Praça Dom Sebastião

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Vista da praça em 2007, com a Igreja da Conceição ao fundo
Vista da praça em 2014

A Praça Dom Sebastião é uma praça da cidade brasileira de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul. Seus limites são: ao norte, a Avenida Independência; a leste, a Travessa Dom Sebastião; ao sul, a Rua Irmão José Otão; e, a oeste, a Rua Sarmento Leite. Foi assim denominada em homenagem ao bispo diocesano Dom Sebastião Dias Laranjeira.[1]

A primeira referência ao local se encontra em um requerimento da Irmandade de Nossa Senhora da Conceição, de 1847, pedindo que fosse fixado o alinhamento da sua futura igreja e, ao mesmo tempo, solicitava que fosse demarcada a praça que dizia já existir entre as ruas do Barbosa (atual Rua Barros Cassal) e da Brigadeira (atual Rua da Conceição).[1]

Em 25 de setembro de 1848, os vereadores autorizaram a permuta de terrenos entre a prefeitura e a Santa Casa, cedendo esta uma parte da área referida, e sendo desapropriada outra parte do tenente-coronel Antônio Joaquim da Silva Mariante e de Manoel Joaquim da Silva.[1]

Com a construção da Igreja da Conceição a partir de 1851, o logradouro passou a ser conhecido como Praça da Conceição, nome reconhecido oficialmente em 20 de outubro de 1857. Em 1863, Antônio Mariante ofereceu-se para arborizá-la, plantando paineiras e, em 28 de outubro de 1884, teve seu nome alterado para o seu nome atual.[1]

Em 1889 a praça foi nivelada e ajardinada e, em 1904, recebeu o gradeamento que pertenceu às praças Marechal Deodoro e XV de Novembro. Em 1920, as velhas paineiras, que já haviam crescido desmesuradamente, foram abatidas. Em 1925 foram removidos os gradis e, em 1935, a praça foi totalmente remodelada, sendo ajardinada em um padrão geométrico, e recebendo uma fonte luminosa e cascatas artificiais.[1]

Ali se instalaram as quatro estátuas de mármore de Carrara remanescentes das cinco que, entre 1866 e 1907, adornaram o Chafariz do Imperador no centro da Praça da Matriz. Personificavam os grandes rios da bacia do Guaíba: Cahy, Gravatahy, Sinos e Jacuhy, conforme a grafia antiga na sua base.[1] Tal chafariz foi o primeiro monumento comemorativo a ser instalado ao ar livre no estado, montado com esta configuração comemorativa por ideia do arquiteto José Obino.[2]

Na esquina das ruas Sarmento Leite e Irmão José Otão foi concluído em 1972 o respiradouro do Túnel da Conceição, um grande bloco de concreto, no qual foram colocados três painéis de ferro recortado, de autoria do escultor Francisco Stockinger,[3] com temática regionalista. Na década de 1990, as cascatas foram desmontadas e aterradas, e as estátuas foram reinstaladas em um novo chafariz luminoso criado no centro da praça.[1] Todas estátuas do grupo foram depredadas repetidas vezes, e em 2014 foram removidas da praça e instaladas na Hidráulica Moinhos de Vento.[4]

Em seu entorno se encontram alguns importantes prédios históricos da capital gaúcha, além da Igreja da Conceição, como a Beneficência Portuguesa e o Colégio Rosário.[1] Também nela funciona, junto ao Colégio Rosário, uma banca de cachorros-quentes conhecida como Cachorro-quente do Rosário, que se tornou famosa na cidade.[5] Em 2006 a praça foi adotada pelo Colégio Rosário, que assim garante sua manutenção e limpeza.[6]

Ver também[editar | editar código-fonte]

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Referências

  1. a b c d e f g h Franco, Sérgio da Costa. Guia Histórico de Porto Alegre. Porto Alegre: EdiUFRGS / Prefeitura Municipal, 1988.
  2. Alves, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre - história, contexto e significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004, por José Francisco Alves, pp. 16-18, 100
  3. Alves, p. 174
  4. "Estátuas que representam afluentes do Guaíba ganham novo espaço". Prefeitura de Porto Alegre, 10/10/2014
  5. Galeria. Pequenas Empresas - Grandes Negócios, março de 2001
  6. Colégio Rosário adota Praça Dom Sebastião. Prefeitura de Porto Alegre - Comunicação social, 07/06/2006