Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro
Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro | |
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Brasão da PMERJ | |
País | Brasil |
Estado | ![]() |
Corporação | Polícia Militar |
Subordinação | Governador do Estado do Rio de Janeiro |
Missão | Policiamento ostensivo e preservação da ordem pública |
Sigla | PMERJ |
Criação | 13 de maio de 1809 (211 anos) |
Aniversários | 13 de maio de 1809 e 14 de abril de 1835 |
Patrono | Tiradentes |
Marcha | Canção do Policial Militar |
Lema | Servir e Proteger |
Cores | azul, vermelho e amarelo (ouro) |
Mascote | Cão "Bruto" |
História | |
Guerras/batalhas | Dia do Fico e Rebelião da Divisão Auxiliadora (1822) Revolta dos Mercenários (1828) Rebelião de Miguel de Frias (1832) Intentona do Barão de Büllow (1832) Pacificação de Santa Catarina (1837) Sabinada (1837-38) Cabanagem (1835-40) Guerra dos Farrapos (1839-45) Revolução Liberal de 1842 Questão Christie (1862) Guerra do Paraguai (1865-70) Revolta do Quebra-Quilos (1872) Revolta do Vintém (1879-80) Proclamação da República Revolta da Armada Revolta da Vacina Primavera de Sangue (1909) Revolta dos 18 do Forte Revolução de 1930 Revolução de 1932 Intentona Comunista (1935) Golpe do Estado Novo (1937) Levantes Integralistas (1938) Força Expedicionária Brasileira (1942-45) Golpe Militar de 1964 |
Condecorações | ![]() [1] Medalha de Corrientes: Concedida pelo Governo Argentino ao 12º/44º CVP, por sua bravura na Guerra do Paraguai |
Logística | |
Efetivo | 44.000 Militares |
Insígnias | |
Estandarte da PMERJ | ![]() |
Comando | |
Comandante-Geral/Secretário de Estado de Polícia Militar | Cel PM Rogério Figueredo de Lacerda |
Subsecretário Geral da Polícia Militar/Chefe do Estado-Maior Geral | Cel PM Márcio Pereira Basílio |
Sede | |
Guarnição | Rio de Janeiro, RJ |
Bairro | Centro |
Endereço | Rua Evaristo da Veiga, 78 |
Internet | https://www.pmerj.rj.gov.br |
A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) tem, por função primordial, o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública no Estado do Rio de Janeiro, sendo uma das forças militares deste estado brasileiro.
Para fins de organização e emprego em situações de guerra, é uma força auxiliar e reserva do Exército Brasileiro, assim como suas coirmãs, e integra o "Sistema de Segurança Pública e Defesa Social" brasileiro. Está subordinada diretamente ao governador do estado do Rio de Janeiro, constituindo a Secretaria de Estado de Polícia Militar (SEPM). Seus integrantes são denominados militares estaduais (artigo 42 da Constituição brasileira), assim como os membros do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ).
História[editar | editar código-fonte]
Guarda Real de Polícia[editar | editar código-fonte]
No início do século XIX, como consequência da campanha Napoleônica de conquista do continente europeu, a Família Real portuguesa, juntamente com sua corte, decidem se mudar para o Brasil. Aqui chegando, a Corte instalou-se na cidade do Rio de Janeiro, iniciando a reorganização do Estado no dia 11 de março de 1808 com a nomeação de ministros.[carece de fontes]
A segurança pública, na época, era executada pelos chamados quadrilheiros, grupo formado pelo reino português para patrulhar as cidades e vilas daquele país, e que foi estendido ao Brasil colonial. Eles eram responsáveis pelo policiamento das 75 ruas e alamedas da cidade do Rio. Com a chegada dessa "nova população", os quadrilheiros não eram mais suficientes para fazer a proteção da Corte, então com cerca de 60 000 pessoas, sendo mais da metade escravos.[carece de fontes]
Em 13 de maio de 1809, dia do aniversário do Príncipe Regente, D. João VI criou a Divisão Militar da Guarda Real da Polícia da Corte (DMGRP). A DMGRP inicialmente foi formada por 218 guardas e era composta por um Estado-Maior, 3 companhias de Infantaria e uma companhia de Cavalaria. Seu primeiro comandante foi José Maria Rebello de Andrade Vasconcellos e Souza, ex-capitão da Guarda portuguesa. O mais famoso dos seus comandantes, porém, foi o terceiro: um brasileiro nato, o major de Milícias Miguel Nunes Vidigal, que inclusive é citado no livro "Memórias de um Sargento de Milícias". A DMGRP usava armas e trajes idênticos aos da Guarda Real da Polícia de Lisboa. A Guarda Real de Polícia de Lisboa (força policial-militar criada pelo príncipe regente D. João em dezembro de 1801), era inspirada na Gendarmerie Nationale francesa.[carece de fontes]
