Ranking da Folha é um sistema de classificação histórico dos clubes de futebolbrasileiros instituído pelo Jornal Folha de S.Paulo em 1996[1]. Tradicionalmente, em todo final de temporada, a Folha de S.Paulo atualiza seu ranking dos times brasileiros, que leva em conta títulos e vice-campeonatos em um recorte que abrange toda a história. Desta forma, o ranking não é “zerado” ano a ano; ou seja, leva em conta todos os títulos da história dos clubes e é atualizado todo final de ano. Para ingressar na lista, um time precisa ter no currículo pelo menos um título ou vice-campeonato de relevância nacional (Brasileiro ou Copa do Brasil) ou internacional (Libertadores, Sul-Americana e Mundial, por exemplo), o que explica a ausência de equipes que são tradicionais dentro dos seus Estados, como o América-MG, Santa Cruz e Avaí.
A partir de 2012, a Folha passou a adotar a unificação de títulos brasileiros, implantada pela CBF no fim de 2010.
Sendo assim, o jornal deixou de fazer distinções entre títulos do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, da Taça Brasil e da versão moderna do Brasileiro, iniciada em 1971.
Com isso, Santos e Palmeiras passaram a ser considerados os maiores campeões brasileiros da história, com oito troféus cada - somente após vencer o Campeonato Brasileiro de 2016 o Palmeiras chegaria à sua nona conquista e se isolaria como o maior detentor de títulos nacionais.
A decisão foi tomada durante revisão dos critérios do Ranking Folha, em consulta realizada com os colunistas de futebol Juca Kfouri, Tostão, Xico Sá e Lúcio Ribeiro.
Apesar disso, o ranking continua diferenciando a pontuação de cada um desses torneios, devido às dificuldades e formatos de disputa de cada competição.
O campeão do Brasileiro acumula 25 pontos, o vencedor do Roberto Gomes Pedrosa, 20, e o da Taça Brasil, 15.
Na edição de 2013, ocorreu a adição de uma faixa intermediária de pontuação para os campeonatos estaduais.
Com a alteração, apenas os campeonatos Gaúcho e Mineiro continuaram distribuindo sete pontos para o campeão e três para o vice.
Baiano, Cearense, Goiano, Pernambucano, Paranaense e Catarinense tiveram suas pontuações rebaixadas: o campeão passou a contabilizar seis pontos e o vice, apenas dois.
Minas Gerais e Rio Grande do Sul somam dez títulos Brasileiros, doze da Copa do Brasil e oito Copas Libertadores da América.
Os seis Estados que antes ganhavam sete pontos ao conquistar o torneio estadual venceram cinco Brasileiros, duas Copas do Brasil e nenhuma Libertadores.
O Ranking Folha conta títulos e vices obtidos na elite do futebol nacional, regional, estadual e internacional.[2] O Corinthians foi o clube que mais cresceu desde 2011, chegando a ganhar duas posições, ultrapassando seus rivais históricos, o Santos e o Palmeiras.[3]
Na edição de 2014, entretanto, após a FIFA reconhecer a Copa Rio Internacional de 1951 como o primeiro título a nível mundial entre clubes[4], o Palmeiras - vencedor daquela competição -, voltou a figurar entre os três primeiros do ranking, uma vez que o título foi equiparado à categoria dos intercontinentais e passou a contabilizar 30 (trinta) pontos ao campeão[5].
Para figurar no ranking, uma equipe tem de ter ao menos um título ou vice em um torneio de nível nacional ou internacional[6]. Por conta disso, o Ituano, campeão paulista em 2015 não figura nesta lista, mas a Ponte Preta, vice da copa sul-americana em 2013, sim.
Para um torneio ganhar uma pontuação e aparecer no ranking, ele precisa ter representatividade, cunho oficial e sequência. Assim, campeonatos disputados uma só vez não são computados[7].
Torneios que reúnem apenas 2 clubes, como a Recopa Sul-Americana, por exemplo, não rendem pontos ao Vice-campeão, pois o mesmo já foi bonificado por ter sido o vencedor de uma outra competição internacional[7].
- Sobre o polêmico Brasileirão de 1987, o jornal deu pontuação ao campeão e vice oficial pela CBF (Sport e Guarani, respectivamente) e ao ao campeão e vice do Módulo Verde (Flamengo e Internacional, respectivamente), por levar em conta o aspecto técnico do Módulo Verde[7].