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Pedro Américo: A fala do Trono, ca. 1872, Museu Imperial.
Pedro Américo: A fala do Trono, ca. 1872, Museu Imperial.

A pintura do Romantismo brasileiro foi a principal expressão das artes plásticas no Brasil na segunda metade do século XIX. Essa produção pictórica se inseriu na evolução local do movimento romântico e coincidiu aproximadamente com o período do Segundo Reinado, mas suas características foram bastante singulares, diferenciando-se em vários pontos em relação à versão original do Romantismo europeu e da mesma forma não pode ser considerada um paralelo exato da importante manifestação do Romantismo na literatura brasileira da mesma época. Teve uma feição palaciana e contida, trouxe forte carga neoclássica e logo se mesclou ao Realismo, Simbolismo e outras escolas, em uma síntese eclética que vigorou até os primeiros anos do século XX.

Em termos ideológicos, a pintura do Romantismo brasileiro girou principalmente em torno do movimento nacionalista orquestrado habilmente pelo imperador Dom Pedro II, ciente dos problemas oriundos da falta de unidade cultural num país tão vasto e interessado em apresentar uma imagem de um Brasil civilizado e progressista diante do mundo. Esse nacionalismo encontrou expressão maior na reconstrução visual de eventos históricos importantes, no retrato da natureza e dos tipos populares, e na reabilitação do indígena, legando um corpo de obras de arte que até hoje figura com destaque nos museus nacionais, e cujo simbolismo marcante e efetivo contribuiu de maneira poderosa para a construção de uma nova identidade nacional e fez alguns de seus exemplos mais bem conseguidos penetrarem indelevelmente na memória coletiva do povo brasileiro. (leia mais...)




A fortaleza da cidade de Paysandú após o cerco em 1865.
A fortaleza da cidade de Paysandú após o cerco em 1865.

Madalena lendo é um dos três fragmentos sobreviventes de um grande painel de retábulo do século XV do pintor holandês Rogier van der Weyden. Terminado entre 1435 e 1438, encontra-se na National Gallery de Londres desde 1860. Mostra uma mulher de face pálida, com os ossos da maçã do rosto proeminentes e pálpebras ovais, típico dos retratos das mulheres nobres do período.

A mulher está identificada como Madalena no jarro de unguento colocado à frente, o qual é um dos seus atributos na arte cristã. Ela é apresentada como estando completamente concentrada na sua leitura, um modelo de vida contemplativa, arrependida e absolvida de pecados passados. Na tradição católica medieval, Maria Madalena é confundida com Maria de Betânia, que ungiu os pés de Jesus Cristo com óleo e com a "pecadora" desconhecida de Lucas 7:36–50. A iconografia de Madalena mostra-a habitualmente com um livro, num momento de reflexão, a chorar ou com o olhar afastado. Van der Weyden presta muita atenção aos detalhes, em particular às dobras e ao tecido do vestido da mulher, à pedra de cristal das contas do rosário segurados pela figura sobre si, e à exuberância do exterior. (leia mais...)




Jean-Honoré Fragonard: O balanço, 1766.
Jean-Honoré Fragonard: O balanço, 1766.

A pintura do Rococó divide-se em dois campos nitidamente diferenciados. Por um lado é um documento visual intimista e despreocupado do modo de vida e da visão de mundo das elites europeias do século XVIII, mas adaptado à decoração monumental de igrejas e palácios serviu também como meio de glorificação da fé e do poder civil. O Rococó nasceu em Paris em torno da década de 1700, como uma reação da aristocracia francesa contra o Barroco suntuoso, palaciano e solene praticado no período de Luís XIV. Caracterizou-se acima de tudo por sua índole hedonista e aristocrática, manifesta em delicadeza, elegância, sensualidade e graça, e na preferência por temas leves e sentimentais, onde a linha curva, as cores claras e a assimetria tinham um papel fundamental na composição da obra.

Da França, onde assumiu sua feição mais típica e onde mais tarde foi reconhecido como patrimônio nacional, o estilo Rococó logo se difundiu pela Europa, mas alterando significativamente seus propósitos e mantendo do modelo francês apenas a forma externa, sendo então adotado na Alemanha, Inglaterra, Áustria e Itália, e com alguma representação também em outros locais, como Portugal, Espanha, os países eslavos e nórdicos, chegando até mesmo aos Estados Unidos da América e, com maior impacto, ao Brasil. Apesar de seu valor como obra de arte autônoma, a pintura rococó era concebida muitas vezes como parte integrante de uma concepção global de decoração de interiores. (leia mais...)




Ressurreição de Cristo por Rafael Sanzio (1499-1502), óleo sobre madeira, Museu de Arte de São Paulo.
Ressurreição de Cristo por Rafael Sanzio (1499-1502), óleo sobre madeira, Museu de Arte de São Paulo.

Ressurreição de Cristo é uma pintura a óleo sobre madeira do mestre do renascimento italiano Rafael Sanzio. A obra é uma das primeiras pinturas conhecidas do artista, executada entre 1499 e 1502. É provável que seja um elemento de uma predela, tendo-se aventado a hipótese de o painel ser uma das obras remanescentes do retábulo da igreja de San Nicola da Tolentino, a primeira encomenda documentada de Rafael (seriamente danificada por um sismo em 1789, e cujos fragmentos encontram-se hoje dispersos em museus da Europa).

