Paulistana (Piauí)

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Paulistana
  Município do Brasil  
Símbolos
Hino
Lema Recanto Feliz do Brasil
Gentílico paulistanense
Localização
Localização de Paulistana no Piauí
Localização de Paulistana no Piauí
Localização de Paulistana no Piauí
Paulistana está localizado em: Brasil
Paulistana
Localização de Paulistana no Brasil
Mapa
Mapa de Paulistana
Coordenadas 8° 08' 38" S 41° 09' O
País Brasil
Unidade federativa Piauí
Municípios limítrofes Jacobina do Piauí, Acauã, São Francisco de Assis do Piauí e Betânia do Piauí
Distância até a capital 450 km
História
Fundação 15 de dezembro de 1938 (85 anos)
Administração
Prefeito(a) Joaquim Júlio Coelho (PSD, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [1] 1 751,993 km²
População total (est. IBGE/2022[2]) 21,055 hab.
Densidade 0 hab./km²
Clima Semiárido
Altitude 354 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000[3]) 0,605 médio
PIB (IBGE/2008[4]) R$ 65 913,026 mil
PIB per capita (IBGE/2008[4]) R$ 3 228,50

Paulistana é um município do estado do Piauí, localizado no sudeste do estado, a uma distância aproximada de 450 km de Teresina, Capital do Piauí, e de 180 km de Petrolina estado de Pernambuco. É o 22º maior do estado, o 3º maior cidade da mesorregião e o maior da microrregião.

O município mais próximo de Paulistana é Acauã, distante cerca de 12 km. Sua área é de 1.752 km² representando 0,69% do estado, 0,11% da região e 0,02% de todo o território brasileiro.

Sua população estimada em 2022 foi de 21.055, segundo o IBGE. Cerca de 53,9% da população concentra-se na área urbana do município. A cidade possui um médio IDH-M (0,605).[5]

Clima[editar | editar código-fonte]

Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1975 a 1985 e a partir de 1993, a menor temperatura registrada em Paulistana foi de 15,3 °C em 29 de maio de 1984,[6] e a maior atingiu 40,8 °C em 13 de novembro de 2015.[7] O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 128,4 milímetros (mm) em 19 de novembro de 2014, seguido por 124,8 mm em 16 de fevereiro do mesmo ano.[8] Janeiro de 2004, com 544,2 mm, foi o mês de maior precipitação.[9]

Dados climatológicos para Paulistana
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima recorde (°C) 39,4 39 39,2 37,7 37,6 36,8 35,6 38 39,4 39,6 40,8 39,4 40,8
Temperatura máxima média (°C) 32,4 32 31,5 31,7 32 31,4 31,4 32,5 34,4 35,6 35 33,9 32,8
Temperatura média compensada (°C) 26,9 26,4 26,1 26,3 26,5 25,8 25,7 26,5 28,3 29,5 29,2 28,2 27,1
Temperatura mínima média (°C) 22,2 22,2 21,9 21,9 21,7 20,8 20,5 20,9 22,3 23,6 24 23,4 22,1
Temperatura mínima recorde (°C) 16,4 17,9 17,1 17,4 15,3 16 15,5 16,7 16,9 18,5 17,7 16,8 15,3
Precipitação (mm) 129,3 113,2 165,1 49,7 22,4 3,8 1,3 0,3 3,5 21,8 55,8 69 635,2
Dias com precipitação (≥ 1 mm) 9 7 11 5 2 1 0 0 0 2 5 7 49
Umidade relativa compensada (%) 66,4 70,9 75 70,5 63,3 57,9 55 49,5 44,3 44 50 58,1 58,7
Horas de sol 210,2 183,2 206,9 218,8 247,6 249,8 274,2 302,3 302,9 294,7 259,1 232,7 2 982,4
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) (normal climatológica de 1981-2010;[10]
recordes de temperatura: 22/09/1975 a 31/12/1985 e 01/01/1993-presente)[6][7]

Saúde[editar | editar código-fonte]