A Guarda Real de Polícia, como ficou primeiramente conhecida a PMERJ e GM-Rio, teve participação decisiva em momentos importantes da história brasileira como, por exemplo, na Independência do país. Em 25 de abril de 1821, dom João VI é forçado a retornar para Portugal. Porém, seu filho, o príncipe Dom Pedro, permanece no Brasil. As Cortes de Lisboa, que haviam obrigado o retorno de dom João VI, determinam o imediato retorno de dom Pedro para Portugal. As elites brasileiras, ante isto, promovem um abaixo assinado, cujo movimento entra para a história como Dia do Fico: em 9 de janeiro de 1822, a população é conclamada a dirigir-se a uma residência no centro do Rio de Janeiro e assinar um manifesto pela permanência de dom Pedro. Ante tal ato, o brigadeiro Jorge Avilez, comandante da Divisão Auxiliadora, força de ocupação portuguesa, determina que integrantes daquela força impeçam a realização do ato. Em represália, Miguel Nunes Vidigal determina que as tropas da Guarda Real da Polícia garantam o abaixo assinado e depois escoltem o manifesto até o Paço, para ser entregue ao Príncipe D. Pedro. Ao receber o manifesto, D. Pedro comovido anuncia a sua permanência no Brasil.[carece de fontes]
A represália vem no dia seguinte, com a rebelião da Divisão Auxiliadora. Esta força, ocupa o Morro do Castelo e ameaça bombardear a cidade, caso dom Pedro não embarque imediatamente para Portugal. A reação se faz imediata: sob o comando do brigadeiro Xavier Curado, tropas fiéis ao príncipe e alinhadas com o desejo de independência, incluindo aí a GRP, reforçadas com populares armados, cercam a Divisão Auxiliadora. Inferiorizado em homens e munições e com pouca água, Avilez se rende, sendo ele e a sua tropa expulsos do país. Têm início as articulações políticas para tornar o Brasil um país independente, que produzem o seu resultado em 7 de setembro de 1822. A corporação, por aclamação popular, passa a se chamar de Guarda Imperial de Polícia, sendo porém negado a mesma a dignidade de ostentar o pavilhão imperial, ao que esta vai perdendo o prestígio que tivera nos tempos de D. João VI.[carece de fontes]
Em 14 de junho de 1831, um levante de duas companhias da Corporação, em conjunto com o 26º Batalhão de Caçadores do Exército Imperial, traz grandes transtornos à ordem pública e se transforma numa séria ameaça política. Quatro dias depois, a Corporação é extinta, sendo recriada em 10 de outubro do mesmo ano, com o nome de Corpo de Guardas Municipais Permanentes que logo depois se torno a Guarda Municipal do Rio de Janeiro quando Dom Pedro I deixou seu filho Dom Pedro II encarregado dos destinos do país, comprovando que a instituição era indispensável à sociedade. Em 1832, assume o Comando da Corporação o recém-promovido Tenente Coronel Luís Alves de Lima e Silva, o futuro Duque de Caxias. É o primeiro comando militar do futuro Patrono do Exército. Durante sete anos - até 20 de dezembro de 1839, Caxias irá participar de diversas campanhas de repressão a rebeliões empregando os "Permanentes": Rebelião de Miguel de Frias[2] - nesta Caxias junta-se aos "Permanentes" voluntariamente, para logo após se tornar o seu primeiro subcomandante - e ainda: a intentona do Barão de Büllow, em 1832, a pacificação de Santa Catarina, em 1837, a ocupação da região de Paty do Alferes, quando da Rebelião de Manoel Congo, em 1838 - que marca a primeira vez em que forças policiais militares da capital imperial e da província do Rio de Janeiro atuaram em conjunto - e até da Revolta dos Farrapos, em 1839. Em 1842, ambas instituições voltarão a lutar juntas sob o comando de Caxias, compondo as tropas Imperiais que reprimem as Rebeliões Liberais de 1842 em São Paulo e Minas Gerais, onde o Corpo Municipal Permanente da Corte se destaca pela bravura, sendo condecorado com a Bandeira Imperial pelo Imperador D. Pedro II.[carece de fontes]
Guarda Policial da Província fluminense[editar | editar código-fonte]


