Perseu Abramo

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Perseu Abramo
Nascimento 17 de julho de 1929
São Paulo
Morte 6 de março de 1996
Cidadania Brasil
Alma mater
Ocupação jornalista, escritor, professor universitário, político, sociólogo
Empregador(a) Universidade Federal da Bahia, Universidade de Brasília
Causa da morte embolia pulmonar
Página oficial
https://fpabramo.org.br

Perseu Abramo (São Paulo, 17 de julho de 19296 de março de 1996[1]) foi um sociólogo, professor e jornalista brasileiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascido numa família de imigrantes italianos, seus pais, Athos Abramo (jornalista) e Athea Tommasini, eram primos em primeiro grau. Suas avó paterna e materna eram irmãs, filhas de Bortolo Scarmagnan, ativista anarquista italiano radicado no Brasil. Pela família Abramo, era sobrinho dos jornalistas Claudio Abramo e Fulvio Abramo, do artista plástico Livio Abramo, e da atriz Lelia Abramo.

Fez os estudos secundários no Ginásio do Estado, na cidade de São Paulo, e no Colégio Estadual Presidente Roosevelt. Ainda jovem, conseguiu seu primeiro emprego, como suplente de conferente de revisor no primeiro Jornal de São Paulo, na ladeira do Seminário, em 1946. De 1948 a 1950 trabalhou como repórter no segundo Jornal de São Paulo. Trabalhou em A Hora, de 1951 a 1952 e, nesse ano, entrou para O Estado de S. Paulo, onde permaneceu por dez anos, chegando a subsecretário de redação. No Estadão, coordenou a equipe que fez a cobertura da inauguração de Brasília e obteve o Prêmio Esso de Reportagem, em 1960.[2]

Em 1959 graduou-se em Ciências Sociais da então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, como bacharel e licenciado em sociologia.

Participou ativamente da criação da Universidade de Brasília, onde lecionou no sociologia no Departamento de Ciências Humanas, de 1962 - quando a Universidade foi inaugurada - até 1964, quando ocorre o golpe militar, e a UnB é invadida por tropas do exército.

Em 1968 obteve o grau de mestre em ciências humanas na Universidade Federal da Bahia.[2]

Também foi professor da Fundação Cásper Líbero (1960 - 1962), da Universidade Federal da Bahia (1965 - 1970) e da FAAP (1970-1971). Trabalhou por 15 anos como professor na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), em disciplinas específicas de jornalismo, de 1981 até 1996. [1]

Exerceu atividade jornalística nas redações de O Estado de S. Paulo, de Folha de S. Paulo,[3] além do jornal Movimento[4] e do Jornal dos Trabalhadores, órgão do Partido dos Trabalhadores (PT).

Fora da imprensa escrita, trabalhou na Rádio Eldorado (1955) e na TV Globo (1983 - 1985).

É autor do livro Padrões de Manipulação na Grande Imprensa[5] e de Um Trabalhador da Notícia,[6] publicados pela Editora Fundação Perseu Abramo, vinculada ao PT.

Referências

  1. a b "Perseu Abramo. O Formador de Jornalistas", por Hamilton Octavio de Souza. In Vinte anos de jornalismo, PUC-SP, São Paulo : EDUC, 1998, p. 17.
  2. a b «Biografia no portal da Fundação Perseu Abramo» 
  3. O jornalista que manteve a fé. Por Alexandre Gambirasio. Folha de S. Paulo, Caderno Mais+, 1° de junho de 1997.
  4. Reportagem de Perseu Abramo sobre a reunião de fundação do PT, realizada no Colégio Sion, em São Paulo (originalmente publicada no jornal Movimento, 18 a 24 de fevereiro de 1980).
  5. Padrões de Manipulação na Grande Imprensa Arquivado em 7 de novembro de 2011, no Wayback Machine.. Posfácio de Aloysio Biondi. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2003.
  6. Um Trabalhador da notícia Arquivado em 5 de março de 2016, no Wayback Machine.. Textos de Perseu Abramo (2ª edição). São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2007. Organizado por Bia Abramo.

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