de coligações envolvendo o partido)[editar | editar código-fonte]
Câmaras e Vereadores Municipais[editar | editar código-fonte]
Data | Cl. | Votos | % | +/- | Presidentes CM | +/- | Vereadores | +/- |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1993 | 7.º | 23 408 | 0,43 / 100,0 |
0 / 305 |
2 / 2 006 |
|||
1997 | 15.º | 1 884 | 0,04 / 100,0 |
![]() |
0 / 305 |
![]() |
2 / 2 021 |
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2001 | 12.º | 12 568 | 0,24 / 100,0 |
![]() |
1 / 308 |
![]() |
4 / 2 044 |
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2005 | 13.º | 1 589 | 0,03 / 100,0 |
![]() |
0 / 308 |
![]() |
0 / 2 046 |
![]() |
2009 | 9.º | 11 069 | 0,20 / 100,0 |
![]() |
0 / 308 |
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2 / 2 078 |
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2013 | 14.º | 6 660 | 0,13 / 100,0 |
![]() |
0 / 308 |
![]() |
2 / 2 086 |
![]() |
2017 | 18.º | 3 372 | 0,07 / 100,0 |
![]() |
0 / 308 |
![]() |
0 / 2 074 |
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Assembleias Municipais[editar | editar código-fonte]
Data | Cl. | Votos | % | +/- | Deputados | +/- |
---|---|---|---|---|---|---|
1993 | 7.º | 22 653 | 0,42 / 100,0 |
11 / 6 769 |
||
1997 | 15.º | 1 844 | 0,03 / 100,0 |
![]() |
5 / 6 807 |
![]() |
2001 | 11.º | 12 694 | 0,24 / 100,0 |
![]() |
18 / 6 876 |
![]() |
2005 | 9.º | 1 590 | 0,03 / 100,0 |
![]() |
0 / 6 695 |
![]() |
2009 | 8.º | 11 144 | 0,20 / 100,0 |
![]() |
14 / 6 946 |
![]() |
2013 | 13.º | 5 525 | 0,11 / 100,0 |
![]() |
11 / 6 487 |
![]() |
2017 | 25.º | 4 919 | 0,10 / 100,0 |
![]() |
1 / 6 461 |
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Assembleias de Freguesia[editar | editar código-fonte]
Data | Cl. | Votos | % | +/- | Deputados | +/- |
---|---|---|---|---|---|---|
1993 | 8.º | 12 490 | 0,23 / 100,0 |
38 / 33 458 |
||
1997 | 11.º | 3 162 | 0,06 / 100,0 |
![]() |
39 / 33 953 |
![]() |
2001 | 11.º | 8 626 | 0,16 / 100,0 |
![]() |
120 / 34 569 |
![]() |
2005 | 9.º | 3 100 | 0,06 / 100,0 |
![]() |
23 / 34 498 |
![]() |
2009 | 8.º | 8 400 | 0,15 / 100,0 |
![]() |
47 / 34 672 |
![]() |
2013 | 13.º | 4 569 | 0,09 / 100,0 |
![]() |
18 / 27 167 |
![]() |
2017 | 26.º | 4 072 | 0,08 / 100,0 |
![]() |
7 / 27 019 |
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Eleições regionais[editar | editar código-fonte]
Região Autónoma dos Açores[editar | editar código-fonte]
Data | Líder | Cl. | Votos | % | +/- | Deputados | +/- | Status | Notas |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
2004 | 5.º | 369 | 0,35 / 100,0 |
0 / 52 |
Extra-parlamentar | ||||
2008 | Manuel Moniz | 6.º | 674 | 0,75 / 100,0 |
![]() |
0 / 57 |
![]() |
Extra-parlamentar | |
2012 | Manuel Moniz | 7.º | 833 | 0,77 / 100,0 |
![]() |
0 / 57 |
![]() |
Extra-parlamentar | |
2016 | João Motta Gomes | 9.º | 343 | 0,37 / 100,0 |
![]() |
0 / 57 |
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Extra-parlamentar |
Região Autónoma da Madeira[editar | editar código-fonte]
Data | Líder | Cl. | Votos | % | +/- | Deputados | +/- | Status | Notas |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
2007 | João Isidoro Gonçalves | 6.º | 3 175 | 2,26 / 100,0 |
1 / 47 |
Oposição | |||
2011 | João Isidoro Gonçalves | 8.º | 2 839 | 1,93 / 100,0 |
