Ragenhilda da Noruega
Ragenhilda da Noruega | |
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Princesa da Noruega | |
Nascimento | 9 de junho de 1930 |
Oslo, Noruega | |
Morte | 16 de setembro de 2012 (82 anos) |
Rio de Janeiro, Brasil | |
Sepultado em | Igreja de Asker, Noruega |
Nome completo | |
Ragenhilda Alexandra da Noruega | |
Cônjuge | Erling Lorentzen |
Descendência | Haakon Lorentzen Ingeborg Lorentzen Ragnhild Lorentzen |
Casa | Eslésvico-Holsácia-Sonderburgo-Glucksburgo |
Pai | Olavo V da Noruega |
Mãe | Marta da Suécia |
Ragenhilda Alexandra da Noruega (Palácio Real de Oslo, 9 de junho de 1930 — Rio de Janeiro, 16 de setembro de 2012) foi a filha mais velha do rei Olavo V (1903-1991) e de sua esposa, a princesa Marta da Suécia (1901-1954). Era a irmã mais velha do rei Haroldo V e da princesa Astrid da Noruega. Era casada com o empresário Erling Lorentzen e, depois do seu casamento, ficou conhecida como Princesa Ragenhilda, Senhora Lorentzen. A princesa e o seu marido estabeleceram-se no Brasil pouco depois do seu casamento, em 1953.
Ragenhilda era bisneta de Eduardo VII do Reino Unido e, consequentemente, prima em segundo grau da Rainha Isabel II. À data da sua morte, estava em 75.º lugar na linha de sucessão ao trono britânico. A tia materna da princesa era a rainha Astrid da Bélgica; tal facto fez com que Ragenhilda fosse prima em primeiro grau de Balduíno da Bélgica e do sucessor deste, Alberto II.
A princesa morreu na sua casa do Rio de Janeiro a 16 de setembro de 2012, devido a doença prolongada, aos 82 anos de idade.
Infância[editar | editar código-fonte]
Ragenhilda foi a primeira princesa da Noruega a nascer em solo norueguês em 629 anos. A princesa cresceu na residência real de Skaugum, perto de Asker, a oeste de Oslo. Durante a Segunda Guerra Mundial, a princesa fugiu da invasão nazi com a sua família, tendo passado os anos de guerra no exílio, juntamente com a sua mãe e irmãos, em Washington, D.C..
Casamento e família[editar | editar código-fonte]
A princesa Ragenhilda casou com Erling Lorentzen, um plebeu da classe alta e comerciante da Noruega, no dia 15 de maio de 1953, na Igreja de Asker. Gerou-se grande controvérsia quando a princesa casou com Lorentzen, um homem de negócios e oficial do exército que foi seu guarda-costas durante a Guerra, pois Ragenhilda era o primeiro membro da realeza norueguesa a casar com um plebeu. Pouco depois do casamento, foi anunciado que a bandeira da Noruega deixaria de ser desfraldada no dia de aniversário da princesa.
O casal mudou-se para o Rio de Janeiro, Brasil, onde Lorentzen detém importantes participações em negócios, primeiro como residência temporária, mas depois acabou por se fixar lá definitivamente até à morte da Ragenhilda, em 2012.
Ragenhilda e Erling tiveram três filhos:
- Haakon Lorentzen
- Olav Alexander Lorentzen
- Christian Frederik Lorentzen
- Sophia Lorentzen
- Ingeborg Lorentzen (Senhora Paulo Ribeiro)
- Victoria Ragna Lorentzen Filho
- Ragenhilda Lorentzen (Senhora Aaron Long, de São Francisco, Califórnia)
- Alexandra Lorentzen Long
- Elizabeth Lorentzen Long
Títulos[editar | editar código-fonte]
- 9 de junho de 1930 – 15 de maio de 1953: Sua Alteza Real a princesa Ragenhilda da Noruega
- 15 de maio de 1953 – 16 de setembro de 2012: Sua Alteza a princesa Ragenhilda, Senhora Lorentzen
Actividades[editar | editar código-fonte]
Como membro da família real norueguesa alargada, Raghnild não tinha deveres oficiais de Estado, mas marcava presença em eventos de família, como casamentos reais.
Uma conservadora convicta, a princesa criticou publicamente os seus sobrinhos, a Princesa Marta Luísa e o príncipe herdeiro Haakon Magnus, pela escolha dos respectivos esposos, na TV 2, uma cadeia de televisão norueguesa, em 2004. De entre os seus comentários, destaca-se a sua crença de que os casamentos da geração jovem da família real poderiam derrubar a monarquia norueguesa e a sua esperança de estar morta antes que a esposa do seu sobrinho, a princesa Mette-Marit da Noruega, se tornasse rainha.[1] Num esforço infrutífero para tentar evitar os danos à imagem da princesa, o marido de Ragenhilda abordou a TV 2, pedindo que os comentários da mulher fossem editados.
A princesa Ragenhilda era patrona da Organização Norueguesa para os Deficientes Auditivos.
Condecorações[editar | editar código-fonte]
Grã-Cruz da Ordem de Santo Olavo
Medalha do Centenário da Casa Real
Medalha Comemorativa de Olavo V, 30 de janeiro de 1991
Medalha do Centenário de Olavo V
Ordem de família real do rei Haakon VII
Ordem de família real do rei Olavo V
Ordem de família real do rei Haroldo V
Grã-Cruz da Ordem do Cruzeiro do Sul
Grã-Cruz da Ordem de Orange-Nassau
Grã-Cruz da Ordem do Mérito
Grã-Cruz da Ordem da Estrela Polar
Referências
- ↑ «Cópia arquivada». Consultado em 26 de abril de 2008. Arquivado do original em 9 de junho de 2007