Instituto Guimarães Rosa
Instituto Guimarães Rosa | |
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Organização | |
Missão | promoção da língua e da cultura do Brasil no exterior |
Dependência | Governo do Brasil Ministério das Relações Exteriores |
Localização | |
Sede | Brasília |
Histórico | |
Antecessores | Rede Brasil Cultural Rede Brasileira de Ensino no Exterior |
Criação | 1962 |
Sítio na internet | |
redebrasilcultural |
O Instituto Guimarães Rosa é uma organização governamental brasileira voltada às relações externas culturais e educacionais do país com o resto do mundo, incluindo a centralização da promoção da língua portuguesa e difusão das cultura brasileira.[1][2] Foi criada em 2022 em vínculo ao Ministério das Relações Exteriores (MRE) e em substituição a cada Centro Cultural Brasileiro ou Centro Cultural do Brasil (CCB)[3][2] existente no mundo (eram 24 à época)[2] de forma descentralizada a partir da subordinação a cada chefe de missão ou consular da representação diplomática brasileira no exterior.[4] A divulgação do instituto foi planejada para compor as comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil em setembro de 2022.[2][5] Paula Alves de Souza foi a primeira diretora designada ao instituto que homenageia o escritor e diplomata Guimarães Rosa.[2][6] Inicialmente o instituto receberia o nome de outro homem, José Bonifácio, o patrono da Independência do país, mas já havia uma organização com tal designação.[7]
As unidades do Centro Cultural Brasileiro aplicam o exame CELPE-Bras, para a comprovação da proficiência no idioma português do Brasil.
A exemplo do Instituto Camões, do Instituto Goethe e do Instituto Cervantes, que são organizações ligadas aos governos de Portugal, da Alemanha e da Espanha, respectivamente, a Rede Brasil Cultural é uma iniciativa do governo do Brasil com o intuito de promover o idioma e a cultura desse país no exterior. Essas instituições situam-se entre as principais hoje existente para a promoção da cultura de seus países no exterior. Ainda assim, em comparação com as redes de promoção da língua e da cultura de outros países, a Rede Brasil Cultural está em estágio incipiente e ainda necessita maior presença internacional.[8]
História[editar | editar código-fonte]
A Rede Brasil Cultural, antes denominada Rede Brasileira de Ensino no Exterior, existe há 50 anos: o primeiro Centro Cultural Brasileiro foi inaugurado em 1962, na cidade de Lima, e a primeira seleção de candidatos para o Programa de Leitorados foi realizada em 1965.[9] Desde então, diversos Centros Culturais foram criados. Alguns deles, depois de um período vinculado ao governo brasileiro, tornaram-se instituições autônomas, como o Instituto de Cultura Brasil-Colômbia e o Instituto Brasileiro Equatoriano de Cultura.
Unidades[editar | editar código-fonte]
O conjunto das unidades do Ministério das Relações Exteriores do Brasil para a promoção da língua portuguesa, vertente brasileira, recebeu a designação de Rede Brasil Cultural. Tal denominação substituiu, em 2013, a Rede Brasileira de Ensino no Exterior. Integram a Rede Brasil Cultural os Centros Culturais Brasileiros localizados em 29 países, que são instituições vinculadas às embaixadas do Brasil nas cidades onde estão situados, e os Leitorados Brasileiros.[10][11] Além disso, a Rede promove atividades para comunidades brasileiras residentes em outros países, como cursos de Português como Língua de Herança, e apoia a aplicação do CELPE-Bras,[12] exame de proficiência em língua portuguesa, no exterior.
