Peixe (Tocantins)
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Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | peixense | ||
Localização | |||
Localização de Peixe no Tocantins | |||
Localização de Peixe no Brasil | |||
Mapa de Peixe | |||
Coordenadas | |||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Tocantins | ||
Municípios limítrofes | Brejinho de Nazaré, Aliança do Tocantins, Gurupi, Sucupira, Alvorada,Talismã, Jaú do Tocantins, São Salvador do Tocantins, Paranã e São Valério. | ||
Distância até a capital | 285 km | ||
História | |||
Fundação | 1895 (127 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Augusto Cezar Pereira dos Santos (MDB, 2021 – 2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 5 291,182 km² | ||
População total (IBGE/2013[2]) | 11 180 hab. | ||
• Posição | TO: 23º | ||
Densidade | 2,1 hab./km² | ||
Clima | Não disponível | ||
Altitude | 240 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2000[3]) | 0,695 — médio | ||
PIB (IBGE/2010[4]) | R$ 340,600,133 Milhoes | ||
PIB per capita (IBGE/2010[4]) | R$ 30 465,10 |
Peixe é um município brasileiro do estado do Tocantins, criado em 1895 com terras desmembradas de São João da Palma (atual Paranã). Localiza-se a uma latitude 12º01'30" sul e a uma longitude 48º32'21" oeste, estando a uma altitude de 240 metros. Sua população estimada em 2004 era de 8 711 habitantes.
Possui uma área de 5111,29 km².
História[editar | editar código-fonte]
Originou-se com a vinda do ALferes Alfredo Ramos Jubé e Dmitri França, quando ali acampou, juntamente com 20 praças, para impedirem ataques dos índios Canoeiros aos emissários de Vila Boa de Goiás. Os mesmos deviam atravessar o Rio Tocantins no porto local, onde um lavrador já possuía uma roça e uma pequena embarcação. Presume-se que nesse aludido local havia um tesouro escondido, dos padres jesuítas - Na mais alta pedra do Rio Santa Tereza, no lugar denominado Itans, está sepultado o maior tesouro dos Jesuítas... contava essa tradição.
Ramos Jubé e comandados, construíram suas casas e uma igreja, da qual ainda hoje se conservam as ruínas, na Praça Getúlio Vargas. A estes, posteriormente, se uniram Joaquim Tavares e Francisco da Silva Montes que, com suas famílias, construíram o primeiro núcleo e expulsaram os índios Canoeiros que viviam às margens do Rio Tocantins.
Pela Lei Provincial nº 13, de 31 de junho de 1846, a Vila de Santo Antônio do Peixe é elevada à categoria de Distrito do Município de Palmas (Paranã, hoje). As pessoas de mais destaque na época na Vila de Santo Antônio do Peixe, foram: Narcísio Ponce Leones, Eliseu Augusto Pinheiro Cangussu, Antônio José de Almeida, Pedro Pinheiro de Queiroz, Senador Domingos Teodoro e o Deputado Cândido Teodoro, incansáveis lutadores pela emanciapação política do Peixe.
A Lei Estadual nº 64, de 20 de junho de 1895, deu autonomia política ao Distrito de Peixe, com o mesmo topônimo, desmembrando-o do Município de Palmas (hoje Paranã) e instalando-o neste mesmo ano. Posteriormente, em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1936, o Município de Peixe apareceu com o nome de Santa Terezinha. Finalmente, novamente pelo Decreto-Lei Estadual nº 557, de 30 de março de 1938, apareceu com o nome atual.
Significado do Nome Tempos depois, o Povoado de Santa Cruz dos Itans foi vítima de uma enchente muito grande do Rio Tocantins, que despejou suas águas nas vazantes e numa grande lagoa, pouco distante do Rio. . Com a baixa das águas, um peixe, de tamanho nunca visto nesse rio, ficou preso na referida lagoa onde veio a morrer, sendo encontrado por uma caravana de Vila Boa. Depois desse fato os viajantes diziam: Vamos passar o rio onde foi encontrado o peixe.... Ora, daí o nome atual de Peixe. A dita lagoa e córrego que serviu de vazante, tomaram a mesma denominação.
