Quercus (organização)

Fundação |
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Tipo | |
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Movimento | |
Sede social | |
País |
Presidente |
Alexandra Azevedo (d) (a partir de ) |
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Receita líquida |
1 479 302 $ () −212 265 $ () |
Distinção |
membro-Honorário da Ordem do Infante Dom Henrique |
Websites |
IRS |
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A Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza MHIH é uma ONGA portuguesa fundada a 31 de outubro de 1985 na cidade de Braga.
É uma associação portuguesa que se afirma independente, apartidária, de âmbito nacional, sem fins lucrativos e constituída por cidadãos que se juntaram em torno do mesmo interesse pela conservação da Natureza e dos recursos naturais e pela defesa do Ambiente em geral, numa perspectiva de desenvolvimento sustentado.
A associação designa-se Quercus por serem os carvalhos, as azinheiras e os sobreiros (espécies de um género cuja designação em latim é Quercus) as árvores características dos ecossistemas florestais mais evoluídos que cobriam o país e de que restam, atualmente, apenas relíquias muito degradadas.
Desde a sua fundação a associação defende a proteção da natureza e do ambiente. É uma organização descentralizada, com núcleos regionais em todo o país, incluindo as regiões autónomas dos Açores e da Madeira.
Em 1992, a Associação recebeu o Prémio Global 500 da Organização das Nações Unidas e a 10 de Junho o grau de Membro-Honorário da Ordem do Infante D. Henrique, atribuídas pelo Presidente da República, Dr. Mário Soares.[1]
Alguns projetos da associação Quercus: Edifício Verde, Eco-Casa, Olimpíadas do Ambiente, Top Ten e Centro de Recuperação de Animais Selvagens.
A Quercus tem um espaço de um minuto, chamado Minuto Verde, no programa da RTP Bom Dia Portugal.
História
[editar | editar código-fonte]A Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza foi fundada formalmente em 31 de outubro de 1985. A sua criação resultou da iniciativa de um grupo de ativistas ligados a várias associações ambientalistas, que procuravam estabelecer uma entidade mais ativa na área da conservação da natureza em Portugal.[2]
Inicialmente designada por Quercus – Grupo para a Recuperação da Floresta e Fauna Autóctones, a associação foi sediada em Braga e adotou como símbolo uma folha e uma bolota de carvalho-negral (Quercus pyrenaica), refletindo o foco na preservação das espécies autóctones e dos ecossistemas nativos.[2]
Em 1985, a associação iniciou a publicação do jornal Quercus, centrado no estudo e na proteção da natureza, consolidando-se como um dos seus principais meios de divulgação e intervenção. Nesse mesmo ano, a Quercus intensificou a sua atividade, colaborando com organizações como o GEPFA – Grupo para o Estudo e Proteção da Flora e Fauna do Alto Alentejo, com sede em Portalegre, e com o Centro Ecológico de Lisboa. Participou também no 1.º Encontro Nacional de Ecologistas, realizado em Troia, em março de 1985.[2]
A crescente necessidade de uma estrutura de âmbito nacional levou à reconfiguração do movimento ambientalista em Portugal. Alguns membros do Centro Ecológico integraram a Quercus, enquanto o GEPFA foi extinto, tendo os seus elementos fundado núcleos locais em Lisboa e Portalegre. Nessa fase, o então denominado “Grupo Quercus” contava também com núcleos em cidades como Aveiro, Viseu, Barcelos e Vila Real.[2]
A formalização da associação ocorreu com a assinatura da escritura de constituição no sexto cartório notarial do Porto, a 31 de outubro de 1985. Posteriormente, no 3.º Encontro Nacional, realizado a 1 de novembro de 1987, no Porto, a organização adotou o nome atual, Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, refletindo a sua consolidação e o alargamento do seu âmbito de intervenção a nível nacional.[2]
Prémios e distinções
[editar | editar código-fonte]A Quercus foi distinguida com vários prémios e reconhecimentos ao longo da sua atividade:
Ano | Prémio | Entidade Atribuinte |
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2012 | Prémio Ones Mediterrania da Mare Terra Fundación Mediterrània, categoria “Reconhecimento Internacional”[3] | PREMIS ONES |
2012 | Menção honrosa no âmbito do Prémio BES Biodiversidade[4] | BES Biodiversidade |
2012 | Prémio Energy Globe Awards Portugal[5] | Fundação Energy Globe |
Centros de recuperação de animais selvagens
[editar | editar código-fonte]A Quercus gere três centros de recuperação que integram a rede nacional de centros sob tutela do Instituto da Conservação da Natureza: o Centro de Estudos e Recuperação de Animais Selvagens de Castelo Branco (CERAS), o Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Montejunto (CRASM) e o Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Santo André (CRASSA).[6]
Em 2023, o Centro de Estudos e Recuperação de Animais Selvagens de Castelo Branco registou quatrocentas e oitenta entradas (480) entradas de animais fragilizados.[7] No mesmo ano, o Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Montejunto registou quatrocentas e noventa e duas (492) entradas,[8] enquanto o Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Santo André registou trezentas e setenta e sete (377) entradas[9].
Ações com empresas
[editar | editar código-fonte]De modo a compensar a respetiva pegada de carbono, algumas empresas associam-se à Quercus para a dinamização de atividades de equipa em zonas pertencentes à sua delegação como a Mata da Machada no Barreiro, a Serra de Sintra em Cascais, ou o Pinhal de Leiria em Leiria. Nestas ações os voluntários das empresas plantam árvores e arbustos de espécies autóctones e removem espécies invasoras. Entre algumas das empresas de renome que colaboram com a Quercus destacam-se os CTT Correios de Portugal, C&A, KUBOO Self-Storage, Palmolive, Caixa Geral de Depósitos, e Generali Tranquilidade.
Mais informação
[editar | editar código-fonte]- «Website Oficial». www.quercus.pt
- «Historial da Associação». www.quercus.pt. Consultado em 30 de março de 2011. Arquivado do original em 12 de janeiro de 2011 no sítio oficial da Quercus
Referências
- ↑ «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Quercus -Associação Nacional de Conservação da Natureza". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 6 de fevereiro de 2016
- ↑ a b c d e «História | Quercus»
- ↑ «Premis Ones Mediterrania» (PDF). Junho 2024. Consultado em 23 de abril de 2025
- ↑ «Chuva não retira apoios previstos devido à seca»
- ↑ «Quercus: Projecto Ecobrigadas vence Energy Globe 2012. Conheça-o melhor aqui.»
- ↑ Quercus (12 de março de 2021). «Centros Recuperação Animais Selvagens | Quercus». quercus.pt. Consultado em 7 de abril de 2025
- ↑ Infante, Samuel (Janeiro de 2024). «Relatório CERAS 2023» (PDF). Consultado em 7 de abril de 2025
- ↑ Mendes, Filipa (Janeiro 2024). «Relatório ICNF CRASM 2023» (PDF). Consultado em 7 de abril de 2025
- ↑ Nunes, Carolina (Fevereiro de 2024). «Relatório de Atividades CRASSA 2023» (PDF). Consultado em 7 de abril de 2025
«3. www.quercus.pt/comunicados/2015/marco/4234-quercus-elege-novos-orgaos-sociais-joao-branco-e-o-novo-presidente-da-quercus». www.quercus.pt