Realeza (Paraná)

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Realeza
  Município do Brasil  
Avenida Bruno Zuttion
Avenida Bruno Zuttion
Avenida Bruno Zuttion
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Gentílico realezense
Localização
Localização de Realeza no Paraná
Localização de Realeza no Paraná
Localização de Realeza no Paraná
Realeza está localizado em: Brasil
Realeza
Localização de Realeza no Brasil
Mapa
Mapa de Realeza
Coordenadas 25° 46' 01" S 53° 31' 37" O
País Brasil
Unidade federativa Paraná
Municípios limítrofes Realeza limita-se ao Norte com o município de Capitão Leonidas Marques (sendo o divisor o Rio Iguaçu, ao sul com Ampére, a Leste com Santa Izabel do Oeste e Nova Prata do Iguaçu e a Oeste com Planalto e Capanema.
Distância até a capital 515 km
História
Fundação 24 de junho de 1961
Administração
Prefeito(a) Eduardo André Gaievski (PT, 2009 – 2012)
Características geográficas
Área total [1] 353,415 km²
População total (Censo IBGE/2010[2]) 16 348 hab.
Densidade 46,3 hab./km²
Clima Subtropical (Cfa)
Altitude 520 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000 [3]) 0,783 alto
PIB (IBGE/2008[4]) R$ 188 776,587 mil
PIB per capita (IBGE/2008[4]) R$ 11 598,46

Realeza é um município brasileiro do estado do Paraná. Sua população estimada em 2009 é de 16.288 habitantes.

Referências

  1. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010 
  2. «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010 

Área Total: 354,0 km² Dens. Demográfica: 44,66 hab/km² Altitude: 520 m DDD: 46 CEP: 85770-000

Evolução História

A colonização da região Sudoeste do Paraná teve início em meados do século XIX e foi palco de várias intervenções e disputas políticas, sociais e jurídicas todas visando a posse da terra fértil em matérias primas, com a exploração da erva-mate pelos paraguaios Dom Lucca e João Romero. Essa área integrou o território brasileiro a partir de 1895, quando o presidente americano Grover Cleveland toma partido pela nação brasileira no Tratado das Missões, com relação aos 25 mil quilômetros quadrados de território em área de litígio entre Brasil e Argentina: vasta extensão de terra que possuía população aproximada de cinco mil habitantes na época.

Na década de 1950 iniciou a ocupação e colonização humana de pequenas proporções. Ao contrário de outras regiões, o Sudoeste foi colonizado por livre e espontânea coragem de homens provenientes do Estado do Rio Grande do Sul. São mesclas dos imigrantes italianos (conhecidos por sua vocação agrícola, índole empreendedora e hábitos gregários) com os nativos do Rio Grande do Sul (famosos por sua lida com o campo e grandes pastagens, vocabulário próprio e hábitos nômades) cuja economia foi marcada pelo extrativismo (caça, pesca e extração vegetal), conjuntamente com a pecuária suína em regime de engorda, as safras, que foram quase que exclusivamente para a subsistência da população. Entretanto, após a chegada dos migrantes a partir do ano de 1951, outra sangrenta batalha foi travada, desta vez entre os colonos já instalados na terra e os jagunços da companhia CITLA (Clevelândia Industrial Territorial Ltda). Este movimento, conhecido como o “Levante dos Posseiros” teve fim somente em 10 de outubro de 1957, com a vitória dos colonos.

Nesta época, havia no território de Realeza duas pequenas serrarias, sendo o extrativismo da madeira de pequena escala, pois as mesmas não contavam com maquinário adequado.

Por volta de 1958, chegou ao território do atual município de Realeza, que na época pertencia a Ampére, Bruno Zuttion, quando já encontravam-se instaladas as famílias de Henrique Claudino dos Santos, Luiz Claudino dos Santos (Popular Dama), Frazio dos Santos, Zacarias de Leandrino, João Maria Pinto, Sétimo Dal Cortivo, Miguel Muller e Damazio, entre outras. Bruno Zuttion adquiriu uma área de 150 alqueires, da família de Henrique e Luiz Claudino dos Santos (Dama), onde hoje é o centro da cidade e negociou com industrialistas do Rio Grande Sul para colocarem uma grande indústria extrativa de madeira, dando início à fundação da cidade.

Isso aconteceu com a chegada do industrial Rubem Cesar Caselani, que em sociedade com Romano Zanchet e Angelo Camilotti instalou a madeireira (Industrias Cazaca Ltda), iniciando suas atividades em meados de 1961.

Atraídos pela riqueza da terra, pelo extrativismo vegetal e também pelos preços facilitados dos terrenos e da madeira para a construção, começam a chegar à região inúmeras famílias. Assim, nos primeiros anos da década de 1960, instalam-se a primeira casa comercial de Sirval Manfrói, o primeiro Hotel de Lauro Rodrigues, a primeira rodoviária de João da Silva (Jango), a primeira casa de Ferragens de Arnolfo Umann, a oficina mecânica de Nelson Abreu, o Contador Luiz Sérgio Sassi, o Farmacêutico Adão Faedo e outros comerciantes e prestadores de serviço.

No dia 17 de junho de 1961, foi rezada a primeira Missa, celebrada pelo Padre Arthur Vangeel, da Paróquia Nossa Senhora da Glória do município de Francisco Beltrão, num altar improvisado em cima da carroceria de um caminhão de propriedade de Lotário Rippel.

Com a elevação do território a distrito, em 7 de março de 1962, através de requerimento do vereador Bruno Zuttion apresentado na Câmara de Vereadores de Ampére, a população já sonhava com a emancipação, acreditando que isto traria grandes benefícios nas áreas deficitárias, como a saúde, o abastecimento e a educação.

Em 1962, a firma Cazaca iniciou a construção da Usina Hidrelétrica, que muito contribuiu para o progresso do povoado.

A comissão pró-emancipação entrega a Arnolfo Umann, em janeiro de 1962, documentos para que o mesmo entregasse para o Deputado Cândido Machado de Oliveira Neto. Na sessão da Assembléia Legislativa do dia 11 de janeiro de 1962, o Deputado Cândido Machado apresentou o projeto de emancipação de Umann. Somente em 24 de junho de 1963, foi sancionada a Lei Estadual nº 4.728/63, emancipando o município. Entre o início da ocupação até a emancipação se passaram somente três anos, mostrando a união populacional entre seus habitantes.

A posse e a instalação deram-se em 12 de novembro de 1963 com a posse dos eleitos e do ato oficial (Paço e Câmara) que aconteceu na cidade de Planalto com a presença do Juiz da Comarca de Santo Antônio do Sudoeste.

(Fonte: REALEZA, Paraná: origens e Formação do Município. Prefeitura Municipal de Realeza, Estado do Paraná. Administração 1993/1995).

» Histórico do nome Originou da votação de nomes onde a maior referência foi a exuberância da floresta de pinheirais existentes na região o Phynus Araucária Angustifólia, a Araucária do Paraná, ficando então o distrito chamado de Realeza do Pinho, que após a emancipação passou a ser simplesmente, Realeza.

Ligações externas

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