Não houve evolução na demanda dos serviços oficiais de saúde no município (atenção básica) entre 2005 e 2009, segundo dados do IBGE (censo 2010).[11] Ao contrário, no que tange à atenção básica (SUS), o município ampliou, de forma tímida, apenas o serviço ambulatorial, de 8 para 12 estabelecimentos. Em 2013, o município conta com oito equipes do Programa de saúde da família (PSF), 6 equipes de saúde bucal (PSB) e 1 equipe do núcleo de apoio a saúde da família (NASF 1). Além de serviços de suma importância como o Centro de especialidades odontológicas (CEO II), o Centro de atenção Psico-social (CAPS), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e SOS Paulistana. O Hospital Regional Mariana Pires Ferreira, que serve de referência para as cidades circunvizinhas e era de gestão estadual foi municipalizado.

O município conta com quatro unidades hospitalares (três privadas e uma pública), um centro integrado de fisioterapia e oito postos de saúde, além de 51 agentes comunitários de saúde.

Em 2009, o município implantou o Programa Saúde nas Escolas programa intersetorial(saúde-educação) que oferece serviços de saúde aos alunos em idade escolar, no ambiente e horário das aulas, trata-se do Programa Saúde nas Escolas (PSE) do governo federal.

Esporte[editar | editar código-fonte]

No esporte Paulistana vem se destacando com sua forte Seleção de futebol, que se tornou uma das principais do estado no ano de 2006, ficando com o 4º lugar no campeonato estadual. Para a prática de esportes a prefeitura já fez a inauguração de três quadras poliesportivas na cidades.

O futebol sempre foi uma paixão municipal e seu campeonato intermunicipal sempre foi muito forte, devido ao intercâmbio com as regiões de Picos - PI e Petrolina - PE.

Outro destaque no município é a Peteca. A cidade é uma das pioneiras em todo a região nordeste e já conta com algumas dezenas de adeptos. A equipe da cidade tem participado de competições interestaduais.

Religiosidade[editar | editar código-fonte]

Em Paulistana, a maioria da população é católica, como forma de herança da religiosidade trazida com os colonos de origem portuguesa a região, mas já é possível encontrar no município adeptos de outras religiosidades, como Testemunhas de Jeová, evangélicos, espíritas, umbandistas e outras religiões minoritárias. Em 2011, o município foi cenário do documentário A Teia Pagã, que registrou a presença de adeptos do neo-paganismo no município.

O principal e mais antigo templo religioso da cidade é a Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Humildes. Dados históricos revelam que a capela foi construída na segunda metade do século XVIII, passando por reformas e ampliações ao longo dos anos. Em virtude do crescente desenvolvimento da povoação, foi instituído um Juizado de Paz em 1829, e, em 1883, foi criada a Paróquia de Nossa Senhora dos Humildes, Padroeira da Cidade.

Os festejos de Nossa Senhora Dos Humildes, também conhecidos como a festa de Agosto, tiveram início no ano de 1841. São celebrados no dia 15 de Agosto.

A centenária imagem da padroeira chegou a igreja no ano de 1890, através da beata Etelvina e outras beatas da vila. A primeira versão conta que a imagem veio de Crato-CE, a segunda versão conta que veio da Bahia.

A Paróquia foi instalada no dia 15 de Agosto de 1888 e seu primeiro pároco foi o padre Francisco Álvares Teixeira .

A história do município se inicia com chegada de Dom Valério Coelho Rodrigues, Nobre de Portugal a região, atraído pela riqueza hídrica e potencialidades do terreno fértil da região, logo fundou uma fazenda de gado, a qual chamava-se Paulista, como forma de homenagear sua esposa Dona Domiciana Vieira de Carvalho, nascida em São Paulo. Com o progresso advindo das atividades agropecuárias logo a região começou a ser povoada outros imigrantes portugueses, baianos e paulistas.[12][13][14][15]

Dom Valério Coelho Rodrigues era filho de Domingos Coelho e sua mulher Águeda Rodrigues, ambos provenientes de famílias com origens na fidalguia portuguesa. Valério Coelho Rodrigues morou em São Paulo, onde se casou com Dona Domiciana Vieira de Carvalho, filha de abastados comerciantes, também de origem portuguesa, estabelecidos em São Paulo.

