Pterossauro
Pterossauro | |||||||||||
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Ocorrência: Triássico Superior – Cretáceo Superior 228–66 Ma |
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Réplicas de esqueletos de Geosternbergia sternbergi, fêmea (esquerda) e macho (direita). |
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Classificação científica | |||||||||||
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Distribuição geográfica | |||||||||||
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Subgrupos | |||||||||||
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Os pterossauros constituem uma ordem extinta da classe Reptilia (ou Sauropsida), que corresponde aos répteis voadores do período Mesozóico. Embora sejam seus contemporâneos, estes animais não eram dinossauros.[3] O grupo surgiu no Triássico Superior e desapareceu na Extinção do Cretáceo-Paleogeno, há 65 milhões de anos. Os primeiros pterossauros tinham mandíbulas cheias de dentes e uma cauda longa, enquanto que as espécies do Cretáceo quase não possuíam dentes numa mandíbula que parecia um bico e a cauda estava bastante reduzida. Alguns dos melhores fósseis de pteurossauros vêm do planalto de Araripe no Brasil.
O primeiro fóssil de pterossauro foi descrito em 1784 pelo naturalista italiano Cosimo Collini, que os interpretou como sendo de um animal aquático. Somente em 1809 Georges Cuvier faria a correção ao trabalho de Collini, afirmando tratar-se de um réptil voador, cuja asa era uma membrana corporal em conexão com os dedos da pata anterior, característica esta, que fez Cuvier denomina-lo pterodáctilo (do grego ptero = asas e dáctilo = dedos).[4]
As asas dos pterossauros eram constituídas por membranas dérmicas, fortalecidas por fibras, ligadas a partir do quarto dedo, que era desproporcionalmente longo. O pulso contém um osso extra, o pteróide, que ajuda a suportar esta membrana. As asas dos pterossauros terminavam nos membros posteriores, ao contrário dos morcegos atuais, onde as asas são braços modificados. Outras adaptações para o voo incluíam ossos ocos (como as aves modernas) e um esterno em forma de quilha, próprio para a fixação dos músculos usados no voo. Os pterossauros não tinham penas, mas há evidências de que algumas espécies pudessem ter o corpo coberto de pêlos (no entanto, diferente do dos mamíferos). O estilo de vida destes animais sugere que fossem de sangue quente (endotérmicos). As primeiras espécies a surgir no registro fóssil tiveram mandíbulas totalmente dentadas e caudas longas, enquanto as formas posteriores tinham uma cauda altamente reduzida, e alguns não tinham dentes.
A estrutura óssea e a dentição dos pterossauros sugere que fossem animais carnívoros. Outras pistas do seu comportamento são oferecidas por algumas descobertas fósseis:
- No Chile descobriu-se uma jazida com inúmeros pterossauros juvenis, o que sugere que procriassem em colônias como as aves marinhas atuais.
- Foi encontrado um dente de espinossauro embebido numa vértebra de pterossauro, o que mostra que eram presas pelo menos deste dinossauro.
Índice
Filogenia e Classificação[editar | editar código-fonte]
- Ordem Pterosauria (extinta)
- Subordem Rhamphorhynchoidea *
- Família Dimorphodontidae
- Família Anurognathidae
- Família Campylognathoididae
- Família Rhamphorhynchidae
- Subordem Pterodactyloidea
- Subordem Rhamphorhynchoidea *
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- Superfamília Ornithocheiroidea
- Família Istiodactylidae
- Família Ornithocheiridae
- Família Pteranodontidae
- Família Nyctosauridae
- Superfamília Ctenochasmatoidea
- Família Gallodactylidae
- Família Pterodactylidae
- Família Ctenochasmatidae
- Superfamília Dsungaripteroidea
- Família Germanodactylidae
- Família Dsungaripteridae
- Superfamília Azhdarchoidea
- Família Lonchodectidae
- Família Tapejaridae
- Família Azhdarchidae
- Superfamília Ornithocheiroidea
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Cladística[editar | editar código-fonte]
Pterosauria |
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Descobertas na História[editar | editar código-fonte]
A descoberta do maior réptil pré-histórico voador da América do Sul, encontrado no Nordeste do Brasil, foi anunciada em 20 de Março de 2013, pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o trabalho dos brasileiros foi publicado nesta semana, pela Academia Brasileira de Ciências. O pterossauro media 8,5 metros de uma asa à outra e pesava 70 quilos. A descoberta foi feita na Chapada do Araripe, entre os estados do Ceará, Piauí e de Pernambuco, por três grupos de pesquisadores brasileiros. Eles encontraram 60% do fóssil do animal, incluindo o crânio, em bom estado de preservação.[5]
Alguns gêneros bem conhecidos[editar | editar código-fonte]
- Anhanguera
- Cearadactylus
- Dsungaripterus
- Pteranodon
- Pterodactilo
- Pterodaustro
- Quetzalcoatlus
- Rhamphorhynchus
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ Mark P. Witton (2013), Pterosaurs: Natural History, Evolution, Anatomy, ISBN 978-0-691-15061-1, Princeton University Press
- ↑ «Darwinopterus and its implications for pterosaur phylogeny», Acta Geoscientica Sinica, 31 (1): 68–69, 2010
- ↑ Palmer, Douglas; Barrett, Peter - Evolução, A História da Vida - Larousse - 2009 - ISBN 978-85-7635-464-2
- ↑ Faria, Felipe (2012). Scientia Studia & 34, ed. Georges Cuvier: do estudo dos fósseis à paleontologia, 2012. [S.l.: s.n.] ISBN 978-85-7326-487-6
- ↑ UFRJ descobre no Brasil maior pteros
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
Faria, F.Felipe de A. (2012). Georges Cuvier: do estudo dos fósseis à paleontologia, 2012, Editora 34 & Scientiae Studia, p. 201-209. [S.l.: s.n.] ISBN 978-85-7326-487-6 (http://scientiaestudia.org.br/associac/felipefaria/index.asp)