Com a criação do Município Neutro (atual área do município do Rio de Janeiro) por meio do Ato Adicional de 12 de agosto de 1834, foi criada, em 14 de abril do ano seguinte, na província, outra força policial denominada Guarda Policial da Província do Rio de Janeiro, por meio da lei provincial nº 16, promulgada pelo então presidente Dr. Joaquim José Rodrigues Torres com sede na cidade de Niterói (que havia sido designada como capital fluminense), responsável pela área atual do interior e da baixada do atual Estado do Rio de Janeiro, que recebeu a alcunha de "Treme-Terra", uma alusão a força e a coragem demonstrada pelos membros daquela Corporação. Seu primeiro comandante foi o capitão João Nepomuceno Castrioto. Por diversas vezes encontrou-se em combate lado-a-lado com sua coirmã do Município da Corte, com a qual, anos mais tarde, viria formar a atual PMERJ, como nas Revoltas Liberais de 1842, quando combateu nas províncias de Minas Gerais e São Paulo e contenção de revoltas de escravos entre outras insurreições armadas Brasil afora.[3]
Guerra do Paraguai[editar | editar código-fonte]
Outro fato histórico que teve participação importante da Polícia Militar fluminense foi o conflito iniciado em 1865 contra o Paraguai. O Brasil formou com Uruguai e a Argentina a chamada Tríplice Aliança.
Na época, como o país não dispunha de um contingente militar suficiente para combater os cerca de 80 mil soldados paraguaios, o governo imperial se viu forçado, então, a criar os chamados "Corpos de Voluntários da Pátria". Em 10 de julho daquele ano, partiram 510 oficiais e praças do Quartel dos Barbonos da Corte, local onde hoje está o situado Quartel General da Polícia Militar. A este grupo, foi dado o nome de "31º Corpo de Voluntários da Pátria". Neste contexto surge o mascote da Corporação: o cão Bruto. Este animal era um cão de rua, que certo dia adentrou no Quartel dos Barbonos e virou mascote da tropa. Quando toda a Infantaria do Corpo seguiu para a Guerra do Paraguai, Bruto seguiu a tropa e embarcou junto com eles. Participou ativamente dos combates, e apesar de ferido, retornou com a tropa. Morreu no Rio de Janeiro, envenenado. Os praças da Corporação mandaram empalhar o seu corpo que está em exposição no Museu da Corporação, no Centro do Rio de Janeiro.[carece de fontes]
A parte da polícia que cuidava da então província do Rio de Janeiro, a exemplo do que aconteceu na Corte, também enviou contingente de 510 homens à Guerra do Paraguai, sob a designação de "12º Corpo de Voluntários da Pátria", sob o comando do Tenente-Coronel João José de Brito, a qual partiu para o teatro de operações em 18 de fevereiro de 1865. Os feitos heróicos deste corpo de voluntários chegou ao ponto do governo argentino ter criado uma medalha em sua homenagem, cuja utilização foi permitida pelo aviso nº 542 do Exército brasileiro, em 4 de abril de 1867. Inobstante isto, o 12º CVP foi dizimado na guerra, sendo os seus sobreviventes empregados - juntamente com integrantes de outros Corpos de Voluntários - para compor o 44º CVP. Este Corpo de Voluntários, sob o Comando do então Major Floriano Peixoto, em heroica carga, capturou uma bateria de canhões inimigos.[carece de fontes]
A participação dos CVPs foi de grande importância em todas as batalhas das quais tomou parte: Tuiuti, Curupaiti, Humaitá, Estero Bellaco, Estabelecimento, Surubií, Lomas Valentinas, Itapiru, Angostura, Avaí e Cerro Corá.[carece de fontes]
República[editar | editar código-fonte]
Durante a proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, a PMERJ foi a única Corporação policial a se fazer presente naquele momento, com suas tropas estacionadas no Campo de Santana. Naquele momento histórico, assumiu a chefia do governo fluminense Francisco Vítor da Fonseca e Silva, então comandante do Corpo Policial da Província, sendo o primeiro governante republicano do estado do Rio.[carece de fontes]
Nas décadas seguintes, a PMERJ viu-se envolvida, seja por ser a força policial da capital federal ou de um dos principais estados brasileiros, nos diversos aos conflitos políticos e sociais estaduais que apareceram pelo país, onde foi empregada, sozinha ou como corpo auxiliar do Exército. Nesse contexto entram as Revoltas da Armada e da Vacina, as Revoluções de 1930, Constitucionalista de 1932, entre outros movimentos.[carece de fontes]
