Paulo Henrique Ganso

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Ganso
Ganso
Ganso em 2010
Informações pessoais
Nome completo Paulo Henrique de Chagas Lima
Data de nasc. 12 de outubro de 1989 (33 anos)
Local de nasc. Ananindeua, Pará, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Altura 1,84 m
canhoto
Apelido Ganso, Maestro
Informações profissionais
Clube atual Fluminense
Número 10
Posição meio-campista
Site oficial phgansooficial.com.br
Clubes de juventude
1996–2004
2004–2005
2005–2008
Tuna Luso
Paysandu
Santos
Clubes profissionais2
Anos Clubes Jogos e gol(o)s
2008–2012
2012–2016
2016–2019
2018–2019
2019–
Santos
São Paulo
Sevilla
Amiens (emp.)
Fluminense
0162 000(36)
0221 000(24)
0029 0000(7)
0013 0000(0)
0200 000(22)
Seleção nacional3
2009
2012
2010–2016
Brasil Sub-20
Brasil Sub-23
Brasil
0007 0000(1)
0003 0000(0)
0008 0000(0)


2 Partidas e gols totais pelos
clubes, atualizadas até 3 de setembro de 2023.
3 Partidas e gols pela seleção nacional estão atualizadas
até 28 de fevereiro de 2012.

Medalhas
Jogos Olímpicos
Prata Londres 2012 Futebol

Paulo Henrique de Chagas Lima, mais conhecido como Paulo Henrique Ganso ou simplesmente Ganso (Ananindeua, 12 de outubro de 1989), é um futebolista brasileiro que atua como meio-campista. Atualmente joga no Fluminense.

Clubes[editar | editar código-fonte]

Santos[editar | editar código-fonte]

Categorias de base[editar | editar código-fonte]

Paulo Henrique chegou ao Santos em 2005, trazido pelo ídolo santista Giovanni em uma transferência de novecentos mil reais. Antes disso, jogara futebol de salão pela Tuna Luso,[1] dos sete aos quinze anos. Depois, passou para o futebol de campo, nas categorias de base do Paysandu.[2]

O meia começou a destacar-se em 2007. Após uma lesão que o afastou dos gramados por seis meses, Paulo Henrique disputou a final do Campeonato Paulista Sub-20.

Já apontado como uma das grandes revelações do futebol brasileiro, foi o camisa 10 do Santos na decepcionante campanha da Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2008. Na ocasião, a equipe, uma das favoritas à conquista do título, foi eliminada na disputa por pênaltis pelo Internacional, nas quartas de final. Na época, o jornal italiano La Gazzetta dello Sport já citava Paulo Henrique como uma das possíveis grandes revelações dessa Copinha.[3] As boas atuações e os dois gols no torneio credenciaram-no a uma vaga no plantel principal da equipe santista.

2008[editar | editar código-fonte]

Em 23 de janeiro de 2008, renovou seu vínculo com o clube por cinco anos,[4] sendo promovido à equipe profissional.[5] Estreou em 17 de fevereiro, contra o Rio Preto, pelo Campeonato Paulista de 2008. A má fase enfrentada pela equipe santista no campeonato afetou o desempenho do atleta. Em quatro jogos, não marcou nenhum gol nem teve atuação destacada.

No Campeonato Brasileiro de 2008, Paulo Henrique pouco foi notado. A fraca campanha da equipe, constantemente brigando contra o rebaixamento, impossibilitou boas exibições do meia, que esteve em campo em apenas três jogos, sem nenhum gol marcado.

2009[editar | editar código-fonte]

Com a promessa de novas oportunidades e na equipe principal, o meia permaneceu no Santos para a disputa do Campeonato Paulista de 2009. Na partida contra o Guarani, sob o comando do treinador interino Serginho Chulapa, finalmente marcou seu primeiro gol, que selou a vitória santista por 3–1. As constantes más apresentações do meia Lúcio Flávio rapidamente proporcionaram ao jovem jogador uma chance entre os titulares da equipe. Mostrando um futebol técnico e maduro, Paulo Henrique participou de quinze partidas, conquistando com o Santos o vice-campeonato.

