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Pontapé de bico (futebol)

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Um pontapé de bico[1] (português europeu) ou chute de bico[2] (português brasileiro), também conhecido como bico, biquinho, bicão, bicuda[2], biqueiro[3] ou biqueirada[4], é um método de chutar a bola no futebol, utilizado sobretudo no futsal.[1] Ao contrário de outros remates, é realizado com a ponta da chuteira em vez do peito do pé ou dos lados.[5][6]

É uma técnica desaconselhada por muitos treinadores durante a formação,[7] mas revela-se muito eficaz, sobretudo no futsal, devido ao pouco espaço necessário para a sua realização e à força do remate. Muito comum em momentos de finalização sobre pressão e com pouco espaço.

Notáveis praticantes

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  • O pontapé de bico é considerado a finalização característica do Romário.[8] O seu primeiro golo em um hat-trick pelo Barcelona contra o Real Madrid em 1994 viu-o arrastar a bola ao redor do defesa sem que ela saísse do seu pé antes de finalizar com um toque de bico no canto da rede. Outro memorável remate do Romário ocorreu no Mundial de 1994 contra a Suécia.
  • Ronaldo marcou o que chamou de “um golo ao estilo Romário” pelo Brasil contra a Turquia na semifinal do Mundial de 2002, com uma finalização de bico com pouca elevação das costas enquanto corria — uma finalização que ele aprendeu enquanto jogava futsal na juventude.[9][10]
  • Ronaldinho marcou com um espetacular pontapé de bico pelo Barcelona contra o Chelsea em 2005, onde ele fingiu chutar antes de rematar a bola em bico sem levantar as costas, passando pelo guarda-redes do Chelsea Petr Čech a 18 metros.[11][12]
  • Oscar marcou pela Seleção Brasileira com um biqueiro na partida de abertura do Mundial de 2014 contra a Croácia, antes de homenagear o mestre da arte numa entrevista coletiva após o jogo: “Foi um golo à Romário. A maioria de nós na equipa jogou futsal, onde você usa muito o dedo do pé. Foi a única coisa que eu pude fazer naquele momento.”[10]
  • Trivela (futebol)

Referências

  1. a b Costa, por Prof Marcio (1 de abril de 2024). «Pontapé no Futsal: Como Pontapear no Futsal? | DEF». www.dicaseducacaofisica.info. Consultado em 31 de outubro de 2024 
  2. a b Casarin, Rodrigo (3 de julho de 2018). «Neymar e Coutinho mantêm vivo o chute de bico, essa maravilha do futebol». Página Cinco. Consultado em 31 de outubro de 2024 
  3. S.A, Priberam Informática. «Dicionário Priberam da Língua Portuguesa». Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Consultado em 31 de outubro de 2024 
  4. «biqueirada - Dicionário da Língua Portuguesa». Consultado em 31 de outubro de 2024 
  5. «Congress for Cultural Freedom». Encounter. 25. 85 páginas. 1965 
  6. Hargreaves, Alan (1990). Skills and strategies for coaching soccer. Champaign, Ill.: Leisure Press. pp. 153. ISBN 0880113286 
  7. «"Não se remata de bico!" – Saber Sobre o Saber Treinar». 7 de março de 2017. Consultado em 31 de outubro de 2024 
  8. «Strikers' trademark goals: the Thierry Henry control-and-place, the Romario toe-poke and more». The Telegraph (em inglês). 10 de janeiro de 2012. Consultado em 31 de outubro de 2024 
  9. Lawrence, Amy (29 de junho de 2017). «Ronaldo's redemption: recalling the Brazil striker's World Cup fairytale 15 years on». The Guardian. Consultado em 30 de agosto de 2018 
  10. a b «In praise of the toe-poke». FIFA.com. Consultado em 23 de outubro de 2018. Cópia arquivada em 18 de maio de 2018 
  11. Anka, Carl (22 de outubro de 2018). «Noughty Boys: Ronaldinho was a magician, we just stood there gawping». BBC. Consultado em 23 de outubro de 2018 
  12. «Chelsea 4–2 Barcelona». BBC Sport. 8 de março de 2005. Consultado em 27 de junho de 2006