Em 1942, com o estado de guerra entre o Brasil e a Alemanha, o governo brasileiro se prepara para enviar à Europa uma Divisão de Infantaria Expedicionária. No afã de recompletar seus quadros, o Exército recebe praças graduados da PMDF para recompletar suas unidades que estavam com efetivo de paz (somente 1/3 do efetivo). Entre os policiais militares que são transferidos para a FEB, está o 3º Sargento Max Wolff Filho, que vem a falecer em combate na Itália, já como 2º Sargento.[carece de fontes]
Em 1960, a capital do país foi transferida para Brasília e o antigo Distrito Federal, onde se situava a cidade do Rio de Janeiro, se tornou o estado da Guanabara. A instituição, que naquele momento era denominada Polícia Militar do Distrito Federal, passou a ser chamada Polícia Militar do Estado da Guanabara (PMEG).[carece de fontes]
1947-1980: Fusão dos estados do Rio e da Guanabara[editar | editar código-fonte]
No restante do estado, a corporação ganhou o nome de Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro já no ano de 1947, porém com o acrônimo PMERJ. Em 1974, o Governo Federal decide reunir os dois estados através da Lei Complementar nº 20, que determinava a fusão do Rio de Janeiro e da Guanabara em 15 de março de 1975. Ainda segundo essa lei, a nova unidade da federação receberia o nome de Estado do Rio de Janeiro e, consequentemente, fundir-se-iam as duas Corporações policiais-militares. Surgiu então a corporação assim como a conhecemos hoje, com seu Quartel-General no antigo Quartel dos Barbonos, no Centro da cidade do Rio de Janeiro.[carece de fontes]
Na década de 1980, assume o comando da Corporação o coronel Carlos Magno Nazareth Cerqueira, oficial culto e professo defensor dos Direitos Humanos. Ele esboça a primeira tentativa de mudança dos paradigmas operacionais da `Polícia Militar, buscando conduzi-la para uma visão mais democrática, apagando a formação de força repressora com que fora caracterizada ao longo de dois governos de exceção: o "Estado Novo" e os "Anos de Chumbo". Graças aos esforços do coronel Cerqueira, doutrinas e programas que hoje são corriqueiros, como o PROERD e a filosofia de Policiamento Comunitário, tornam-se lugar presente na PMERJ e espalham-se para outras Polícias Militares.[carece de fontes]
Em toda sua história, a PMERJ já teve seis diferentes nomes na área do antigo Estado do Rio de Janeiro:
- Guarda Policial da Província do Rio de Janeiro - 1835
- Corpo Policial da Província do Rio de Janeiro - 1844
- Corpo Policial Provisório da Província do Rio de Janeiro - 1865
- Força Militar do Estado do Rio de Janeiro - 1889
- Força Pública do Estado do Rio de Janeiro - 1920
- Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro - 1947
E doze diferentes nomes na área da atual capital fluminense:
- Divisão Militar da Guarda Real de Polícia - 1809
- Corpo de Guardas Municipais Permanentes - 1831
- Corpo Municipal Permanente da Corte - 1842
- Corpo Policial da Corte - 1858
- Corpo Militar de Polícia da Corte - 1866
- Corpo Militar de Polícia do Município Neutro - 1889
- Regimento Policial da Capital Federal - 1890
- Brigada Policial da Capital Federal - 1890
- Força Policial do Distrito Federal - 1905
- Brigada Policial do Distrito Federal - 1911
- Polícia Militar do Distrito Federal - 1920
- Polícia Militar do Estado da Guanabara - 1960
Hoje, a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro tem mais de 49 500 homens espalhados pelo estado, em 42 batalhões que fazem o policiamento ostensivo ordinário e outras unidades operacionais especializadas sob 11 Comandos Intermediários (Cmdo Itrm), além de outras unidades médico-hospitalares, educacionais e administrativas.[carece de fontes]
Cabe destacar o papel desempenhado por militares da PMERJ, ao longo da década de 1990 e neste início de século XXI, em operações sob as ordens das Nações Unidas, em cooperação com o Exército Brasileiro em Angola, Moçambique, Timor-Leste, Sudão e no Haiti, em forças de estabilização e de paz.[carece de fontes]
Atribuições[editar | editar código-fonte]

As atribuições constitucionais da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) estão previstas no § 5º do artigo 144 da Constituição Federal: “às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública”.[carece de fontes]
Além disso, a PMERJ também atua efetivamente:
- No combate ao crime organizado, através de operações para a captura de criminosos ou apreensão de armas, drogas ou contrabando.