O Campeonato Brasileiro de 2009 inseriu de vez o meia-armador no cenário futebolístico brasileiro. Suas boas atuações motivaram a diretoria santista a renovar seu contrato, com multa estipulada em 137 milhões de reais e válido até julho de 2014. Apesar da campanha mediana da equipe (12ª colocação) e de ter perdido dois pênaltis, no jogo em que o Santos foi derrota pelo Flamengo por 1–0, foi indicado pela CBF ao prêmio de revelação do campeonato, perdendo a disputa para o atacante Fernandinho, do Grêmio Barueri. Em seus 31 jogos pelo Brasileirão 2009, Ganso marcou oito gols, sendo o terceiro artilheiro da equipe, e deu quatro assistências. Foi ainda o segundo maior ladrão de bolas da equipe, com 45 desarmes.

2010[editar | editar código-fonte]

No ano de 2010, foi campeão do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil, sendo eleito o craque da competição. Já considerado o melhor meia armador do futebol brasileiro e contanto com a boa fase do Santos, o meia esteve em evidência na mídia, devido a suas boas atuações, e recebeu diversos elogios da crítica esportiva, com muitos o considerando melhor que Neymar pela técnica apurada, lançamentos com exímia precisão, dribles desconcertantes e visão de jogo inacreditável. Ao lado de Neymar, foi um dos mais assediados do futebol brasileiro naquele ano, chegando à Seleção Brasileira. Com a camisa 10, atuou na vitória sobre os Estados Unidos, em 10 de agosto. Foi apontado como o novo "maestro" dessa nova geração dirigida pelo técnico Mano Menezes, mas, em uma partida contra o Grêmio, realizada em 25 de agosto, no Estádio Olímpico, sofreu uma entorse no joelho esquerdo que ocasionou a ruptura do ligamento cruzado posterior.[6] A previsão para recuperação foi de seis meses, e ele só voltaria a jogar em 2011.[6] Diante do drama de Ganso, a torcida do Santos fez uma campanha que se iniciou no Twitter com a hashtag #ForçaGanso, emocionando o meia e arrecadando mais de oitenta cestas básicas a famílias carentes.[7]

Nessa temporada, Ganso deu quinze assistências e marcou treze gols.[8][9]

2011[editar | editar código-fonte]

Em 2011, após quase sete meses sem jogar, Ganso reestreou contra o Botafogo pelo Campeonato Paulista, no dia 12 de março. Mesmo após tanto tempo parado devido a uma cirurgia no joelho, o camisa 10 santista teve importante participação no primeiro gol e marcou o segundo na vitória por 2–1 do Santos. A equipe santista foi novamente campeã paulista, como no ano anterior, vencendo o Corinthians na final. No jogo de ida contra os corintianos, em 8 de maio, Paulo Henrique sofreu mais uma lesão, não tão grave quanto a última.

A estreia de Ganso pela Copa Libertadores da América foi contra o time do Colo-Colo, do Chile, onde o Santos foi derrotado por 3–2 mesmo tendo iniciado o jogo vencendo com um belo gol de falta de Elano com menos de quinze minutos de bola rolando, neste jogo Ganso foi titular por quase toda a partida. Porém, após a já citada lesão contra o Corinthians, perdeu boa parte da campanha do Santos rumo à final da Copa Libertadores da América de 2011, retornando apenas em 22 de junho, no segundo jogo da final contra o Peñarol, do Uruguai. No jogo, Ganso foi afetado pelo longo tempo sem jogar, mas participou da jogada do primeiro gol, marcado por Neymar, ajudando o Santos a vencer por 2–1 e sagrar-se campeão do torneio após 48 anos. Na estréia do Santos pelo Mundial de Clubes da FIFA, Ganso deu o passe para o gol de Neymar, abrindo o placar no jogo que terminaria 3–1 para o Santos, o que levaria a equipe a disputar a final com o Barcelona.

