Patallaqta

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Patallaqta
Q'ente Marca
Patallaqta
Localização atual
Patallaqta está localizado em: Peru
Patallaqta
Coordenadas 13° 13' 53" S 72° 25' 53" O
País  Peru
Região Cusco
Dados históricos
Culura Inca
Fundação 1450
Abandono 1536

Patallaqta (do quíchua pata local elevado / acima, na parte superior / borda ou margem de um rio, costa, local llaqta vila, cidade, cidade, país, nação, [1] "assentamento em uma plataforma"), [2] Patallacta / Llactapata [3] também chamado Q'ente Marka do quíchua q'inti beija-flor, marka vila, "vila do beija-flor") [4] é um sítio arqueológico do Peru localizado na Região Cusco, Província de Urubamba, Distrito de Machupicchu. Está localizado a sudeste de Machu Picchu, na confluência dos rios Cusichaca e Vilcanota em uma montanha chamada Patallaqta.

Histórico[editar | editar código-fonte]

Em seu caminho para descobrir Machu Picchu Hiram Bingham, passou por Patallaqta em em 1911, [5] às vezes chamada Llaqtapata, como evidenciado pela fotografia de um ponto de verificação ao longo da trilha inca. [6] Seu sócio, Herman Tucker, relatou que o nome da cidade era Patallacta, contendo cerca de cem casas. Este sítio arqueológico está localizado a 1,5 km de distância da "Trilha Inca Clássica". [3]

Patallaqta foi totalmente incendiada por Manco Inca Yupanqui, durante sua retirada de Cusco em direção a Vilcabamba em 1536. Da mesma forma que destruiu vários assentamentos ao longo da Trilha Inca visava desencorajar a perseguição espanhola cortando o acesso a alimentação e insumos. Em parte devido a esses esforços, os espanhóis nunca descobriram Machu Picchu. [7]

Descrição[editar | editar código-fonte]

Patallaqta era composta por 112 edifícios construídos em pedras rústicas unidas a argamassa de barro, às quais foram incorporadas pedras entalhadas. O principal destaque do sítio arqueológico é chamado Pulpituyoc, uma local cerimonial fora da concentração central de Patallaqta, mas intercomunicados por meio de estradas, caminhos e escadas. [8]

Patallaqta está localizado em uma superfície plana mais ou menos elevada na margem direita do rio Urubamba (Vilcanota). Existem três subsetores, divididos por estradas internas e uma praça trapezoidal no centro. O subsetor leste consiste em quatro grandes conjuntos arquitetônicos; o subsetor central tem dois grandes quarteirões com praças duplas e o subsetor oeste tem várias praças com edifícios voltados um para o outro, deixando um espaço aberto no meio. [3] No total o setor urbano é constituído por 23 conjuntos de edifícios contendo 109 salas 38 páteos e 63 espaços sem teto. [9]

O setor agrícola tem 600 x 150 metros e consiste em dois subsetores; o subsetor agrícola alto, próximo ao centro urbano, consiste de 12 plataformas longas e estreitas que também servem como terraços de apoio e o subsetor agrícola baixo consiste em cerca de 13 grandes terraços agrícolas. A agricultura foi possibilitada pela existência de um sistema de irrigação cuja água era captada na margem esquerda do rio Cusichaca. [3]

Na montanha acima de Patallaqta existiu um forte que controlava a região chamado Willkaraqay (Willkaraki), nele também existia um observatório. [10]

Galleria[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Teofilo Laime Ajacopa, Diccionario Bilingüe Iskay simipi yuyayk'ancha, La Paz, 2007
  2. Diccionario Quechua - Español - Quechua, Academía Mayor de la Lengua Quechua, Gobierno Regional Cusco, Cusco 2005
  3. a b c d Sitio Arqueológico de Patallacta o Llactapata Ficha de Recopilación de Datos para Información del Inventario de Recursos Turísticos Ministerio de Comercio Exterior y Turismo, Peru
  4. Rossa, Sergio (2018). Pachakuteq y el viejo escritor:. Viaje en el antiguo y el moderno Perú (em espanhol). [S.l.]: Genesis Publishing, p. xi. ISBN 9786185330873 
  5. Gasparini, Graziano; Margolies, Luise (1980). Inca Architecture (em inglês). [S.l.]: Indiana University Press, p. 77. ISBN 9780253304438 
  6. Hiram Bingham. «Inca Lands:». Explorations in the Highlands of Peru - On line - Chapter X. Kellscraft. Consultado em 11 de outubro de 2019 
  7. Regas, Ricard; Cañagueral, Albert (2017). The Secrets of Ancient Ritual Sites:. The Citadel of Machu Picchu and Stonehenge (em inglês). [S.l.]: Cavendish Square Publishing, p. ISBN 9781502633033 
  8. Baessler-Archiv. Beiträge zur Völkerkunde - Volume 22; Tomo 47 (em inglês). [S.l.]: D. Reimer, pp. 108-129. 1974 
  9. Esquiroz, Jorge H.; González, Elena; León, Rafael (2001). Machu Picchu:. santuario histórico (em espanhol). [S.l.]: INTEGRA AFP, 137 
  10. Victor Angles Vargas (1984). Machupijchu y sus enigmas (em espanhol). [S.l.]: V. Angles Vargas, p. 199