- No atendimento direto à população, ajudando no transporte de doentes, na orientação de pessoas em dificuldades, na intervenção de disputas domésticas, no encaminhamento da população carente aos órgãos responsáveis por problemas de saneamento, habitação.
- No policiamento especializado em áreas turísticas, estádios, grandes eventos e festas populares.
- No controle e orientação do trânsito, mediante convênios com as prefeituras.
- Na fiscalização e controle da frota de veículos, em ações integradas com outros órgãos públicos.
- Na preservação da flora, da fauna e do meio ambiente, através de batalhão especializado.
- No serviço de segurança externo das unidades prisionais e na escolta de presos de alta periculosidade.
- No serviço de segurança de Fóruns de Justiça em municípios de todo o Estado.
- No apoio a oficiais de Justiça em situações de reintegração de posse e outras determinações judiciais com risco.
- Na segurança de autoridades do Executivo, do Legislativo e do Judiciário.
- Na segurança de testemunhas e pessoas sob ameaça.
- No apoio a órgãos públicos, estaduais e municipais, em atividades como ações junto à população de rua e trato com crianças e adolescentes em situação de risco social.
- na segurança dos estádios de futebol
Comandos[editar | editar código-fonte]
O Quartel General da corporação está localizado no Centro da capital fluminense, onde se localizam grande parte dos órgãos responsáveis pela administração em nível estratégico, ou seja, o Comando Geral, o Estado-Maior Geral, subsecretarias, diretorias entre outros. Tal aquartelamento foi projetado em 1732 pelo engenheiro militar José Fernandes Pinto Alpoim, tornando-se o convento de Nossa Senhora da Oliveira e, em seguida, serviu aos frades franciscanos italianos, conhecidos como os "barbonos", e a frades carmelitas. Está em posse da PMERJ desde sua doação pelos carmelitas, em 1831, para a instalação de uma unidade policial que ficasse responsável pela segurança da região onde estava o Aqueduto da Carioca, bem como um dos locais de maior movimentação de pessoas na cidade do Rio de Janeiro, hoje conhecido como Largo da Carioca[4].
Com o intuito de descentralizar as ações do Comando Geral da PMERJ existem comandos intermediários chamados de Comando de Policiamento de Área (CPA), que ficam responsáveis pela organização e mobilização do policiamento em cada região do estado do Rio de Janeiro, adaptando a ação da corporação às realidades locais.[carece de fontes]
A exceção a essa regra fica com o Comando de Policiamento Pacificador (CPP), que tem sob seu controle as Unidades de Polícia Pacificadora que policiam áreas carentes da capital do estado, o Comando de Policiamento Especializado (CPE), ao qual estão subordinados as unidades de policiamento especializado, o Comando de Operações Especiais (COE), ao qual se subordinam as unidades de operações especiais, e o Comando de Policiamento Ambiental (CPAm), responsável pela coordenação do policiamento nas unidades de proteção ambiental fluminenses.[carece de fontes]
A partir de 2009, os Comandos de Policiamento de Áreas passaram a representar as Regiões Integradas de Segurança Pública (RISP), em conjunto com os Departamentos de Polícia de Área da PCERJ, sob as quais se organizam as Áreas Integradas de Segurança Pública (AISP), com áreas que correspondem aos Batalhões de Polícia Militar. Essas estruturas visam a integração entre as companhias dos batalhões e as delegacias policiais, sendo que a área de atuação dessas formam as Circunscrições Integradas de Segurança Pública (CISP), cuja ideia é, ao fim, tornar mais eficiente o combate a criminalidade, com a integração operacional e administrativa entre as corporações policiais fluminenses, estabelecendo metas e premiações para aquelas que apresentem maior redução.[carece de fontes]
Goytacazes |
Batalhões e unidades especiais[editar | editar código-fonte]
A PMERJ possui diversas unidades que fazem policiamento especializado e ostensivo ordinário.[carece de fontes]
Batalhões de área[editar | editar código-fonte]
- Estrutura Operacional
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Policiamento comunitário (UPP)[editar | editar código-fonte]

