Princípio de caridade

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Em filosofia e retórica, o princípio de caridade é uma abordagem da compreensão das falas de alguém pela atribuição às mesmas da melhor interpretação possível. Em sentido estrito, o objetivo desse princípio metodológico é a prevenção da introdução de falácias ou irracionalidades no discurso de alguém.

Segundo o filósofo Simon Blackburn, o princípio "constrange o intérprete a maximizar a verdade ou racionalidade nos ditos do sujeito".


Foi assim nomeado em 1958-59 por Neil L. Wilson, sendo que tanto Willard Van Orman Quine como Donald Davidson estão associados com diferentes formulações do princípio da Caridade. Por vezes Davidson também se refere a ele como o princípio da acomodação racional. Sumarizou-a do seguinte modo: Tomamos o máximo sentido das palavras e dos pensamentos de outros quando interpretamos de modo a optimizar a concordância. O princípio pode ser invocado no caso de um argumento lógico em particular ou de facto para dar sentido a considerações do orador quando se está sem a certeza do seu significado; O uso por parte de Quine desse princípio, em particular, dá-lhe um formato vasto, amplo. Um suplemento ao princípio da caridade é o princípio da humanidade, que reclama uma interpretação quanto à intervenção de outro orador que passa por assumir que as suas crenças e desejos estão relacionados de alguma forma entre eles e a realidade, atribuindo-lhe "as nossas próprias atitudes proposicionais que supomos vir a ter nas mesmas circunstâncias" (Daniel Dennett, "Mid-Term Examination," em 'The Intentional Stance' p. 343). O Princípio da humanidade foi assim nomeado por Richard Grandy em 1973.

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Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  • Davidson, Donald (1984). Inquiries into truth and interpretation. Oxford: Clarendon Press  Parâmetro desconhecido |capítul= ignorado (ajuda); Parâmetro desconhecido |Ano de origem= ignorado (ajuda)

Notas[editar | editar código-fonte]

1. BLACKBURN, Simon - Truth a Guide. Oxford University Press 2005 (p.149)