Clima[editar | editar código-fonte]
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), desde 1975 a menor temperatura registrada em Peixe foi de 10,4 °C em 2 de agosto de 1988,[5] e a maior de 41,5 °C em 22 de outubro de 2015.[6] O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 137,7 milímetros (mm) em 20 de abril de 1996. Outros acumulados iguais ou superiores a 100 mm foram: 135,8 mm em 7 de janeiro de 2002, 134,6 mm em 7 de novembro de 1999, 131,8 mm em 26 de outubro de 1984, 115,8 mm em 21 de janeiro de 1997, 104,8 mm em 17 de novembro de 2010 e 100 mm em 26 de dezembro de 2002.[7] Dezembro de 1989, com 683,4 mm, foi o mês de maior precipitação.[8]
Dados climatológicos para Peixe | |||||||||||||
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Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima recorde (°C) | 38 | 37,8 | 37,7 | 38,1 | 37 | 37,5 | 37,4 | 40,2 | 40,8 | 41,5 | 39,8 | 40,2 | 41,5 |
Temperatura máxima média (°C) | 31,7 | 32 | 31,8 | 32,5 | 33 | 32,9 | 33,6 | 35,4 | 36,3 | 34,7 | 32,6 | 31,6 | 33,2 |
Temperatura média compensada (°C) | 25,9 | 25,9 | 26 | 26,4 | 26 | 24,6 | 24,4 | 26,1 | 27,8 | 27,5 | 26,5 | 25,9 | 26,1 |
Temperatura mínima média (°C) | 22,1 | 22,2 | 22,4 | 22,3 | 21 | 18,6 | 17,7 | 18,8 | 21,3 | 22,4 | 22,4 | 22,2 | 21,1 |
Temperatura mínima recorde (°C) | 18,9 | 18,9 | 19,4 | 18,9 | 14,9 | 10,9 | 11,9 | 10,4 | 12,9 | 16,4 | 19,4 | 18,9 | 10,4 |
Precipitação (mm) | 286,3 | 203,1 | 249,7 | 132 | 22,2 | 4,7 | 0,8 | 1,7 | 33,2 | 108,4 | 191 | 275,3 | 1 508,4 |
Dias com precipitação (≥ 1 mm) | 16 | 15 | 16 | 9 | 2 | 0 | 0 | 0 | 3 | 9 | 12 | 16 | 98 |
Umidade relativa compensada (%) | 81,4 | 81,7 | 82,4 | 78,9 | 71,9 | 64 | 57,8 | 50,3 | 53,2 | 66,5 | 75,9 | 81 | 70,4 |
Horas de sol | 166,5 | 155,4 | 163,6 | 208,1 | 261 | 280,1 | 299,3 | 293,5 | 216,4 | 193,7 | 161,7 | 151 | 2 550,3 |
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) (normal climatológica de 1981-2010;[9] recordes de temperatura: 01/05/1975-presente)[5][6] |
Turismo[editar | editar código-fonte]
Ecopraia da Tartaruga[editar | editar código-fonte]
É uma imensa ilha com uma praia de aproximadamente 2 km², banhada pelo Rio Tocantins. Além da beleza de suas areias, a praia é um ponto de concetração de tartarugas, daí a origem do seu nome. A presença de tartarugas no local é um fenômeno único, com grande potencialidade para o ecoturismo e estudos biológicos. O acesso se dá pela estrada de rodagem até Porto do Peixe, descendo-se rio abaixo. A duração do percurso fluvial demora cerca de 15 minutos.[10]
Arquipélago do Tropeço[editar | editar código-fonte]
É um conjunto de 366 ilhas e ilhotas, formando um arquipélago fluvial no rio Tocantins. São formas e tamanhos variados, em posições tais que fazem o rio correr em saltos sobre as pedras as corredeiras e os remansos. O tropeção, como é conhecido o lugar, é apenas um referencial. Na verdade, existem outras cachoeiras e saltos ao longo do rio, navegáveis em épocas distintas e orientadas pelos níveis das águas. O local impressiona pela beleza, porém, oferece muito perigo a quem não souber se guiar entre os canais convencionados a navegação. Um dos canais mais utilizados no verão é o Canal das Cuias. O Passeio é feito de canoa ou em pequenas lanchas a motor. Por entre os canais se pratica a pesca da caranha, abundante no local, e nas áreas de águas calmas, represadas naturalmente pelas rochas, pode-se pescar também tucunarés e jacundás. Com caiaques é possível explorar toda a região. A presença de um guia nos passeios é fundamental. São necessários cuidados especiais e orientação aos visitantes.[11]
Referências
- ↑ IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
- ↑ «Censo Populacional 2013». Censo Populacional 2013. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2012. Consultado em 11 de dezembro de 2012
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-20108». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010[ligação inativa]
- ↑ a b «BDMEP - série histórica - dados diários - temperatura mínima (°C) - Peixe». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 4 de junho de 2018
- ↑ a b «BDMEP - série histórica - dados diários - temperatura máxima (°C) - Peixe». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 4 de junho de 2018
- ↑ «BDMEP - série histórica - dados diários - precipitação (mm) - Peixe». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 4 de junho de 2018
- ↑ «BDMEP - série histórica - dados mensais - precipitação total (mm) - Peixe». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 4 de junho de 2018
- ↑ «NORMAIS CLIMATOLÓGICAS DO BRASIL». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 4 de junho de 2018
- ↑ [1]
- ↑ [2]