Unidades especializadas[editar | editar código-fonte]
Subordinadas ao Comando de Operações Especiais (COE):
- Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE)
- Batalhão de Ações com Cães (BAC)
- Batalhão de Polícia de Choque (BPChq)
- Grupamento Tático de Motociclistas (GTM)
- Grupamento Aeromóvel (GAM)
Subordinadas ao Comando de Policiamento Especializado (CPE):
- Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv)
- Batalhão de Policiamento de Vias Expressas (BPVE)
- Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas (BPTur)
- Regimento de Polícia Montada (RPMont)
- Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidões (RECoM)
- Batalhão Especializado em Policiamento de Estádios (BEPE)
- Grupamento de Polícia Ferroviária (GPFer)
Subordinadas ao Comando de Policiamento Ambiental (CPAm):
- 1ª Unidade de Policiamento Ambiental - Parque Estadual da Pedra Branca
- 2ª UPAm - Unidade Móvel
- 3ª UPAm - Parque Estadual do Desengano
- 4ª UPAm - Reserva Ecológica de Juatinga e Parque Estadual da Ilha Grande
- 5ª UPAm - Parque Estadual dos Três Picos
- 6ª UPAm - Parque Estadual da Serra da Tiririca
- 7ª UPAm - Grupamento Marítimo e Fluvial
Unidades correicionais[editar | editar código-fonte]
- Unidade Prisional - UP
- Centro de Criminalística - CCrim
- 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar - 1ª DPJM (Zonas Central, Norte e Sul do Rio de Janeiro)
- 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar - 2ª DPJM (Zona Oeste do Rio de Janeiro)
- 3ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar - 3ª DPJM (Baixada Fluminense)
- 4ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar - 4ª DPJM (Grande Niterói e Região dos Lagos)
- 5ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar - 5ª DPJM (Sul Fluminense e Centro Sul Fluminense)
- 6ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar - 6ª DPJM (Norte e Noroeste Fluminense)
- 7ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar - 7ª DPJM (Serra Fluminense)
- 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar - 8ª DPJM (Investigações Especiais)
Armamentos e equipamentos[editar | editar código-fonte]
Veículos[editar | editar código-fonte]
Modelo | Montadora | Tipo | Nota | Foto |
---|---|---|---|---|
Corolla | Toyota | Rádio patrulha | Padrão | |
Versa | Nissan | Rádio patrulha | Padrão | |
Ka+ | Ford | Rádio patrulha | Padrão | ![]() |
Voyage | Volkswagen | Rádio patrulha | Padrão | ![]() |
Logan | Renault | Rádio patrulha | Desativado: 2012-2016 | ![]() |
Gol G5 | Volkswagen | Rádio patrulha | Desativado: 2010 (operacional apenas em zonas rurais) | ![]() |
Gol G4 | Volkswagen | Rádio patrulha | Desativado: 2006-2010 | |
Blazer | Chevrolet | Patrulhamento tático | Padrão (desativado: operacional apenas em zonas rurais) | ![]() |
S10 | Chevrolet | Patrulhamento tático | Padrão, BPChq | ![]() |
Ranger | Ford | Patrulhamento tático | Padrão | |
Duster | Renault | Patrulhamento tático | Padrão, BPChq | ![]() |
Hilux SW4 | Toyota Motor | Patrulhamento tático | BPChq e Batalhão de Ações com Cães | ![]() |
Frontier D40 | Nissan | Patrulhamento especializado | Padrão, BOPE, BPChq, BPRv, BPVE e UPP | |
Amarok | Volkswagen | Patrulhamento especializado | BPChq | ![]() |
Master | Renault | Viatura de transporte tático | BPChq | ![]() |
Daily | Iveco | Viatura de transporte tático | BOPE | ![]() |
Ducato | FIAT | Posto móvel | Padrão e UPP | ![]() |
XT660 | Yamaha | Moto patrulha | Padrão e BPChq | ![]() |
CB600 | Honda | Moto tática de patrulhamento | Grupamento Tático de Motociclistas (GTM-BPChq) | |
Constellation | Volkswagen | Viatura antidistúrbio | BPChq | |
Steel Force | - | Viatura blindada antidistúrbio | BPChq | ![]() |
Ford Cargo 815 | Ford Motor Company | Viatura Blindada de Transporte de Pessoal (VBTP) | BPChq e BOPE | |
VW Cargo 1722 | Volkswagen | VBTP | BPChq, BOPE e unidades da Região Metropolitana | ![]() |
Maverick | Paramount Group | VBTP | BPChq e BOPE | ![]() |
Urutu E-11 | Engesa | VBTP | BOPE | ![]() |
[editar | editar código-fonte]
Todas as aeronaves da PMERJ estão empregadas no Grupamento Aeromóvel.