2012[editar | editar código-fonte]

No ano em que o Santos completava cem anos, Ganso foi inicialmente destaque pelo anúncio de que seria pai pela primeira vez após engravidar uma moça com quem não tinha um relacionamento estável, assim como seu companheiro Neymar o fez no ano de 2011.[10] Pelo Campeonato Paulista, entrou em campo quinze vezes, marcando cinco gols, um deles na final contra o Guarani, e sagrando-se tricampeão da competição.

Nesse ano, as lesões e o relacionamento turbulento com a torcida santista atrapalharam a trajetória do meia no próprio Santos e também na seleção brasileira, sendo explícito que ele já não era mais indispensável ao escrete canarinho. O meia começou a ser preterido por outros meias que vinham em melhor fase. Foi convocado para os Jogos Olímpicos de Londres pelo então técnico Mano Menezes, porém na condição de reserva, tendo a sua situação piorada por mais uma das muitas lesões que foram desencadeadas pelas operações em ambos os joelhos. Passou praticamente todo o torneio lesionado, vendo do banco o sucesso de outro jovem talento, o meia Oscar, que vinha em alta e acabou ficando com a tão desejada camisa 10. Após a derrota nas olimpíadas, Mano seria demitido e o meia só retornaria a seleção em 2016.

São Paulo[editar | editar código-fonte]

Paulo Henrique Ganso prepara-se para cobrar uma falta no Morumbi, em jogo contra o Sport.

Após uma longa negociação, o São Paulo anunciou a contratação do meia na madrugada de 21 de setembro de 2012, pagando um valor total de dez milhões de euros (aproximadamente 23,9 milhões de reais) ao Santos. Ganso, de início, utilizou a camisa 8 no Tricolor, já que a camisa 10 era de Jádson.[11] Sua estreia no clube ocorreu em 18 de novembro de 2012, na partida contra o Náutico no Morumbi, com um público de 62 207 pessoas.[12] Em dezembro, o São Paulo jogou a partida da última rodada do Campeonato Brasileiro contra o Corinthians, no Pacaembu. O técnico do Tricolor à época, Ney Franco, decidiu poupar todo o time titular, visando ao primeiro jogo das finais da Copa Sul-Americana, contra o Tigre, em Buenos Aires, e foi para o jogo somente com reservas e jogadores formados nas categorias de base, enquanto o Corinthians, que se preparava para a viagem ao Japão, onde disputaria o Mundial de Clubes da FIFA, não poupou ninguém. Nessa partida, Ganso jogou noventa minutos pela primeira vez no seu novo clube, pois ainda estava sem ritmo de jogo, devido a uma lesão na coxa direita, sofrida na época em que jogava no Santos. O São Paulo venceu por 3–1, com um futebol convincente, e Ganso foi destaque, com lançamentos, dribles e passe para dois gols, além de participação no terceiro. O meia saiu aplaudido de campo e foi muito elogiado pela crítica esportiva, criando boas expectativas para o ano seguinte, visto que o melhor jogador do time à época, Lucas, estava vendido ao Paris Saint-Germain e deixaria o clube após o fim do ano — Ganso, ainda que com características diferentes, havia chegado para suprir a saída do meia. Ainda em dezembro de 2012, conquistou seu único título com o São Paulo: a Copa Sul-Americana.

