Porto das Gabarras
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Distrito do Brasil | ||
Localização | ||
Estado | Maranhão | |
Município | Anajatuba | |
História | ||
Criado em | 31 de dezembro de 1948 | |
Características geográficas | ||
Área total | 279,95 km² | |
População total (2010) | 4 496 habitantes hab. | |
Densidade | 16,06 hab./km² |
Porto das Gabarras é um distrito do município brasileiro de Anajatuba, no estado do Maranhão.[1][2]
História[editar | editar código-fonte]
O Porto das Gabarras foi o maior porto da Baixada Maranhense durante o século XIX até meados da segunda metade do século XX, permitindo o desenvolvimento comercial do município de Anajatuba.
Gabarras era o nome dos barcos de dois andares que eram utilizados para transporte de gado, suínos e até mesmo pessoas para a capital São Luís.[3]
Por sua localização estratégica, foi um dos locais escolhidos para combater a invasão francesa, além de ter sido marcante na Guerra da Balaiada.[3]
Durante os séculos XVII e XVIII, Anajatuba foi o grande abastecedor de carne da capital, pois para a Vila de Porto das Gabarras convergiam a maioria das antigas estradas de gado que partiam do sul do Maranhão.[4]
Durante a guerra de independência, o comandante das tropas nacionalistas no interior, Salvador de Oliveira, interceptou o acesso dos portugueses pela estrada de Porto das Gabarras, a estrada do Afoga. O major Fidié havia transformado o porto num ponto de resistência para defender a Capital dos ataques pela baía de São Marcos, tendo colocado na região uma flotilha com duas canoeiras em 16 de junho de 1823.[4]
Com o desenvolvimento das atividades comerciais locais, surgiu uma importante vila ao redor do porto, que fornecia mão-de-obra para as atividades portuárias. O padroeiro da vila era o Santo Cristo Reis, para o qual eram realizados festejos, atraindo muitos visitantes.[3]
No entanto, o assoreamento do igarapé que ligava o porto à foz do rio Mearim e o crescimento de plantas de mangue, como a Rhizophora mangle, a Avicennia shaueriana e a Laguncularia racemosa, provocaram o fechamento do porto e levou à transferência da população para a sede do município ou as vilas próximas. Outro fator que levou à diminuição de sua importância foi a construção da estrada de ferro São Luís-Teresina, que facilitou o deslocamento das pessoas.[3][5]
No local onde havia o porto, restou um pequeno canal, além de pequenas embarcações pesqueiras e as ruínas das moradias.[3]
Distrito[editar | editar código-fonte]
Anajatuba foi elevado à categoria de município pela lei provincial nº 359, de 22-07-1854, tendo sido desmembrado do município de Itapecuru-Mirim. [6]
Com a lei estadual nº 269, de 31-12-1948, foi criado o distrito de Porto das Gabarras e anexado ao município de Anajatuba. [6]
Fazem parte do distritos as localidades de Afoga, Palmares, Ilha das Almas, Mutuns, Tucum, São João da Mata, dentre outras.[7]
Referências[editar | editar código-fonte]
- ↑ «Prefeitura Municipal de Anajatuba». www.anajatuba.ma.gov.br. Consultado em 30 de agosto de 2018
- ↑ «IBGE | Censo 2010 | Sinopse por Setores». censo2010.ibge.gov.br. Consultado em 1 de junho de 2022
- ↑ a b c d e Brunno Jansen FRANCO; Edgar Costa MELO; Núbia Luz FERNANDES; José Angelo Cordeiro MENDONÇA. «O PORTO DAS GAMBARRAS E SUA IMPORTÂNCIA HISTÓRICA E ECONÔMICA PARA ANAJATUBA» (PDF)
- ↑ a b Biblioteca Digital da Baixada Maranhense - UFMA. «OS FANTASMAS DO CAMPO ( Vol.II)» (PDF)
- ↑ «História de Santa Rita - MA». monsenhordourado.br.tripod.com. Consultado em 1 de junho de 2022
- ↑ a b «Câmara Municipal de Anajatuba». www.cmanajatuba.ma.gov.br. Consultado em 1 de junho de 2022
- ↑ «Mapa Cartográfico de Anajatuba» (PDF)