Modelo | Tipo | Versão | Quantidade | Foto | Notas | |
---|---|---|---|---|---|---|
Schweizer 300 | Treinamento | Schweizer 300 CBi | 1 | Designado Fênix 06 (PR-LEI) | ||
HB-350 | Rádio Patrulha Aérea | HB-350B3 | 3 | ![]() |
| |
Bell Huey II | Operações Especiais e transporte de tropa. | Huey II | 1 | Designado Fênix 05 (PR-COE) | ||
Eurocopter EC 145 | Rádio Patrulha Aérea/Socorro | EC145 | 1 | ![]() |
Designado Fênix 09 (PR-PMR) |
Controvérsias[editar | editar código-fonte]
Violência[editar | editar código-fonte]
Em 2008, a PMERJ chegou ser considerada a polícia mais letal do mundo, ao registrar 1 330 autos de resistência (quando o agente de segurança pública alega ter matado em confronto), número superior a todas as divisões policiais dos Estados Unidos (370 vítimas em ações policiais), da África do Sul (consideradas as mais violentas do mundo, com 681 vítimas) e da Argentina (288 mortes). Em relação a países europeus, duas pessoas foram mortas em confronto com a polícia da França em 2003, mesmo número registrado no Reino Unido, enquanto em Portugal apenas uma pessoa morreu no mesmo período.[8]
De acordo com dados do 9º Anuário de Segurança Pública, publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) em outubro de 2015, as forças policiais do Rio de Janeiro são as mais letais do Brasil. De acordo com estimativas de 2014, a cada 100 mil habitantes do estado, 3,5 pessoas morreram por conta de algum tipo de intervenção policial. Os estados de Amapá (3,3), Alagoas (2,3), São Paulo (2,1) e Pará (1,9) aparecem na sequência.[9] O Atlas da Violência 2016 também apontou a PMERJ como a mais violenta do país, apontamento feito anteriormente pela Anistia Internacional. Em 2015, 600 pessoas vítimas de homicídio decorrente de intervenção policial, especialmente em territórios de favelas e periferias.[10]
Cabe salientar que tais dados, em geral, omitem a situação em que a Polícia Militar atua nas comunidades carentes do estado, em especial da capital fluminense, onde narcotraficantes se entrincheiram fortemente armados, utilizando a população como escudo para sua proteção, situação similar a ocorrida em regiões da [{Colômbia]], nos anos 1980 a 2000.
