Praticagem

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Um prático embarcando num navio para pilotá-lo.

A praticagem, pilotagem dos portos, pilotagem das barras ou simplesmente pilotagem é a atividade de pilotar navios na entrada e saída dos portos, não apenas na atracação e desatracação, mas em toda a sua navegação no canal de acesso ao porto.[1]

Trata-se de um serviço de auxílio portuário, disponível em áreas que apresentam dificuldades ao tráfego livre e seguro de embarcações, em geral de grande porte. Tais dificuldades podem ser relativas a ventos, estado do mar, lagos ou rios, marés, correntes, bancos de areia, naufrágios, visibilidade restrita, entre outras.

No Brasil e na América Latina, o profissional habilitado para a praticagem é denominado prático, sendo o termo piloto usado quando o profissional pertence à categoria de oficial náutico. Nos demais países, o profissional é chamado de pilot.

O serviço é exercido por um piloto especializado nas águas onde o comandante do navio não está familiarizado com condições específicas, como ventos e correntes, e onde as embarcações se comportam de maneira diversa. O comandante é treinado somente para navegar no alto-mar.[2]

Já o prático possui o conhecimento das águas em que atua, com especial habilidade na condução de embarcações, devendo estar perfeitamente atualizado com dados sobre profundidade e geografia local, clima e as informações do tráfego de embarcações. É também o responsável pelo controle e direcionamento dos rumos de uma embarcação próxima à costa ou em águas interiores desconhecidas do comandante.[3] Presta relevante serviço público delegado a uma atividade privada.

Na ponte de comando do navio, o prático dá ordens de leme ao timoneiro, de máquinas ao comandante e de puxar e empurrar aos mestres dos rebocadores. Além disso, ele monitora o tráfego ao redor, combina cruzamentos com outros navios e coordena o serviço de amarração.[4]

Com sua habilidade, profundo conhecimento local e investimentos próprios, ele permite o emprego de navios de maior porte, com máxima segurança dentro dos limites hidrográficos do Porto, otimizando o escoamento das cargas de interesse da região, tendo sempre presentes as responsabilidades com a proteção da vida humana, a preservação do meio ambiente aquático, a manutenção da navegabilidade nos canais de acesso e a proteção do patrimônio público ou privado envolvido na manobra, ou seja: navios, rebocadores, lanchas e instalações portuárias. O prático, portanto, assessora o comandante na condução segura do navio em áreas de navegação restrita ou sensíveis para o meio ambiente. Ele evita acidentes que podem causar severa poluição e até o fechamento de um porto para a economia.[5]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «"O prático vai a bordo para proteger a sociedade de acidentes"». Brasil Export. Jornal BE News. 29 de maio de 2023. Consultado em 25 de janeiro de 2024 
  2. Menezes, Penélope (19 de janeiro de 2024). «Prático de navio: saiba o que é praticagem e conheça lei sancionada». Empresa Jornalística O Povo S/A. O Povo. Consultado em 25 de janeiro de 2024 
  3. Valano, Bruno (26 de março de 2021). «Quem é o prático, o "manobrista" de navios que evita acidentes como o de Suez». Abril Comunicações S.A. Super Interessante. Consultado em 25 de janeiro de 2024 
  4. Farias, Bárbara (21 de janeiro de 2024). «Novo presidente do Conselho Nacional de Praticagem traça planos para regulamentação do setor». A Tribuna de Santos Jornal e Editora Limitada. A Tribuna. Consultado em 25 de janeiro de 2024 
  5. van Deursen, Felipe (4 de janeiro de 2024). «Quem são os 'manobristas' de navios que podem ganhar até R$ 300 mil». BBC. BBC NEWS BRASIL. Consultado em 25 de janeiro de 2024 
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