Paulo e Virgínia

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Paul et Virginie
Paulo e Virgínia
Paulo e Virgínia (PT)
Paulo e Virgínia (BR)
Paul et Virginie, Litografia de Pierre-Auguste Lamy a partir de uma gravura de Jean-Alexandre Allais.
Autor(es) Bernardin de Saint-Pierre
Idioma Francês
País  França
Gênero romance
Linha temporal Final do século VIII
Localização espacial Ilha Maurício
Ilustrador Jean-Michel Moreau (1741-1814)
Abraham Girardet
Louis Michel Halbou
Joseph Longueil (1730-1792)
Joseph Vernet (1714-1789)
Editora Paris: De L’Imprimerie de Monsieur[1]
Lançamento 1788
Páginas 244
Edição portuguesa
Tradução anónimo[2]
Editora Lisboa: Typografia Rollandiana
Lançamento 1806
Edição brasileira
Tradução anônimo[3]
Editora Rio de Janeiro: Impressão Régia
Lançamento 1811

Paul et Virginie (em português: Paulo e Virgínia) é um romance escrito em 1787, por Bernardin de Saint-Pierre, escritor francês.

Histórico[editar | editar código-fonte]

Quando Paulo e Virgínia foi publicado, em 1788, teve tão grande êxito que foi traduzido, desde então, para diversos idiomas, entre eles o inglês, alemão, espanhol, grego, polonês, italiano, armênio, português, húngaro, holandês e russo, passando a pertencer ao domínio público internacional, tornando-se um clássico da literatura universal.

Escrito no final do século XVIII, traduziu o ideal do iluminismo, então em seu apogeu: defendeu uma sociedade ideal, onde a felicidade dependeria do respeito aos direitos humanos. Saint-Pierre utilizou os conceitos de Jean-Jacques Rousseau, defendendo uma educação do homem natural longe da civilização, no enriquecimento de seu caráter com noções de honestidade e moralismo. Dessa forma, ambientou sua história numa ilha do Oceano Índico, a Ilha Maurício, na época chamada Ilha da França, por pertencer àquele país.

A exuberância, o exotismo e o isolamento da ilha serviram de cenário para o amor adolescente de Paulo e Virgínia, um amor primeiro, inocente e trágico. O gosto pela solidão prenunciava o romantismo.

O naufrágio do navio Saint-Géran, relatado no romance, realmente aconteceu, em 1744, e o autor partiu de um fato verídico para expor um romance pastoral exótico.

O autor se dizia ser inspirado por seu amor frustrado por Françoise Robin. Além do cenário exótico e uma descrição de uma sociedade idílica, Bernardin de Saint-Pierre nesta novela expõe sua visão pessimista da vida. Paulo e Virgínia descreve os grandes sentimentos de amor e nostalgia do paraíso perdido.

Sumário[editar | editar código-fonte]

Ilustrações de Demarle Bertall. Paris: Garnier, 1885

O romance Paulo e Virgínia relata a história de duas crianças que vivem na Ilha de França (posteriormente chamada Ilha Maurício). A partir de duas famílias diferentes, são criados em comum, como irmão e irmã no esplendor natural do cenário tropical.

Na adolescência, surgem sentimentos românticos entre os dois personagens, mas a mãe de Virgínia, percebendo o envolvimento, decide mantê-los longe e a envia para estudar na França.

Vários anos mais tarde, Virgínia anuncia o seu regresso à Ilha Maurício, mas o navio que a traz de volta é pego em uma tempestade e naufraga nas rochas, sob o olhar de desespero de Paulo. Não demora muito para ele sucumbir à dor da sua perda.

Notas e referências[editar | editar código-fonte]

  1. Gallica
  2. A primeira edição portuguesa conhecida, "traduzida em vulgar", foi publicada sob o título "Paulo e Virginia: historia fundada em factos", tendo sido impressa na Typografia Rollandiana, Lisboa, em 1806, "Com Licença da Mesa do Desembargo do Paço".
  3. A primeira impressão no Brasil foi feita pela Impressão Régia, no Rio de Janeiro, em 1811, juntamente com outros livros cuja tradução já constava em Portugal, e não constava o nome do autor. In: PUCRS Arquivado em 30 de abril de 2005, no Wayback Machine.

Referências bibliográficas[editar | editar código-fonte]

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Ligações externas[editar | editar código-fonte]