Polietnicidade

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Exemplo de polietnicidade na cidade de Nova York

Polietnicidade, também chamada de plurietnicidade ou multietnicidade (dos prefixos poli-, pluri-, multi-/ todos designando pluralidade), refere-se a fenômenos culturais específicos que são caracterizados pela proximidade social e interação mútua de pessoas de diferentes origens étnicas, dentro de um país ou de uma região geográfica específica.[1] Os mesmos termos também podem se referir a capacidade e vontade dos indivíduos de se identificarem com múltiplas etnias. Isso tende a acontecer quando várias etnias habitam uma mesma área, especialmente em razão de imigração, casamento, comércio, conquista e divisões de terras em períodos de pós-guerra - refugiados.[2][3][4][5] Isso teve importantes implicações políticas e sociais nos países e regiões.[6][7]

Muitos países, se não todos os países do mundo, têm algum grau relevante de polietnicidade, tais como a Nigéria e o Canadá que possuem níveis altos de polietnicidade e países como o Japão e a Polônia que têm níveis muito baixos (e, mais especificamente, um sentido de homogeneidade étnica).[8][9][10][11] O grau de polietnicidade predominante, em alguns países ocidentais, tem estimulado alguns argumentos contra ela, que incluem a crença de que isso levaria ao enfraquecimento de cada sociedade, pontos fortes, e também uma crença de que as política públicas etnicamente orientadas, em países com alto grau de polietnicidade, seriam melhor solucionadas com leis diferentes para cada etnia, de forma diferenciada.[12][13]

Referências

  1. McNeil 1985, page 85
  2. Arabandi 2000, Online
  3. «Refugiados da Segunda Guerra Mundial e os Direitos Humanos | DIVERSITAS». diversitas.fflch.usp.br. Consultado em 10 de março de 2021 
  4. Smith 1998, page 190
  5. Smith 1998, page 200
  6. Benhabib 1996, pages 154–155
  7. Safran 2000, Introduction
  8. U.S. Census Bureau
  9. Thomson 2000, pages 213-215
  10. Burgess 2007, Online
  11. Safran 2000, pages 1-2
  12. Robertson 1992, pages 1-10
  13. Thomson 2000, pages 214–215

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Arabandi, Bhavani (2007). George Ritzer (ed.). Blackwell Encyclopedia of Sociology: Polyethnicity. Blackwell Publishing. ISBN 1-4051-2433-4.
  • Benhabib, Seyla (1996). Democracy and difference: contesting the boundaries of the political. Princeton University Press. ISBN 0-691-04478-3.
  • Burgess, Chris (March 2007). "Multicultural Japan remains a pipe dream". Japan Times. Retrieved 2009-11-22.
  • McNeill, William H. (1985). Polyethnicity and National Unity in World History. Toronto: University of Toronto Press. ISBN 0-8020-6643-7.
  • Robertson, Wilmot (1992). The Ethnostate. Cape Canaveral, FL: Howard Allen Enterprises, Inc. ISBN 0-914576-22-4.
  • Safran, William. (2000). Routledge Studies in Nationalism and Ethnicity. Disponível em <https://www.routledge.com/Routledge-Studies-in-Nationalism-and-Ethnicity/book-series/NE?pd=published,forthcoming&pg=1&pp=12&so=pub&view=list?pd=published,forthcoming&pg=1&pp=12&so=pub&view=list>. Acesso em: 10/03/2021.
  • Smith, Anthony D. (1998). Nationalism and modernism. Routledge. ISBN 0-415-06341-8.
  • Thomson, Dennis L (2000). Identity and Territorial Autonomy in Plural Societies: "The Political Demands of Isolated Indian Bands in British Columbia". Routledge. ISBN 0-7146-5027-7.
  • United States Census Bureau. "Table 52—Languages Spoken at Home by Language: 2006" (PDF). Statistical Abstract of the United States 2009. U.S. Census Bureau. Retrieved 2009-10-11.