O início de 2013 foi promissor para Ganso. Começou jogando na sua posição de origem, tendo Ney Franco deslocado Jádson para a beirada do campo, na posição em que jogava Lucas. Marcou seu primeiro gol com a camisa tricolor em partida válida pelo Campeonato Paulista, contra o Atlético Sorocaba. Seu segundo gol viria contra o Ituano. Em 17 de abril, contra o Atlético Mineiro, pela Copa Libertadores da América, considerada pelos são-paulinos a partida mais importante da temporada até então, Ganso teve uma atuação importante. O Tricolor do Morumbi venceu a partida por 2–0, classificando-se para as oitavas de final.[13][14]

Mas, nessa época, o meia começou a ser questionado por não conseguir se firmar na equipe titular, desempenhando um fraco futebol, assim como todo o time. Foi criticado, vaiado e, para piorar a situação, perdeu uma cobrança na derrota para o Corinthians, nos pênaltis, pelas semifinais do Campeonato Paulista.[14] Menos de duas semanas após a derrota para o Corinthians, o São Paulo, depois de uma campanha cambaleante na fase de grupos, foi eliminado nas oitavas de final da libertadores pelo Atlético Mineiro, com duas derrotas. Pouco mais de dois meses após a eliminação, Ney Franco (com quem Ganso teve um atrito, por considerar que tivera poucas oportunidades para entrar em campo) foi demitido, sendo contratado Paulo Autuori para o seu lugar. No entanto, a má fase do time continuou, ainda mais acentuada, e o São Paulo chegou a ficar catorze partidas sem vencer. Ganso, que no promissor início de 2013 tinha planos de disputar a Copa das Confederações pela Seleção, não teve sequer uma oportunidade para mostrar serviço a Felipão, o então técnico da seleção.

Segundo Ney Franco diria em julho, quando já era ex-treinador do clube, os reiterados maus desempenhos de Ganso em campo seriam culpa de uma "fritura" promovida pelo goleiro e capitão Rogério Ceni. Segundo Franco, graças às reclamações de corredor de Ceni, o ex-santista foi afetado pelos burburinhos de que, quando jogava, "o time tinha um jogador a menos".[15]

Entre o fim de 2013 e o início de 2014, Jádson teve desentendimentos com o então técnico do clube, Muricy Ramalho, e deixou o tricolor com destino ao Corinthians, envolvendo-se em uma negociação que trouxe Alexandre Pato ao São Paulo por empréstimo. Com isso, a camisa 10 estava sem dono e foi repassada a Ganso, que prometeu empenho para honrá-la. Por conseguinte, voltou a ter as boas atuações de sua passagem pelo Santos. Ganso, dessa forma, ultrapassou Jádson na liderança de assistências no clube na temporada, com onze passes, e foi elogiado pelo próprio Muricy, que festejou a boa fase do craque: "Hoje, temos um camisa 10."[16]

Completou cem jogos pelo São Paulo em 20 de junho de 2014, contra o Orlando City, em um amistoso.[17] Apesar das críticas, o próprio jogador se considera acima da média, considerando até o nível internacional.[18]

Em 2016, Ganso passou a contar com a ajuda do então novo treinador do Tricolor, Edgardo Bauza, para voltar à Seleção.[19] Em 30 de janeiro, na estreia do clube no Paulistão, o meia foi o autor do gol que abriu o placar no empate por 1–1 diante do Red Bull Brasil.[20] Em 5 de março, Ganso completou duzentos jogos com a camisa do São Paulo, marcando o único gol da derrota por 3–1 para o São Bernardo. Voltou a marcar gols nos empates contra River Plate, em 10 de março, e Trujillanos, em 16 de março, ambos válidos pela Libertadores, e Ituano, em 20 de março, todos por 1–1. Devido à maior participação na marcação, uma de suas maiores deficiências, aliada à visão de jogo e à técnica apurada, voltou a ser chamado para a Seleção após um hiato de quase quatro anos. Disputou, sob o comando de Dunga, a Copa América Centenário, nos Estados Unidos. Sendo um dos principais são-paulinos na Libertadores, acabou se machucando num jogo contra o Fluminense e não conseguiu jogar mais. Com a eliminação na Libertadores, o meia foi vendido ao Sevilla, realizando o sonho de jogar na Europa. Seu último gol pelo São Paulo foi no jogo contra o Palmeiras, na vitória por 1–0.