![]() |
1 / 47 |
![]() |
Oposição | |
2015 | Roberto Vieira | Coligação Mudança | 0 / 47 |
![]() |
Extra-parlamentar |
Congressos Nacionais do MPT - Partido da Terra[editar | editar código-fonte]
- I Congresso -
- II Congresso -
- III Congresso - 18 e 19 de março de 2000
- IV Congresso - 1 e 2 de novembro de 2002
- V Congresso - 21 e 22 de maio de 2005
- VI Congresso -
- VII Congresso -
- VIII Congresso - 17 de dezembro de 2011
- IX Congresso - 14 de novembro de 2014
- X Congresso - 10 de fevereiro de 2018
Líderes[editar | editar código-fonte]
- Gonçalo Pereira Ribeiro Telles (12 de agosto de 1993 - 2 de novembro de 2002)
- Paulo Trancoso (2 de novembro de 2002 - 14 de março de 2009)
- Pedro Quartin Graça Simão José (14 de março de 2009 - 17 de dezembro de 2011)
- John Rosas Baker (17 de dezembro de 2011 - 22 de novembro de 2014)[9]
- José Inácio Faria (22 de novembro de 2014 - 22 de junho de 2019)[10][11]
- Luís Vicente (10 de fevereiro de 2018 - 22 de junho de 2019)[12] - nunca reconhecido oficialmente como líder pelo Tribunal Constitucional, que invalidou o X Congresso do partido (2018) em que Luís Vicente foi eleito líder, através do acórdão 656/2018, de 12 de dezembro [13], tendo José Inácio Faria sido reconhecido como líder até à eleição de Manuel Ramos pelo acórdão 358/2019, de 19 de junho[14]
- Manuel Ramos (22 de junho de 2019 - presente)[15]
Referências
- ↑ «Acórdão N.º 115/07». TC - Tribunal Constitucional. 15 de fevereiro de 2007. Consultado em 11 de maio de 2010
- ↑ «Acórdão N.º 397/03». TC - Tribunal Constitucional. 7 de agosto de 2003. Consultado em 11 de maio de 2010
- ↑ «Acórdão N.º 455/93». TC - Tribunal Constitucional. 12 de agosto de 1993. Consultado em 11 de maio de 2010
- ↑ «MPT tem novo líder». Correio da Manhã. Consultado em 28 de janeiro de 2018
- ↑ "Libertas and MPT announce European election partnership" Arquivado em 4 de junho de 2009[Erro data trocada] no Wayback Machine., 27 April 2009, http://www.libertas.eu/ Arquivado em 4 de junho de 2009[Erro data trocada] no Wayback Machine.
- ↑ "Europeias: MPT quer referendo em Portugal e é contra Tratado de Lisboa" Arquivado em 8 de julho de 2011[Erro data trocada] no Wayback Machine., 27 April 2009, Correio do Minho
- ↑ Ramos, Manuel (21 de dezembro de 2018). «SITUAÇÃO DE INSOLVÊNCIA FINANCEIRA DO MPT» (pdf). MOVIMENTO PARTIDO DA TERRA. Consultado em 24 de abril de 2019. Cópia arquivada (PDF) em 24 de abril de 2019
- ↑ http://web.archive.org/web/20021117084545fw_/http://www.mpt.pt:80/historico/europeias/1999/listaCandidatos.htm
- ↑ «Partido da Terra tem novo líder». Rádio Renascença. Consultado em 28 de janeiro de 2018
- ↑ «Eurodeputado eleito presidente do MPT». PÚBLICO. Consultado em 23 de outubro de 2015
- ↑ «Eurodeputado José Inácio Faria novo presidente do Movimento Partido da Terra | DNOTICIAS.PT». www.dnoticias.pt. Consultado em 23 de outubro de 2015
- ↑ «Luís Vicente sucede a José Inácio Faria na liderança de um MPT "mais científico"». www.dnoticias.pt. Consultado em 10 de fevereiro de 2018
- ↑ Acórdão 656/2018 do Tribunal Constitucional, de 12 de dezembro
- ↑ Acórdão 358/2019 do Tribunal Constitucional, de 19 de junho
- ↑ MPT elege Manuel Ramos presidente em Congresso extraordinário, DN 25.06.2019