Posterior ao casamento de Dom Valério Coelho Rodrigues com Dona Domiciana Vieira de Carvalho, referida como Domiciana Rodrigues, após o casamento, o casal se mudou e fixaram-se em caráter definitivo na Província do Piauí, onde foi instalado o assentamento da "Fazenda Paulista", atual cidade de Paulistana (Piauí), onde Valério Coelho fez grande fortuna e gerou vasta família com descendência que se projeta na política nacional do Brasil até os dias de hoje. Uma curiosidade a respeito da Fazenda Paulista é que a mesma recebeu esse nome como uma forma de Dom Valério Coelho Rodrigues, homenagear sua querida esposa, que era nascida no Estado de São Paulo.

Entre os descendentes de Dom Valério Coelho Rodrigues, assinala o historiador Reginaldo Miranda, que muitos foram abastados fazendeiros, senhores de escravos, coronéis no Brasil Império e República Velha, líderes na política regional do Piauí, Pernambuco, Bahia e outras unidades federativas. Outro acadêmico que vêm se dedicando à pesquisas sobre as famílias piauienses é Homero Castelo Branco, que em 2018 publicou o livro "História do Piauí - Passageiros do passado", de rico conteúdo literário com vários registros relevantes sobre Valério Coelho Rodrigues e sua vasta descendência.

Dom Valério Coelho Rodrigues, foi um, personagem importante no processo de colonização portuguesa no Piauí e no assentamento da base econômica da Província do Piauí. Como destaca o historiador e acadêmico piauiense Reginaldo Miranda, que se dedicou ao estudo da genealogia das principais famílias piauienses. Em 2017, ele publicou o livro “Memória dos Ancestrais”, pela Coleção Genealogia Piauiense, da Academia Piauiense de Letras. Valério Coelho nasceu em 3 de setembro de 1713, na freguesia de São Salvador do Paço de Sousa, Bispado do Porto, em Portugal.

Cidades-irmãs[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  2. «IBGE Cidades». Estimativa Populacional de 2022. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 28 de junho de 2023. Consultado em 23 de julho de 2023 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  5. PNUD Brasil (2000)
  6. a b «BDMEP - série histórica - dados diários - temperatura mínima (°C) - Paulistana». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 16 de junho de 2018 
  7. a b «BDMEP - série histórica - dados diários - temperatura máxima (°C) - Paulistana». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 16 de junho de 2018 
  8. «BDMEP - série histórica - dados diários - precipitação (mm) - Paulistana». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 16 de junho de 2018 
  9. «BDMEP - série histórica - dados mensais - precipitação total (mm) - Paulistana». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 16 de junho de 2018 
  10. «NORMAIS CLIMATOLÓGICAS DO BRASIL». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 16 de junho de 2018 
  11. «"Serviços de Saúde 2005,2009 (IBGE 2010)"». Consultado em 6 de fevereiro de 2013. Arquivado do original em 30 de abril de 2012 
  12. «Valério Coelho Rodrigues - Diálogos com a história | Portal Entretextos». www.portalentretextos.com.br. Consultado em 28 de março de 2023 
  13. APL, Assessoria (2 de junho de 2021). «Descendentes de Valério Coelho criam associação e site». Academia Piauiense de Letras - APL. Consultado em 28 de março de 2023 
  14. «Valério Coelho Rodrigues - Diálogos com a história | Portal Entretextos». www.portalentretextos.com.br. Consultado em 28 de março de 2023 
  15. [http://www.coelhorodrigues.ong.br/default.asp «Fam�lia Coelho Rodrigues»]. www.coelhorodrigues.ong.br. Consultado em 28 de março de 2023  replacement character character in |titulo= at position 4 (ajuda)

Ligações externas[editar | editar código-fonte]