Sevilla[editar | editar código-fonte]

2016–17[editar | editar código-fonte]

Em 16 de julho de 2016, São Paulo e Sevilla anunciaram por meio de seus sites oficiais a venda de Ganso à equipe espanhola.[21][22] No dia 14 de agosto, fez sua estreia pelo Sevilla na primeira partida da Supercopa da Espanha de 2016, na derrota para o FC Barcelona por 2–0, no Ramón Sánchez Pizjuán. No Espanhol entrou no segundo tempo e deu uma assistência de calcanhar, na vitória do sevilla sobre o Alavés por 2–1. Marcou seu primeiro gol pela equipe na goleada do Sevilla por 9 a 1 sobre o Formentera, abriu o placar e deu um belo passe de calcanhar que originou o oitavo de seu time, em partida válida pela Copa del Rey.[23] Voltou a atuar no jogo contra o Granada, pelo Campeonato Espanhol, em 21 de abril de 2017 - Ganso estava sem atuar há mais de 100 dias (sua última aparição foi em 4 de janeiro de 2017, na derrota por 3–0 contra o Real Madrid). O meia marcou dois gols, que culminaram na vitória de sua equipe por 2–0.[24]

2017–18[editar | editar código-fonte]

Balançou as redes, na vitória fora de casa contra o Getafe pelo Campeonato Espanhol, fez de calcanhar o único gol da partida, seu primeiro na temporada.[25] No jogo contra o Eibar, Ganso fez o primeiro gol na vitória de seu time por 2–0 dentro de casa.[26]

2018–19[editar | editar código-fonte]

Após oito meses, voltou a ser relacionado para o jogo contra o FK Žalgiris Vilnius, pela fase preliminar da Liga Europa da UEFA de 2018–19. Começou a partida no banco de reservas, entrando nos minutos finais da vitória do Sevilla por 1–0.[27]

Amiens[editar | editar código-fonte]

Em 31 de agosto de 2018, foi emprestado para o Amiens por uma temporada.[28] Fez sua estreia em 15 de setembro, entrando no decorrer da partida contra o Lille. Após sete minutos em campo, deu uma assistência para Kurzawa marcar o primeiro gol do Amiens na partida, na derrota por 3–2.[29]

Fluminense[editar | editar código-fonte]

No dia 31 de janeiro de 2019, após uma rápida passagem pelo futebol francês, Paulo Henrique Ganso foi anunciado como reforço do Fluminense. O jogador assinou um contrato com duração de 5 anos (até final de 2023).[30] O camisa 10 estreou na vitória por 2 a 0 em cima do Bangu pela primeira rodada da Taça Rio do Campeonato Carioca de 2019.[31]

2019[editar | editar código-fonte]

Com a contratação de Fernando Diniz para a disputa do Campeonato Carioca de 2019, o Fluminense mudou seu estilo de jogar, passando a focar no toque e posse de bola. Ganso se adaptou ao estilo de jogo e teve uma ótima temporada pelo clube, batendo recordes de partipação em chances claras de gol. No entanto, o Fluminense não conseguia alcançar os resultados e teve desempenho ruim nas competições nacionais de 2019, o que apagou o protagonismo de Ganso naquele ano.

Seu primeiro gol com a camisa do Fluminense foi contra o Ypiranga-RS pela Copa do Brasil de 2019. O gol ficou marcado na época por ter sido de barriga, o que remeteu à torcida o emblemático gol de Renato Gaúcho no título tricolor sobre o maior rival no Campeonato Carioca de 1995.

