Pompeo Marchesi

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Pompeo Marchesi
Pompeo Marchesi
Retrato de Pompeo Marchesi por Francesco Hayez, 1830
Nascimento 7 de agosto de 1783
Saltrio, Lombardia, Itália
Morte 6 de fevereiro de 1858 (74 anos)
Milão, Lombardia, Itália
Alma mater Academia de Belas Artes de Brera
Ocupação escultor e professor
Movimento estético neoclassicismo

Pompeo Marchesi (Saltrio, 7 de agosto de 1783Milão, 6 de fevereiro de 1858) foi um escultor italiano do movimento neoclássico.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Monumento a Francisco I da Áustria, Hofburg. (Viena, 1846)

Marchesi viveu entre dois períodos históricos radicalmente diferentes: o da renovação napoleônica e o do domínio austríaco, fortemente opostos pelos movimentos de independência que culminaram a criação do Reino da Itália. Nasceu em Saltrio, Varese, em 7 de agosto de 1783. Marchesi era filho do escultor Carlo Gerolamo e de Cattarina Tamborini di Brunello. Seu irmão mais novo, Luigi Marchesi, também foi um notável escultor.

Pompeo iniciou na escultura pelo exemplo de seu pai, sentindo uma forte vocação artística. Seu pai levou-o para Milão quando ele era muito jovem, fazendo Marchesi frequentar a Academia de Belas Artes de Brera, tendo como professor Giuseppe Franchi.[1][2] Em 1804, aos 21 anos, após concluir seus estudos em Brera, ele ganhou uma bolsa para estudar em Roma com o escultor Canova, de quem recebeu muito incentivo.[1] Retornou a Milão em 1810, sem ter terminado seus estudos de escultura e, a partir desse momento, iniciou sua atividade artística. A maior parte de sua vida foi passada em Milão, onde durante muitos anos ele foi professor de escultura na Academia de Brera, tendo Antonio Tantardini e Giovanni Strazza como seus alunos. Marchesi ensinou Strazza a moldar barro.[3] Executou um grande número de grupos em mármore e bustos. Um de seus primeiros trabalhos foi uma estátua maior que o tamanho natural de Santo Ambrósio de Milão, padroeiro da cidade, para o Duomo de Milão. Para o Arco della Pace (um arco comemorativo agora na Porta Sempione), concluído em 1838, ele criou vários relevos, incluindo Terpsícore e Vênus Urânia, e dos rios Ádige e Tagliamento.[4] Ele decorou a fachada do Castello com doze figuras de grandes capitães italianos, e a do Palazzo Saporiti (uma mansão neoclássica histórica) com relevos em estilo clássico moderno. Uma de suas composições mais conhecidas é o grupo da "Mater Dolorosa", na igreja de San Carlo, na qual ele trabalhou por muitos anos.[5][6]

Suas obras fora da cidade de Milão incluem: estátua maior que o tamanho natural de Carlos Emanuel III da Sardenha em Novara; estátua de Emanuel Felisberto, Duque de Saboia em Turim; a figura sentada de Goethe para a biblioteca em Frankfurt; duas estátuas do imperador Francisco I da Áustria, uma feita com a ajuda de Manfredônia, para o município de Göritz, e outra, sem assistência, para Hofburg, em Viena. Ele também executou o monumento a Alessandro Volta em Como; o monumento da cantora Maria Malibran; outros de Cesare Beccaria e Bellini e um busto do Professor Zuccala para o Ateneu de Bergamo.[5][6]

Legado[editar | editar código-fonte]

Os milaneses chamavam Marchesi de "el Dio dei piccaprei" e se interessaram por seus trabalhos antes mesmo de serem concluídos. Sua contribuição para a ascensão da Galeria de Arte Moderna de Milão foi muito notável, onde 95 obras dele são mantidas em uma sala privada. Pompeo Marchesi foi oficialmente homenageado com um busto de mármore na galeria do Palazzo di Brera, onde lecionou por 26 anos, e recebeu várias honras.[1] Há um retrato dele criado por Francesco Hayez na Galleria d'Arte Moderna, em Milão.[5][6]

Referências

  1. a b c «Pompeo Marchesi». Município de Saltrio. 28 de abril de 2006. Consultado em 9 de abril de 2020. Arquivado do original em 28 de abril de 2006 
  2. Berta 1882.
  3. Pirola 1857, p. 72.
  4. «Sfoglia articolo: Lavori all'Arco della Pace in Milano - Biblioteca Italiana ossia Giornale di letteratura scienze ed arti (1832 lug, Volume 67, Fascicolo)». Consultado em 9 de abril de 2020 
  5. a b c Boccardo 1882.
  6. a b c Baedeker 1904.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Berta, Giuseppe (1842). Enciclopedia artistica italiana. [S.l.]: Zucoli 
  • Boccardo (1882). Nuova Enciclopedia Italiana. XII. Turim: [s.n.] 
  • Baedeker (1904). Guide Book for Italy. Nova Iorque: [s.n.] 
  • Pirola, Luigi di Giacomo (29 de agosto de 1857). Atti dell'Imp. Regia Accademia di Belle Arti in Milano per la solenne distribuzione de' premi fatta da s.e. il signor barone Federico de Burger. Milão: Accademia di Belle Arti 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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