Pata Pata
"Pata Pata" | |
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Single de Miriam Makeba do álbum Pata Pata | |
Lançamento | novembro de 1967 |
Gravação | 1967 |
Gênero(s) | afro-pop |
Duração | 3:04 |
Gravadora(s) | Reprise Records |
Composição | Miriam Makeba e Jerry Ragovoy |
"Pata Pata" é uma canção dançante de afro-pop popularizada pela cantora sul-africana Miriam Makeba. Sua composição é creditada a Makeba e Jerry Ragovoy. A mais popular gravação foi realizada nos Estados Unidos, em 1967.[1][2] É considerada o maior hit de Makeba e foi regravada por muitos artistas.
Origens
[editar | editar código-fonte]O título "Pata Pata" significa "toque toque" na língua xhosa,[3] idioma em que a foi originalmente escrita e cantada.[2] "Pata Pata" também é o nome de um estilo dança muito popular nos shebeens (espécie de bar com músicas) de Sophiatown (subúrbio de Joanesburgo)[4] em meados da década de 1950. O dançarino se agachava diante de sua parceira e acariciava seu corpo ao ritmo da música; à medida em que ele se levantava ela girava, movendo os quadris.[5][6] Em outra versão da dança "Os dançarinos ficam em uma fileira com os braços estendidos para a frente, as palmas das mãos viradas para o chão, enquanto as mulheres davam tapinhas em cada um de modo que lembrava uma revista de segurança, após o que os homens fazem o mesmo com as mulheres."[nota 1] "Pata Pata" de Makeba não foi a única canção inspirada na dança "pata pata".[7] A melodia desta canção foi baseada na instrumental "Phatha Phatha" de Shumi Ntutu e Isaac Nkosi, que por sua vez foi baseada em "Noma Kumnyama" de Alson Mkhize.[7] Em 1956, foi popular a canção "Ei Yow Phata Phata" de Dorothy Masuka, que é nitidamente diferente da canção de Makeba,[7]
Gravações
[editar | editar código-fonte]"Pata Pata" de Makeba foi originalmente cantada, gravada e lançada na África do Sul pelo grupo feminino do qual ela fazia parte, The Skylarks, em 1959.[8][7] Algumas fontes indicam, contudo, que a primeira gravação da música por The Skylarks se dera em 1956.[9]
Em 1967, após estabelecer uma carreira de sucesso como cantora nos Estados Unidos, Miriam voltou a regravar a canção, tendo Jerry Ragovoy como produtor, e com a adição de alguns trechos falados em inglês. Ragavoy foi então creditado como co-autor das estrofes e da música.[10] Foi gravada nos Estados Unidos no álbum de estúdio que tem o mesmo nome.[2]
Outras versões
[editar | editar código-fonte]- 1966: Lynn Taitt (Merritone 7" single pela Federal Records) Rocksteady Instrumental[11]
- 1967: Wilson Simonal (Alegria Alegria Vol.1)[12]
- 1968: Los Rockin Devils (Pata-Pata Psicodelico Días)[13]
- 1968: War (U.S. band)/Señor Soul (Señor Soul Plays Funky Favorites)
- 1968: El Gran Combo de Puerto Rico ("Pata Pata Jala Jala Boogaloo" album)
- 1968: The Supremes ("T.C.B." soundtrack album and TV broadcast)
- 1969: Tito Puente e Sua Orquestra ("The King Tito Puente / El Rey Tito Puente" album)
- 1980: Osibisa (Mystic Energy álbum)
- 1980: Sylvie Vartan (cantor francês de origem búlgara: "Tape Tape" single from the album Bienvenue Solitude)
- 1981: Prima Vera (Den 5te album)
- 1985: Otto Waalkes in his Film Debut (Otto – der Film)[14]
- 1988: Chayanne feat. Miriam Makeba (incluído no álbum de 1988 Chayanne)
- 1989: Triple & Touch executado ao vivo com Björn Afzelius
- 1997: Daúde
- 1998: Coumba Gawlo
- 1998: El General (Spanglish)
- 1999: Manu Dibango
- 2000: Thalía (álbum Arrasando)
- 2001: The Skatalites
- 2002: Jonathan Butler (álbum Surrender)[15]
- 2004: Helmut Lotti
- 2006: Tony Esposito[16]
- 2007: African Jazz Pioneers
- 2008: José Castelo Branco
- 2010: DJ Happy Vibes, Lira
- 2011: Arielle Dombasle feat. Mokobé (álbum Diva Latina)
- 2011: African Ladies (versão para video game Just Dance 3 em Wii, Xbox 360 e PlayStation 3)
- 2011: Milk & Sugar feat. Miriam Makeba (remix de Makeba)
- 2012: Lorraine Klaasen (A Tribute to Miriam Makeba)
- 2015: Playing for Change
- 2016: Pink Martini
- 2020: A canção também foi regravada por Angélique Kidjo como parte do contexto da campanha de conscientização contra a Covid-19 pela Unicef[3]
- Howard Carpendale
- 2024: Now United (Afro Remix)
Notas e referências
Notas
- ↑ Livre tradução de: "The male dancers stand in a row with their arms extended out to the front, palms to the floor, while the women pat each in turn in a manner resembling security search body-frisking, after which the men do the same to the women."