2020[editar | editar código-fonte]

O ano de 2020, marcado eternamente no futebol mundial pela paralisação dos campeonatos devido à pandemia do COVID-19, foi de altos e baixos para o Fluminense e para Ganso. O camisa 10 tricolor passou a ser reserva, entrando nos jogos somente nos minutos finais — isso por conta do modelo de jogo reativo do técnico Odair Hellmann, além do baixo desempenho do próprio atleta. Neste ano, PH Ganso foi relacionado para 39 dos 53 jogos do Flu, sendo titular apenas em 4 partidas. Portanto, em 35 partidas pelo clube carioca, entrou em 29, e, em 6, ficou apenas no banco, sendo o jogador suplente mais utilizado por Odair e Marcão, técnicos que passaram pelo Tricolor ao longo de 2020.[32]

Nesta temporada, o "Maestro" jogou apenas 1.116 minutos pelo Fluminense, mesmo assim, o elenco conseguiu terminar o Campeonato Brasileiro de 2020 em 5º lugar, ganhando a vaga direta na Copa Libertadores de 2021, devido o título da Copa do Brasil do SE Palmeiras, que já havia garantido a vaga por ser o campeão da Copa Libertadores da América do mesmo ano. Em função da paralisação devido a Pandemia de COVID-19, a temporada do futebol brasileiro de 2020 terminou apenas no ano de 2021.

2021[editar | editar código-fonte]

Ganso em treinamento no CT Carlos Castilho

No ano de 2021, Ganso continuou sendo pouco utilizado pelo técnico Roger Machado, mesmo com o treinador pretendendo usar o meia como um falso 9 para ser reserva do centroavante e ídolo tricolor, Fred.[33]

Entre os meses de maio e junho, sem espaço no Fluminense, o "Maestro" quase deixou o tricolor para se transferir ao Santos FC, seu ex-clube.[34] O técnico Fernando Diniz pediu a sua contratação, mas ela acabou não indo para frente por insatisfação e revolta da torcida santista.[35]

Em 4 de agosto, Ganso chegou ao seu 100º jogo pelo Tricolor na partida em que o Fluminense venceu o Cerro Porteño e avançou às quartas de final da Copa Libertadores 2021, vitória simples por 1 a 0, com gol de Fred, no Maracanã.[36]

Ao longo da temporada, o camisa 10 passou a ser mais utilizado pelo treinador do Flu nas fases finas da Copa Libertadores da América de 2021, entrando como titular justamente na última partida do jogador da temporada, visto que saiu por conta de uma grave lesão no braço direito, contra o Barcelona SC, após tentar um gol de bicicleta. [37]

Com esta contusão, Ganso fez a sua pior temporada pelo Fluminense, perdendo todo o segundo semestre após passar por uma cirurgia para tratar a sua lesão. Sendo assim, perdeu os últimos 25 jogos do time, disputando somente 23 partidas ao todo, com 3 gols e 2 assistências. No final, o Fluminense terminou o Campeonato Brasileiro de 2021 na 7ª posição e garantiu a vaga na segunda fase da Copa Libertadores de 2022.

2022[editar | editar código-fonte]

Esse foi a ano da volta por cima de Ganso no Fluminense e na sua carreira. Após um início conturbado no carioca com a insistência do treinador Abel Braga em deixar Ganso no banco, a torcida, que nunca deixou de apoiar o jogador e clamar pela sua titularidade, foi incisiva em protestos para a entrada de Ganso. Os pedidos surtiram efeito e Ganso terminou o Campeonato Carioca de 2022 como um dos principais jogadores do time, sendo peça fundamental nas finais do campeonato, conquistando assim seu primeiro título com a camisa tricolor.

O sucesso do carioca alternou durante a temporada. Fernando Diniz reassume o time após a eliminação na pré-Libertadores de 2022 e também é eliminado da Copa Sul-Americana de 2022, pegando o time já numa situação díficil. Disputando apenas a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro de 2022, o Fluminense foi bem nos dois campeonatos, com participação fundamental de Ganso em todos os campeonatos. O Fluminense terminou a temporada em 3º lugar no Campeonato Brasileiro de 2022 e foi até à semifinal da Copa do Brasil de 2022.

