Plauto Cruz

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Plauto Cruz
Informação geral
Nome completo Plauto de Almeida Cruz
Também conhecido(a) como Mago da Flauta
Nascimento 15 de novembro de 1929
Local de nascimento São Jerônimo, RS
 Brasil
Morte 28 de julho de 2017 (87 anos)
Local de morte Porto Alegre
Ocupação(ões) músico, compositor
Instrumento(s) flauta
Período em atividade 1950-2010


Plauto Cruz (São Jerônimo, 15 de novembro de 1929Porto Alegre, 28 de julho de 2017) foi um flautista e compositor brasileiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho do flautista José Alves da Cruz, mudou-se com a família para Porto Alegre em 1944. Plauto Cruz construiu sua primeira flauta a partir de lascas de taquara.[1]

Aos 21 anos de idade, iniciou a carreira de músico profissional na Rádio Itaí, acompanhado pelo regional de Aldo Braga. Em 1956, transferiu-se para a Rádio Farroupilha, integrando o regional de Antoninho Maciel. Entre 1961 a 1964, trabalhou na Rádio Gaúcha com o regional do Paraná, atuando no programa Duque de Antenas. Na emissora, chegou a acompanhar a cantora Elis Regina e conheceu o violonista Jessé Silva, com quem gravaria diversas composições. Posteriormente, foi para Rádio Difusora, atuando no programa Hora do Bico.[2] O último trabalho assalariado de Plauto Cruz no rádio foi na Rádio Clube Paranaense, de Curitiba, onde permaneceu por oito meses. No mesmo ano, retornou à Porto Alegre para atuar no programa Gente da Noite, de Túlio Piva, na Rádio Difusora.

Em 1972, ao lado de Marco Aurélio Vasconcellos no violão e de um quarteto de cordas da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, sagrou-se vencedor da 1ª Vindima da Música Popular de Caxias do Sul, com a canção "Acalanto". No ano seguinte, novamente na companhia de Marco Aurélio, recebeu o prêmio de "Melhor Instrumentista" da Califórnia da Canção Nativa de Uruguaiana com a canção "Canto de Morte de Gaudêncio Sete Luas", vencedora do festival.

Na década de 1970, morou em São Vicente, no litoral paulista, onde participou do regional “Lenha da Casa”, ao lado de Peri Cunha no bandolim, seu conterrâneo Jessé Silva no violão de sete cordas, Nelsinho do Cavaquinho, Antenor Senegaglia (violão de seis cordas), Arnaldo Loyo Bechelli (surdo), Ricardo Barros Bechelli (reco-reco) e Aguinaldo Loyo Bechelli (pandeiro). Com o grupo, obteve o segundo lugar no Festival Brasileirinho, da TV Bandeirantes em 1977, com o choro "Meu Pensamento".

Plauto Cruz apresentava sua música em teatros e casas noturnas ao lado de grandes nomes da Música Popular Brasileira. Fez parte do espetáculo O Choro é Livre, ao lado do também flautista Altamiro Carrilho. Foi o arranjador da música "Maria Fumaça", da dupla Kleiton & Kledir, de 1980.

Nos anos 90, Plauto realizou uma série de apresentações em festivais nativistas do Rio Grande do Sul com o violonista Mário Barros, com quem gravou dois discos.[3] Em 1996, apresentou-se em Buenos Aires como integrante do Grupo Lamento e com Rubens Santos no espetáculo "Porto Alegre em Buenos Aires".

Em 2001, atuou na Orquestra Sinfônica de Porto Alegre. Em 30 de setembro de 2002, foi atropelado em frente ao Teatro da OSPA, na Avenida Independência, o que acabou lhe ocasionando dificuldades motoras e o cancelamento de diversas atividades profissionais. Em 2010, encerrou definitivamente suas atividades noturnas, em virtude do agravamento da doença de Parkinson.

Faleceu em 28 de julho de 2017, aos 87 anos de idade, vítima de complicações causadas pela doença de Parkinson.[4]

Em 2021 é inaugurada a Casa de Cultura Plauto Cruz em Porto Alegre, antiga sede do Fumproarte na avenida Venâncio Aires, homenageando o flautista.

Discografia[editar | editar código-fonte]

Álbuns de estúdio[editar | editar código-fonte]

Ano Álbum Gravadora
1978 O Choro é Livre ISAEC
1980 O Fino da Flauta Bandeirantes Discos
1995 Engenho & Arte (com Mário Barros) Gravadora independente
1997 Em Novos Tempos de Seresta MGM
1998 O Mago da Flauta MGM
1999 Choros e Canções Gravadora independente
2003 26 Anos de Parceria (com João Pernambuco) GNK

Álbuns split[editar | editar código-fonte]

Ano Álbum Gravadora Observação
1978 Nós os Chorões Musicolor Com Jessé Silva, Peri Cunha, Lúcio do Cavaquinho e Clea Ramos

Prêmios e indicações[editar | editar código-fonte]

Plauto Cruz foi premiado com várias honrarias e troféus, entre as quais a Medalha Simões Lopes Neto, concedida pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul; o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre (1985), pela Câmara Municipal de Porto Alegre; e o título de Cidadão Porto-Alegrense, pela Prefeitura de Porto Alegre.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. PARADA, Paulo F.; BRAGA, Reginaldo Gil (2016). «O universo sonoro de Plauto Cruz: obra e trajetória artística em diálogo com a cidade de Porto Alegre.». Curitiba. Revista Vórtex. v.4, n.1: 1-20 
  2. Governo do Estado do Rio Grande do Sul (20 de dezembro de 2012). «Pensão especial para Plauto Cruz e Lourdes Rodrigues é aprovada pela Assembleia Legislativa». Consultado em 8 de maio de 2018 
  3. Prefeitura de Passo Fundo (17 de outubro de 2006). «Mário Barros no Múcio de Castro». Consultado em 8 de maio de 2018 
  4. Globo.com (29 de julho de 2017). «Flautista Plauto Cruz morre aos 87 anos, em Porto Alegre». Consultado em 8 de maio de 2018