Ponte do Guadiana (Ramal de Moura)
Ponte do Guadiana | |
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Nome oficial | Ponte do Guadiana |
Mantida por | Abatida ao serviço |
Data de abertura | 20 de Abril de 1878 |
Data de encerramento | 1990 (tráfego ferroviário) Década de 1970 (tráfego rodoviário) |
Comprimento total | 277 m |
Largura | 4 m |
Geografia | |
Via | Ramal de Moura (encerrada) Estrada Nacional 260 |
Cruza | Rio Guadiana |
Localização | Quintos, Beja, [Portugal]] |
Coordenadas |
A Ponte do Guadiana, também conhecida por Ponte Ferroviária do Guadiana, é uma antiga infraestrutura rodo-ferroviária no Concelho de Beja, que transportava o Ramal de Moura e a Estrada Nacional 260 sobre o Rio Guadiana, no concelho de Beja, em Portugal. Encontra-se encerrada ao serviço, para ambos os tipos de tráfego.
Descrição
[editar | editar código-fonte]A ponte localiza-se na freguesia de Quintos, ao PK 24,7 do Ramal de Moura.[carece de fontes]
Originalmente, era de função tanto ferroviária como rodoviária, estando integrada na Estrada Nacional 260.[1] Era considerada como uma passagem de nível, podendo ter sido uma das maiores da Europa.[1]
Apresenta um tabuleiro tabuleiro metálico com cerca de 280 m de comprimento,[1] assente em sete pilares de pedra.[carece de fontes]
História
[editar | editar código-fonte]Inauguração
[editar | editar código-fonte]A ponte foi atravessada pela primeira vez por uma locomotiva em 22 de Março de 1878, tendo sido aberta ao serviço em 20 de Abril do mesmo ano, quando foi inaugurada a linha férrea até à estação de Serpa-Brinches, na Linha do Sueste (posteriormente renomeada para Ramal de Moura).[2]
A ponte era originalmente apenas para comboios, tendo o tabuleiro sido alterado de forma a permitir o trânsito automóvel em 1926, no âmbito da Exposição Ibero-Americana de 1929, em Sevilha.[1] Com efeito, previa-se que um grande número de estrangeiros chegassem a Portugal vindo dos navios de cruzeiro, e passariam por Beja a caminho de Sevilha, motivo pelo qual foram desenvolvidas as comunicações rodoviárias entre as duas cidades, tendo o jornal Porvir de 16 de Fevereiro de 1928 comentado que «se não fosse a exposição internacional de Sevilha, não diremos que tudo estaria na mesma, mas temos a certeza de que não se teria feito tanto e em tão pouco tempo».[3]
Declínio e encerramento
[editar | editar código-fonte]A utilização da ponte como via rodoviária tinha graves limitações, como a falta de capacidade para a procura,[2] e as grandes restrições de carga impostos aos veículos, além que os acessos por estrada à ponte eram considerados muito perigosos, devido à presença de várias curvas apertadas de reduzida visibilidade.[1] Esta situação gerava grandes problemas para as comunicações da região, constituindo um entrave ao seu desenvolvimento.[1] Além disso, previa-se que a albufeira da Barragem da Rocha da Galé, cuja construção estava em planeamento, iria submergir a antiga ponte.[1] Assim, a Junta Autónoma das Estradas começou a preparar a instalação de uma nova ponte apenas para uso automóvel, tendo os estudos preliminares de localização começado em 1959.[1] A nova ponte já estava aberta ao trânsito em meados de 1977,[1] tendo sido encerrado o trânsito rodoviário na antiga ponte.[2] Em 1990, foram suspensos todos os serviços ferroviários no Ramal de Moura.[4]
Em 2007, a operadora Rede Ferroviária Nacional lançou um concurso para a realização de obras de conservação nas fundações desta ponte.[5]
Referências
- ↑ a b c d e f g h i «Em Serpa: Nova ponte sobre o Guadiana» (PDF). Revista 25 de Abril (19). Lisboa. Julho de 1977. p. 52. Consultado em 28 de Janeiro de 2022 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ a b c GALVãO, José Augusto de Mira. «O Ramal de Moura e o Porto de Sines» (PDF). FER XXI. Associação Portuguesa para o Desenvolvimento do Transporte Ferroviário. p. 1. Consultado em 5 de Setembro de 2010[ligação inativa]
- ↑ PIÇARRA e MATEUS, 2010:79-80
- ↑ CORREIA, Teixeira (4 de Abril de 2010). «Ciclistas pedem ecopista para antigo ramal». Jornal de Notícias. Consultado em 5 de Setembro de 2010
- ↑ PORTUGAL. D. R. n.º 103/2007. REDE FERROVIÁRIA NACIONAL - REFER, EP, 29 de Maio de 2007.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- PIÇARRA, Constantino; MATEUS, Rui (2010). Beja: Roteiros Republicanos. Col: Roteiros Republicanos. Volume 6 de 16. Matosinhos: Quidnovi - Edição e Conteúdos, S. A. 128 páginas. ISBN 978-989-554-720-3
Ligações externas
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