Paulo Henrique Ganso terminou a temporada com 9 gols e 9 assistências em 57 jogos, além de participação direta em inúmeros gols do time, tendo assim sua melhor temporada em números pelo tricolor das Laranjeiras. Foi uma temporada especial para Ganso, que conseguiu apresentar um futebol de excelência após alguns anos em baixa, superior ao bom ano de 2019 que fez já pelo Fluminense.[38]

Em dezembro de 2022, o Fluminense anunciou sua renovação até o fim de 2025.[39]

2023[editar | editar código-fonte]

Em 2023, Paulo Henrique Ganso vive a sua melhor temporada com a "armadura" tricolor, fazendo diversos gols no primeiro semestre do ano.

Seleção Brasileira[editar | editar código-fonte]

Seleção Sub-20[editar | editar código-fonte]

Paulo Henrique foi o camisa 11 do Brasil na disputa do Mundial Sub-20 de 2009, realizado no Egito. A equipe conquistou o vice-campeonato, sendo derrotado por Gana na final,[40] em disputa por pênaltis, após o 0–0 no tempo normal. O meia do Santos marcou um gol no torneio, contra a Austrália, na fase de grupos, e apesar de não ter sido um dos principais destaques como se previra que seria devido à sua boa temporada, foi útil ao time e titular durante toda a campanha brasileira.

Fora da Copa do Mundo de 2010[editar | editar código-fonte]

Em grande fase no Santos, houve a expectativa que Ganso fosse chamado para disputar a Copa do Mundo de 2010, porém ficou apenas na lista dos sete jogadores que só entrariam na competição se algum dos 23 chamados não pudesse ir à África do Sul por motivos de força maior.[41] Assim como Paulo Henrique, os outros seis jogadores não foram chamados, pois não houve nenhum tipo de contratempo com os 23 da lista principal.

Primeira convocação e Copa América[editar | editar código-fonte]

Ganso ao lado de Cafu e Neymar em evento de patrocinador da Seleção Brasileira.

Sua primeira convocação aconteceu no dia 26 de julho de 2010, para amistoso contra os Estados Unidos, que foi realizado em 10 de agosto. Na ocasião, foi chamado pelo técnico Mano Menezes, em um projeto de renovação da Seleção para a partida contra os Estados Unidos.[42] Paulo Henrique ficou fora das listas seguintes por conta de duas lesões: a primeira, sofrida em 25 de agosto de 2010, o afastou por seis meses, e a segunda, menos grave, sofrida em 8 de maio de 2011, quase lhe retirou da Copa América de 2011. No entanto, Mano o convocou mesmo assim, uma decisão arriscada para muitos especialistas.[43]

No torneio Paulo Henrique teve atuações muito abaixo do seu potencial, talvez por estar retornando de lesão, e foi criticado. O Brasil terminou precocemente eliminado nas quartas-de-final, contra o Paraguai. Após um empate em 0-0 que persistiu até o final da prorrogação, os brasileiros desperdiçaram todas as cobranças na disputa por pênaltis, erraram 4 de 5 e, foram derrotados por 2-0 nos pênaltis. Ganso havia sido substituído ainda durante a partida.[44]

Depois de revigorar seu bom futebol no segundo semestre de 2013, e de ser a aposta de muitos para estar na lista de convocados para a Copa do Mundo no Brasil, Ganso admitiu, dois meses antes do início da competição, que não crê mais na possibilidade de estar no Mundial. Se, quatro anos antes, às vésperas do Mundial da África do Sul, Ganso era quase uma unanimidade popular (apesar de deixado de fora da lista final pelo então treinador da Seleção Dunga, hoje, segundo o próprio camisa 10 tricolor: "Eu esperava sim jogar [em anos anteriores]. Eu estava na briga. Mas não fomos chamados. A lista da Copa não está definida, mas todos os jogadores já estão meio cientes de quais serão os convocados. Será uma tristeza ver a Copa sendo disputada no Brasil, mas ainda sou novo. Dá para pensar em jogar uma próxima Copa. Fica para a próxima".[45]

Retorno à Seleção[editar | editar código-fonte]

No dia 1 de junho de 2016, a CBF anunciou o corte do meia Kaká, por conta de uma pequena lesão que o deixaria de fora por quinze a vinte dias, e anunciou a convocação de Ganso para substituí-lo na Copa América Centenário.[46] Nessa competição, ficou apenas na reserva e não entrou em campo.