Referências
- ↑ Nkrumah, Gamal (17 de novembro de 2001). «Mama Africa». Cairo: Al-Ahram Weekly. Profile. Consultado em 15 de novembro de 2010. Arquivado do original em 24 de abril de 2012
- ↑ a b c «Pata Pata Miriam Makeba – Watch The Video And Read The Lyrics». African-music-safari.com. 6 de dezembro de 2015. Consultado em 21 de junho de 2016
- ↑ a b «Novo vídeo musical 'Pata Pata' lançado pelo UNICEF espalha a consciência - e a alegria - da COVID-19 pelo mundo». Unicef. 10 de maio de 2020. Consultado em 16 de março de 2021. Cópia arquivada em 23 de junho de 2020
- ↑ «King Kong, Kwela, And The Shebeen Queens». New Internationalist. 1 de abril de 1981. Consultado em 6 de setembro de 2017
- ↑ Tenaille, Frank (2002). Music is the Weapon of the Future: Fifty Years of African Popular Music. [S.l.]: Chicago Review Press. ISBN 9781556524509
- ↑ Ansell, Gwen (28 de setembro de 2005). Soweto Blues: Jazz, Popular Music, and Politics in South Africa. [S.l.]: A&C Black. ISBN 9780826417534
- ↑ a b c d Allingham, Rob (2009). «From "Noma Kumnyama" to "Pata Pata": A history». African Music. 8 (3): 117–131. Consultado em 10 de setembro de 2017. Cópia arquivada em 28 de fevereiro de 2019
- ↑ Monahan, Kevin (13 de setembro de 2012). «Monahan's Song of the Week: Miriam Makeba: Pata Pata (1967)». Monahan's Song of the Week. Consultado em 6 de setembro de 2017
- ↑ Williams, Pat (6 de julho de 2017). A personal memoir of South Africa's legendary musical. Londres: Granta Books. ISBN 978-1846276538
- ↑ Popular Music: An Annotated Index of American Popular Songs. Londres: Gale / Cengage Learning. 1 de junho de 1987. ISBN 0810318091
- ↑ «Lynn Taitt». Reggaerecord.com. Consultado em 21 de dezembro de 2014
- ↑ Bruno Vinícius Leite de Morais (2016). «"Sim, sou um negro de cor": Wilson Simonal e a afirmação do orgulho negro no Brasil dos anos 1960» (PDF). UFMG. Consultado em 16 de março de 2021. Cópia arquivada (PDF) em 18 de março de 2020
- ↑ «Los Rockin Devil's Discography». losrockindevils.com. Consultado em 25 de janeiro de 2018
- ↑ «Dummer Sack». Consultado em 14 de dezembro de 2017
- ↑ Matt Collar (18 de junho de 2002). «Surrender – Jonathan Butler | Songs, Reviews, Credits». AllMusic. Consultado em 21 de junho de 2016
- ↑ «Archived copy». Consultado em 16 de fevereiro de 2012. Arquivado do original em 4 de setembro de 2012