Os CCBs, hoje Institutos Guimarães Rosa (IGR), são instituições vinculadas às embaixadas do Brasil no exterior, que se dedicam ao ensino de português e à realização de atividades culturais.[13] Os IGRs oferecem cursos de língua portuguesa, bem como de dança, música, culinária e artes plásticas, entre outras atividades ligadas à difusão da cultura brasileira.[14] Parte do público dos institutos tem interesse em trabalhar ou estudar no Brasil, enquanto outra parte tem afinidade e busca aproximação com a cultura brasileira[15]
Angola (Instituto Guimarães Rosa Luanda)[16]
África do Sul (Instituto Guimarães Rosa Pretória)[17]
Argentina (Instituto Guimarães Rosa Buenos Aires)[18]
Bolívia (Instituto Guimarães Rosa La Paz)[19]
Cabo Verde ( Instituto Guimarães Rosa Cidade da Praia)[20]
Chile ( Instituto Guimarães Rosa Santiago)[21]
El Salvador (Instituto Guimarães Rosa San Salvador)[22]
Espanha ( Instituto Guimarães Rosa Barcelona)[23]
Finlândia (Instituto Guimarães Rosa Helsinque)[24]
Guiana ( Instituto Guimarães Rosa Georgetown)[25]
Guiné-Bissau (Instituto Guimarães Rosa Bissau)[26]
Haiti (Instituto Guimarães Rosa Porto Príncipe)[27]
Israel (Instituto Guimarães Rosa Tel Aviv)[28]
Itália (Instituto Guimarães Rosa Roma)[29]
Líbano (Instituto Guimarães Rosa Beirute)[30]
México (Instituto Guimarães Rosa México)[31]
Moçambique (Instituto Guimarães Rosa Maputo)[32]
Paraguai (Instituto Guimarães Rosa Asunción)[33]
Peru (Instituto Guimarães Rosa Lima)[34]
República Dominicana (Instituto Guimarães Rosa Santo Domingo)[35]
São Tomé e Príncipe (Instituto Guimarães Rosa São Tomé e Príncipe)[36]
Suriname (Instituto Guimarães Rosa Paramaribo)[37]
O Instituto Guimarães Rosa possui unidades em: Assunção (Paraguai), Barcelona (Espanha), Bissau (Guiné-Bissau), Cidade do México (México), Cidade do Panamá (Panamá), Georgetown (Guiana), Helsinque (Finlândia), La Paz (Bolívia), Lima (Peru), Luanda (Angola), Manágua (Nicarágua), Maputo (Moçambique), Paramaribo (Suriname), Porto Príncipe (Haiti), Praia (Cabo Verde), Pretória (África do Sul), Roma (Itália), Santiago (Chile), São Domingos (República Dominicana), São Salvador (El Salvador), São Tomé (São Tomé e Príncipe). Estão em instalação novas unidades em Díli, Cidade da Guatemala e Túnis.[4]
Leitorados[editar | editar código-fonte]
No âmbito do programa de Leitorados, são selecionados, por concurso público, professores universitários brasileiros, que passam a ministrar aulas de língua e cultura brasileiras em instituições de ensino superior estrangeiras.[38] O papel dos leitorados é a divulgação da língua portuguesa e da cultura brasileira nas universidades e junto aos formadores de opinião. O Leitor deve possuir mestrado ou doutorado e, preferencialmente, ter experiência na preparação para o exame de proficiência em português CELPE-BRAS.[39] A seleção do leitorado é realizada anualmente pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).[40]
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ BRASIL, Decreto nº 11024, de 31 de março de 2022. Aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções de Confiança do Ministério das Relações Exteriores e remaneja e transforma cargos em comissão e funções de confiança..
