Proud Boys
Proud Boys | |
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Líder(es) | Enrique Tarrio |
Fundação | 2016 (5 anos) |
Motivos | Oposição contra grupos políticos de esquerda e progressistas |
Área de atividade | Estados Unidos e Canadá |
Ideologia | Chauvinismo Neofascismo Nacionalismo branco |
Espectro político | Extrema-direita |
Principais ações | Agressão agravada Assédio Piquete de greve Violência política Vandalismo |
Sítio oficial | officialproudboys |

Os Proud Boys é uma organização política neofascista[1][2][3][4] de extrema-direita[5][6][7][8][9] que admite apenas homens como membros[10][11] e que promove e se envolve em violência política[12][13][14][15] nos Estados Unidos e Canadá.[16] Embora o grupo afirme rejeitar o racismo, vários membros do mesmo foram afiliados à supremacia branca, e os Proud Boys foram descritos por organizações de inteligência dos EUA como "um perigoso grupo supremacista branco".[5][6][7][8][17][18] O grupo começou como uma piada na revista de extrema direita Taki's em 2016 pelo cofundador e ex-comentarista da Vice Media Gavin McInnes, levando o nome da canção "Proud of Your Boy" do filme da Disney Aladdin.[19][20] Proud Boys surgiu como parte da alt-right, mas no início de 2017, McInnes começou a se distanciar da alt-right, dizendo que o foco do alt-right é raça, enquanto seu foco é o que ele define como "valores ocidentais" ou "alt-lite".[21] Este esforço de reformulação da marca intensificou-se após a Manifestação Unite the Right.[21][22][23] Desde 2019, seu líder é Enrique Tarrio, um empresário americano[24] que se identifica como afro-cubano.[24][25]
O grupo acredita que os homens — especialmente brancos — e a cultura ocidental estão sob ameaça; seus pontos de vista têm elementos da teoria da conspiração do genocídio branco.[26][27][28]
Oficialmente, o grupo rejeita a supremacia branca, embora os membros tenham participado de vários eventos racistas e seja centrado em torno da violência anti-esquerda, com um ex-membro organizando a Manifestação Unite the Right em Charlottesville.[29] A organização glorifica a violência,[30][31][32][33] e o Southern Poverty Law Center (SPLC) chamou o grupo de "clube da luta alt-right".[29][34][35]
No final de novembro de 2018, uma notícia que atraiu a atenção nos Estados Unidos[36] relatou que o Federal Bureau of Investigation (FBI) classificou o Proud Boys como um grupo extremista com ligações com o nacionalismo branco;[37] no entanto, duas semanas depois, um oficial do FBI, informando os policiais do condado de Clark em Washington sobre o grupo, negou que sua intenção fosse classificar todo o grupo dessa maneira e atribuiu o erro a um mal-entendido. Durante o briefing, agentes do FBI sugeriram o uso de vários sites para obter mais informações, incluindo o do SPLC.[36][38] O responsável disse que a intenção era caracterizar a possível ameaça de alguns membros do grupo.[39]
A organização foi descrita como um grupo de ódio por The Takeaway[40] da NPR e pelo Southern Poverty Law Center.[18] Em fevereiro de 2019, apesar de ter dito que rompeu seus laços com o grupo em novembro de 2018,[41][42] McInnes entrou com um processo federal de difamação contra o SPLC sobre sua designação de "grupo de ódio", dizendo que não era verdade e tinha prejudicado sua carreira.[43] Pouco depois de McInnes entrar com o processo, o grupo de mídia canadense de extrema-direita The Rebel Media, do qual McInnes havia contribuído anteriormente, anunciou que havia o recontratado.[44] Proud Boys foram banidos do Facebook, Instagram, Twitter e YouTube.[45]
Referências
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Proud Boys [...] advance a fascist politic [...].
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The Proud Boys, an all-male neo-fascist group [...].
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