A Ressurreição de Cristo é uma das primeiras obras conservadas de Rafael em que já se prenuncia a natureza dramática de seu estilo compositivo, em oposição à poética branda de seu mestre, Pietro Perugino. A composição, extremamente racional, é regida por uma complexa geometrização ideal, que interliga todos os elementos da cena e lhe confere uma peculiar animação rítmica, transformando as personagens do painel em co-protagonistas de uma única "coreografia". É possível notar na pintura a influência estética de Pinturicchio e Melozzo da Forlì, embora a orquestração espacial da obra, tendente ao movimento, permita supor o conhecimento por parte de Rafael do ambiente artístico florentino, já por volta de 1500. (leia mais...)




Cena da vida de Íxion, Casa dos Vettii, Pompeia.
Cena da vida de Íxion, Casa dos Vettii, Pompeia.

A pintura da Roma Antiga é um tópico da história da pintura ainda pouco compreendido, pois seu estudo é prejudicado pela escassez de relíquias. Boa parte do que hoje sabemos sobre a pintura romana se deve a uma tragédia natural. Quando o vulcão Vesúvio entrou em erupção no ano 79 d.C. soterrou duas prósperas cidades, Pompeia e Herculano. Grande parte da população pereceu, mas as edificações foram parcialmente preservadas sob as cinzas e a lava endurecida, e com elas suas pinturas murais decorativas. A partir do estudo desse acervo remanescente se pôde formar um panorama bastante sugestivo da fértil e diversificada vida artística da Roma Antiga entre fins da República e o início do Império, mas esse conjunto de obras é na verdade apenas uma fração mínima da grande quantidade de pintura produzida em todo o território romano no curso de sua longa história, e justamente por essa fração ser muito rica, faz lamentar a perda de testemunhos mais significativos e abundantes dos períodos anterior e posterior, em outras técnicas além do afresco e de outras regiões romanizadas para além da Campânia. (leia mais...)




O teto da Capela Sistina é constituído por um extenso afresco, concebido por Michelangelo entre 1508 e 1512. O trabalho, feito a pedido do Papa Júlio II, é considerado não só um marco da pintura da Alta Renascença, mas também uma das mais famosas obras da história da arte e um dos maiores tesouros da Santa Sé. A Capela Sistina, localizada no Vaticano, foi construída entre 1477 e 1480, a mando do papa Sisto IV, em homenagem ao qual foi nomeada. No local, acontecem o conclave e outros importantes eventos da Igreja Católica.

Os vários elementos pintados no teto da capela são parte de um plano maior de decoração, o qual inclui outro grande afresco, o Juízo Final, na parede do altar do santuário, também obra de Michelangelo, além de outras pinturas de parede feitas por vários importantes artistas do final do século XV, como Sandro Botticelli, Domenico Ghirlandaio e Pietro Perugino, e tapeçarias de Rafael. O conjunto ilustra diversas passagens da Bíblia e da doutrina católica. (leia mais...)




Anunciação
Anunciação

Anunciação é uma pintura a óleo sobre tela tradicionalmente atribuída a El Greco e usualmente datada por volta de 1600. A obra integra um conjunto composto por ao menos sete versões quase idênticas, de graus variados de qualidade, todas tradicionalmente creditadas a El Greco e datadas entre 1595 e 1605. O tema da anunciação do anjo à Virgem Maria foi frequentemente tratado por El Greco e o conjunto de versões a qual pertence a obra em pauta parece derivar da composição homônima elaborada pelo artista para o tríptico de Módena, obra de juventude executada entre o fim do período cretense e o início do período veneziano.

A Anunciação é uma obra emblemática do caráter "expressionista" da arte de El Greco, fulgurante de luzes, cores e acordes cromáticos, em que a cenografia é composta por zonas plasticamente distintas, mas interligadas por movimentos ascensoriais e entrecortadas pela presença de luzes místicas e lampejos flamejantes. A pintura está relacionada ao período final da vida do artista em Toledo, em que sua produção assume uma postura mais religiosa, em comparação àquela de seu período italiano, alienando-se dos recursos tradicionais da estética renascentista - talvez por influência das novas doutrinas elaboradas pela Contra-Reforma. A obra em pauta é conservada no Museu de Arte de São Paulo (MASP) desde 1952. (ler mais...)




Bonaparte cruzando os Alpes (também chamado Napoleão cruzando os Alpes, apesar da existência de uma pintura homônima) é um tema de um conjunto de pinturas a óleo de 1848-1850 que retratam Napoleão Bonaparte, realizado pelo artista francês Paul Delaroche. A cena ilustrada mostra Napoleão montado numa mula, guiando o seu exército através dos Alpes, uma viagem realizada na primavera de 1800, na sua tentativa de surpreender as tropas austríacas em Itália.

A obra foi inspirada na série de cinco pinturas de Napoleão cruzando os Alpes (1801-1805) realizadas por Jacques-Louis David. As obras de David também mostram a viagem de Napoleão pelo passo do Grande São Bernardo; no entanto, há importantes diferenças estilísticas entre ambas as concepções. O Napoleão de Paul Delaroche tem frio e está cansado, enquanto que o de David veste um uniforme pristino e é idealizado como herói. Delaroche dá uma imagem mas realista e mais humana, incidindo nos perigos da montanha e no olhar melancólico do líder. (leia mais...)




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