Estatísticas[editar | editar código-fonte]

Clubes[editar | editar código-fonte]

Abaixo estão listados todos os jogos, gols e assistências do futebolista por clubes.[47]

Clube Temporada Campeonato

nacional

Copa

nacional[a]

Competições

continentais[b]

Outros

torneios[c]

Total
Jogos Gols Assist. Jogos Gols Assist. Jogos Gols Assist. Jogos Gols Assist. Jogos Gols Assist.
Santos 2008 3 0 0 4 0 0 7 0 0
2009 31 8 6 4 0 0 11 2 0 46 10 6
2010 11 0 2 10 2 3 2 0 0 21 11 8 44 13 13
2011 13 2 1 9 1 3 9 2 3 31 5 7
2012 5 1 0 13 3 2 16 4 9 34 8 11
Total 63 11 9 14 2 3 24 4 5 61 19 20 162 36 37
São Paulo 2012 3 0 2 2 0 0 5 0 2
2013 31 1 6 16 2 3 19 2 3 66 5 12
2014 34 5 10 6 0 2 6 3 1 16 1 4 62 9 17
2015 31 2 9 6 0 0 8 0 0 10 1 2 55 3 11
2016 7 1 2 11 2 3 15 1 0 33 7 7
Total 106 9 29 12 0 2 43 7 7 60 8 11 221 24 49
Sevilla 2016–17 10 2 1 3 1 0 1 0 0 2 0 0 16 3 1
2017–18 8 2 0 2 1 3 1 1 0 11 4 3
2018–19 1 0 0 1 0 0
Total 18 4 1 5 2 3 3 1 0 2 0 0 28 7 4
Amiens 2018–19 12 0 2 1 0 1 13 0 3
Total 12 0 2 1 0 1 13 0 3
Fluminense 2019 28 1 0 6 2 0 6 0 0 7 1 1 47 5 1
2020 17 2 2 6 0 0 1 0 0 7 0 0 32 1 2
2021 10 0 0 3 0 0 2 0 0 8 3 2 23 3 2
2022 23 4 4 7 3 1 8 1 0 9 0 3 57 9 9
2023 17 3 4 3 0 0 9 0 1 12 1 2 41 4 7
Total 95 10 10 25 5 1 26 1 1 43 5 8 200 22 21
Total na carreira 294 34 51 56 9 10 95 10 13 166 32 39 624 89 114

Seleção Brasileira[editar | editar código-fonte]

Abaixo estão listados todos os jogos, gols e assistências do futebolista pela Seleção Brasileira.[48]

Seleção Principal

Ano Copa América Amistosos Total
Jogos Gols Assist. Jogos Gols Assist. Jogos Gols Assist.
2010 1 0 0 1 0 0
2011 4 0 2 2 0 0 6 0 2
2012 1 0 0 1 0 0
Total na carreira 4 0 2 4 0 0 8 0 2

Seleção Sub–23

Ano Jogos Olímpicos
Jogos Gols Assist.
2012 1 0 0
Total na carreira 1 0 0

Seleção Sub–20

Ano Campeonato Mundial
Jogos Gols Assist.
2009 7 1 1
Total na carreira 7 1 1

Títulos[editar | editar código-fonte]

Santos
São Paulo
Fluminense
Seleção Brasileira

Prêmios Individuais[editar | editar código-fonte]

Líder de Assistências[editar | editar código-fonte]

Referências

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Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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