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Pierre Alechinsky

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Pierre Alechinsky
Pierre Alechinsky
Pierre Alechinsky (à gauche) avec Peter Bramsen photographié par Erling Mandelmann en 1965.
Nascimento 19 de outubro de 1927
Schaerbeek
Cidadania Bélgica, França
Filho(a)(s) Nicolas Alquin, Ivan Alechine
Alma mater
  • La Cambre
Ocupação pintor, desenhista, gravurista, escritor, ilustrador, aquafortista, ceramista, artista visual
Prêmios
  • Oficial da Legião de Honra (2006)
  • Praemium Imperiale (2018)
  • Doutor honorário da Universidade de Liège (2010)
Empregador(a) Escola Nacional Superior das Belas-Artes
Obras destacadas Al Alimón
Movimento estético expressionismo, COBRA, Tachismo, expressionismo abstrato, lyrical abstraction

Pierre Alechinsky (Bruxelas, 19 de outubro de 1927) é um pintor e gravurista belga, mora e trabalha em França desde 1951. É membro do grupo Jovem Pintura Belga e integrante do Grupo COBRA.

Marcada pela espontaneidade e pelo estilo violento de criação, sua obra caminha pela abstração e pelas múltiplas formas de explorar a criatividade. Constituindo-se como artista no contexto do pós-Segunda Guerra, demonstra desde jovem sua vontade de transformação e experimentação de novas saídas para o mundo que se apresenta diante dele.

Desde muito jovem, o artista estuda na École Nationale Supérieure d`Architeture et des Arts Décoratifs, La Cambre, desenvolvendo ilustrações de livros e tipografia. Aos vinte anos, em 1947, se junta ao Jovem Pintura Belga, grupo que um ano depois se integra ao Grupo COBRA. Assume a organização das exposições e da revista COBRA, além de produzir obras de estilo vigoroso e espontâneo para várias mostras. Nesta época, coloca nas telas desenhos feitos com tinta a óleo, quase sempre não-figurativos, ilustrando animais e pessoas estranhas.

Com a dissolução dos grupos, em 1951, vai para Paris, onde explora o surrealismo de Max Ernst. Apesar de não se identificar como integrante deste movimento, sua obra passa por um processo criativo semelhante, o que faz com que participe da última exposição internacional surrealista, organizada por André Breton, em 1963. Viaja aos Estados Unidos e ao expressionismo abstrato realizado pelos artistas norte-americanos, adotando sempre o caráter da experimentação.

No entanto, depois do COBRA, o que mais desperta seu interesse é a gravura inspirada nas caligrafias chinesas e japonesas. Alechinsky conhece Wallasse Ting, em Nova Iorque, interessando-se pela escrita oriental e seu processo de elaboração. Em viagem ao Japão, ainda nos anos 50, percebe que, como canhoto, tem facilidade em escrever da direita para a esquerda, como se escrevesse para ler através do espelho. A partir de então, abandona cada vez mais a pintura a óleo para se dedicar a pintura acrílica. Ao invés de utilizar o cavalete e a tela, prefere o papel de seda apoiado no chão. Principalmente depois de 65, sua obra difere muito da realizada na época do COBRA, buscando sempre novas técnicas e novas experiências, sendo conhecido hoje em dia mais como um artista gráfico do que como pintor.

Como músico amador, tocador de flauta transversal, compara constantemente sua obra com a música. Os traços de suas pinturas se espalham como as notas musicais, formando inúmeras possibilidades de composição. Em qualquer uma das diferentes fases de Alechinsky, a busca pelas novas linguagens e o caráter eruptivo de suas obras estão presentes.

Ligações externas

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