Corrupção[editar | editar código-fonte]
De acordo com a Pesquisa Nacional de Vitimização de 2013, encomendada pelo Ministério da Justiça e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento ao instituto Datafolha, a PMERJ também é a polícia mais corrupta do país, sendo que do total de pessoas extorquidas por policiais militares no Brasil, 30,2% são do estado do Rio de Janeiro. Segundo o levantamento, o estado tem mais vítimas desse crime do que todos os demais estados da Região Sudeste somados, inclusive São Paulo, que tem a maior população. A amostra da pesquisa foi de 78 mil pessoas e foi preparada desde 2010.[11]
De acordo com uma pesquisa de 2014 feita pelo Instituto Gerp, a maior parcela dos cariocas (39%) identifica a corrupção como o principal problema da Corporação. O excesso de violência é o quarto quesito apontado (8%), além da falta de treinamento (20%) e a remuneração (13%).[12]
Em 2017, a Polícia Civil fluminense realizou a operação Calabar, em conjunto com a Corregedoria da Polícia Militar e o Ministério Público estadual, onde prenderam 96 policiais militares, acusados de recebimento de propina que renderiam cerca de R$ 1 milhão por mês.[13][14][15]
No ano de 2019, o comando da Polícia Militar transforma sua 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar, da Corregedoria Geral, anteriormente voltada para atuação em crimes ocorridos em áreas com Unidades de Polícia Pacificadora, em uma unidade de especializada em investigação de crimes complexos, como a investigações de mortes de policiais militares em serviço, formação de quadrilhas ou bandos armados, popularmente conhecidas como "milícias", entre outros.[16]
Viés político[editar | editar código-fonte]
Em julho de 2020, uma reportagem do UOL, feita com base na Lei de acesso à informação, mostrou que policiais da PM do Rio associa manifestantes de oposição do governo a vandalismo, enquanto elogia bolsonaristas.[17]
Ver também[editar | editar código-fonte]
- Inspetoria Geral das Polícias Militares
- Hierarquia na Polícia e Corpo de Bombeiros Militar
- Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro
- Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
Referências
- ↑ História da Polícia Militar do Districto Federal, Vol I (1809-1889), pag 190
- ↑ História da Polícia Militar do Districto Federal, Vol 1 (1809-1889) pág. 127/128
- ↑ História da Polícia Militar do Districto Federal, Vol. 1 (1809-1889) pág. 128
- ↑ http://www.encontro2014.rj.anpuh.org/resources/anais/28/1400205153_ARQUIVO_PoliciaMilitardoDistritoFederal-GuardiadaPrimeiraRepublica.pdf - Polícia Militar do Distrito Federal - Guardiã da Primeira República?
- ↑ «MP denuncia quatro traficantes por queda de helicóptero». Extra Online. Consultado em 15 de janeiro de 2019
- ↑ «Aeronáutica conclui investigação sobre queda de helicóptero da PM na Cidade de Deus». G1
- ↑ «Helicóptero da Polícia Militar cai no mar, perto da Linha Vermelha». Extra Online. Consultado em 15 de janeiro de 2019
- ↑ O Estado de S. Paulo, ed. (9 de julho de 2008). «Polícia do Rio de Janeiro é a que mais mata no mundo». Consultado em 5 de abril de 2016
- ↑ UOL, ed. (1 de dezembro de 2015). «Rio de Janeiro tem a polícia mais letal do país». Consultado em 5 de abril de 2016
- ↑ Thiago de Araújo (5 de abril de 2016). Revista Exame, ed. «Polícia mais violenta do Brasil mata sete pessoas em 2 dias»
- ↑ Extra, ed. (6 de abril de 2013). «Polícia Militar do Rio é a mais corrupta do país, mostra pesquisa». Consultado em 6 de abril de 2016
- ↑ Jornal O Dia, ed. (26 de maio de 2014). «Cariocas apontam corrupção como o maior problema da Polícia Militar». Consultado em 6 de abril de 2015
- ↑ Cruz, Adriana; Magalhães, Maria Inez (29 de junho de 2017). «Polícia realiza megaoperação para prender 96 PMs». O Dia. Consultado em 29 de junho de 2017
- ↑ Freire, Felipe; Leitão, Leslie; Satriano, Nicolás (29 de junho de 2017). «Polícia Civil do RJ deflagra megaoperação para prender 96 PMs e 70 traficantes». G1. Consultado em 29 de junho de 2017
- ↑ «Megaoperação no Rio tenta prender 95 PMs suspeitos de corrupção». UOL. 29 de junho de 2017. Consultado em 29 de junho de 2017
- ↑ «Apenas 16 de mais de 1,9 mil inquéritos que investigam policiais militares são sobre ligação com milícia». O Globo. 29 de novembro de 2019. Consultado em 07 de setembro de 2020 Verifique data em:
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(ajuda) - ↑ «PM do Rio associa partidos de oposição a vandalismo e elogia bolsonaristas em atos». UOL, RIO. Consultado em 12 de julho de 2020
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- História da Polícia Militar do Districto Federal Vol I (1809 a 1889)
- História da Polícia Militar do Districto Federal Vol II (1890 a 1919)
- História da Polícia Militar do Districto Federal Vol III (1920 a 1930)
- Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro: Resumo Histórico - 1988
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- Sítio oficial (em português)
- Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro no Facebook
- «Portal do Governo do Estado do Rio de Janeiro»