- ↑ a b c d e «Itamaraty lança em setembro Instituto Guimarães Rosa, vitrine da língua portuguesa e da cultura brasileira no exterior». RFI. 11 de maio de 2022. Consultado em 11 de janeiro de 2023
- ↑ «O Instituto Guimarães Rosa e a diplomacia cultural brasileira». Revista Interesse Nacional. Consultado em 11 de janeiro de 2023
- ↑ a b Centros culturais Arquivado em 18 de agosto de 2010, no Wayback Machine. Ministério das Relações Exteriores
- ↑ Sasson, Marcia (8 de setembro de 2022). «Israel comemora o Bicentenário da Independência do Brasil». Revista Bras.il. Consultado em 11 de janeiro de 2023
- ↑ «Batizado Guimarães Rosa, instituto de promoção da cultura brasileira terá sedes em 5 cidades». Folha de S.Paulo. 22 de maio de 2019. Consultado em 11 de janeiro de 2023
- ↑ «Itamaraty planeja criar instituto para difundir cultura brasileira no mundo». Folha de S.Paulo. 26 de fevereiro de 2019. Consultado em 11 de janeiro de 2023
- ↑ British Council (2013). «Influence and Atraction» (PDF). Consultado em 8 de outubro de 2014
- ↑ Ministério das Relações Exteriores (2010). «Ações de Diplomacia Cultural». Consultado em 8 de outubro de 2014. Arquivado do original em 15 de outubro de 2014
- ↑ «Rede Brasil Cultural - Apresentação». Consultado em 8 de outubro de 2014
- ↑ Felipe Lindoso (17 de junho de 2014). «Projeção Internacional da Cultural Brasileira». O Xis do Problema. Consultado em 10 de outubro de 2014
- ↑ INEP (2013). «CELPE-Bras - o certificado de proficiência em português do Brasil.». Consultado em 8 de outubro de 2014. Arquivado do original em 7 de outubro de 2014
- ↑ «Promoção da Língua Portuguesa». Consultado em 8 de outubro de 2014. Arquivado do original em 15 de outubro de 2014
- ↑ «Centro Cultural Brasileiro - Tel Aviv». Centro Cultural do Brasil - Tel Aviv. Consultado em 10 de outubro de 2014. Arquivado do original em 17 de outubro de 2014
- ↑ Lusa. «O gigante da Língua Portuguesa». Revista da Lusofonia. Consultado em 10 de outubro de 2014. Arquivado do original em 16 de outubro de 2014
- ↑ Rede Brasil Cultural. «Luanda - Rede Brasil Cultural». Consultado em 20 de outubro de 2014
- ↑ «Centro Cultural Brasil-África do Sul»
- ↑ «Centro Cultural Brasil-Argentina»
- ↑ «Centro Cultural Brasil-Bolívia»
- ↑ «Centro cultural Brasil-Cabo Verde»
- ↑ «Centro Cultural Brasil-Chile»
- ↑ «Centro Cultual Brasil-El Salvador»
- ↑ «Centro Cultural do Brasil em Barcelona». Consultado em 14 de abril de 2015
- ↑ «Centro Cultural Brasil-Finlândia»
- ↑ «Centro Cultural Brasil-Guiana»
- ↑ «Centro Cultural Brasil-Guiné Bissau»
- ↑ «Centro Cultural Brasil-Haiti»
- ↑ «Centro Cultural Brasileiro em Israel»
- ↑ «Centro Cultural Brasil-Itália»
- ↑ «Centro Cultural Brasil-Líbano»
- ↑ «Centro Cultural Brasil-México»
- ↑ «Centro Cultural Brasil-Moçambique»
- ↑ «Centro de Estudos Brasileiros»
- ↑ «Centro Cultural Brasil-Peru»
- ↑ «Centro Cultural Brasil-República Dominicana»
- ↑ «Centro Cultural Brasil-São Tomé e Príncipe»
- ↑ «Centro Cultural Brasil-Suriname»
- ↑ Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (2013). «Programa de Leitorado». Consultado em 8 de outubro de 2014
- ↑ Wexell Machado, Luís Eduardo. «As ações do Estado brasileiro para a promoção da língua, da literatura e da cultura do Brasil no Paraguai» (PDF). Revista Vozes dos Vales: Publicações Acadêmicas. Consultado em 10 de outubro de 2014
- ↑ «Rede Brasil Cultural». EDUC BR.FR: O Portal da Cooperação Educacional Franco-Brasileira. Consultado em 10 de outubro de 2014