Periquito-da-caatinga
Periquito-da-caatinga | |||||||||||||||
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Aratinga cactorum no Brasil |
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Estado de conservação | |||||||||||||||
![]() Pouco preocupante |
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Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Eupsittula cactorum (Kuhl, 1820) |
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Sinónimos | |||||||||||||||
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O Periquito da Caatinga, cujo nome científico é Eupsittula cactorum que significa “Periquito bom que gosta de cactus”. O Periquito da Caatinga é também conhecido popularmente como curiquinha, periquitinha, jandaia, gangarra, griguilim, guinquirra, grengueu, papagainho e periquitão. Ele habita principalmente a região do Nordeste Brasileiro, mais também é encontrado no cerrado e nas caatingas.
Ele mede cerca de 25 cm e pesa 120 gramas, sua característica principal é o corpo e a cabeça verde amarronzado, pescoço verde oliva, asas verdes com as pontas azul royal, peito laranja e a barriga amarela, em torno dos olhos há um contorno de cor branca, o bico é cinza fosco, os pés são rosas acinzentados, a irís é castanho escuro, ao redor do olho existe uma lista redonda laranja , que cresce quando emite algum som.
Nomes[editar | editar código-fonte]
Essa espécie é conhecida e chamada por vários nomes em vários locais diferentes.[1] Veja os mais comuns:
Nome | Origem | Local |
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Eupsittula cactorum | Nome científico, é o "Gênero" e a "Espécie" | No mundo, mais comumente utilizado por cientistas e estudiosos |
Periquito-da-Caatinga | Por parecer um periquito e ser normalmente achado em regiões de predomínio da caatinga, é o nome mais aceito, mas o menos usado | Todo o Brasil |
Jandaia | Por fazer parte do gênero Aratinga, que é formado por vários tipos de jandaia | Todo o Brasil |
Periquitão | Além de por se parecer e ter um tamanho maior que a maioria dos periquitos, também conhecido assim porque se parece com o Periquitão-Maracanã | Qualquer local, por pessoas que nunca ouviram sobre esse tipo de espécie |
Papagainho | Por parecer e fazer parte da família Psittacidae, que é a mesma do papagaio, além do fato de que essa espécie pode apender pequenas palavras | Qualquer local, por pessoas que nunca ouviram sobre esse tipo de espécie |
Guinguirra | Porque seu grito (não o canto) se parece com um guincho | Região do sertão do Nordeste, onde é normalmente encontrado |
Ganguirra | [Também Gangarra em alguns sertões] | . Esse nome é muito conhecido no sertão nordestino, e para ele vale a explicação anterior, e esta parece ser uma versão regional do sertão da Paraíba e Pernambuco. |
Hábitos[editar | editar código-fonte]
Está especie é sociável, (mas menos que loris ou papagaios) inteligente e muito ativa, e também consegue emitir algumas palavras. e tem vários hábitos de um Papagaio, como o de levantar suas penas e ficar balançando a cabeça pra cima e pra baixo quando com raiva.
Costumam voar em bandos de 6 a 8 indivíduos, sempre vocalizando um som parecido com “krik-krik-krik-krik”. Adoram poças de água para se banhar e beber juntamente com o restante do bando.
Alimentação[editar | editar código-fonte]
A alimentação preferida dessa espécie é o milho verde das plantações domésticas. Com um bico apropriado, essa ave rasga a palha da espiga do milho ainda no caule, e come parcialmente os grão do milho verde. Esse é seu alimento preferido para criar sua prole. Por causa desse hábito, a ave é muito perseguida por caçadores, sendo abatidas sob o pretexto de que elas são "danosas" à plantação de milho. As frutas regionais do sertão nordestino, como
Da mesma forma que a Papagaios, não é recomendável dar sementes de girassol (por serem muito oleosos) e todo e qualquer alimento industrializado para consumo humano (como pães, cafés, biscoitos, etc). Esses alimentos reduzem a vida do animal, pois afetam os rins e o estômago da ave. No seu habitat natural alimentam-se de frutas, brotos e sementes. Gosta de frutas, bagos e principalmente de umbu (o mesmo que imbu) (fruto do umbuzeiro) uma árvore típica do sertão nordestino, além do fruto do Cereus jamacaru, Mandacarú.
Reprodução[editar | editar código-fonte]
É possível encontrar o Periquito da Caatinga a venda em criadores legalizados junto ao Ibama, sendo que o preço pedido pelos vendedores é cerca de R$400,00 por cada pássaro.
Os periquitos-da-caatinga São aves monogâmicas, costumam criar cavidades e fazer seus ninhos em cupinzeiros ativos, sendo que os insetos não atrapalham o casal e nem a prole. A entrada é bem discreta, o que contribui para a sua segurança.
A câmara de postura mede 25 cm de diâmetro e a forragem é feita com materiais secos e que absorvam os dejetos dos filhotes, como madeira triturada e capim seco. Depositam em média de 5 a 9 ovos que são incubados durante cerca de 25-26 dias. Periquitos adultos parecem ter medo que a cavidade poderia virar armadilha, da qual eles não podem mais escapar se um predador chegar. Como o pica-pau Celeus flavescens e o caburé Megascops choliba, eles fogem do ninho quando sentem que um perigo se aproxima. Isso é mais seguro para a ave, mas pode também mostrar ao predador onde exatamente estão ovos ou prole.
Não possuem diferenças sexuais, por isso, para identificar macho e fêmea é necessário fazer um exame de DNA.
A expectativa de vida é cerca de 30 anos.
O periquito-da-caatinga é procurado como animal de estimação e ave de gaiola. Os periquitos jovens são retirados dos seus ninhos antes de poder voar, e depois vendidos, por exemplo, na feira das cidades do interior. Estas aves podem ficar muito mansas, e não é raro ver um periquito vivendo "em liberdade" na casa do dono, como membro da família por assim dizer. Contudo, estas aves mansas e soltas frequentemente morrem jovens. Um cachorro ou um gato pode matar elas, ou alguém pode machucar elas acidentalmente.
O comércio ilegal reduziu muito a população dos periquitos na natureza, e ameaça o sobreviver da espécie em muitas áreas.
Referências
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 312.