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Referendo sobre a independência da Bósnia e Herzegovina em 1992

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Um referendo de independência foi realizado na Bósnia e Herzegovina entre 29 de fevereiro e 1 de março de 1992, na sequência das primeiras eleições livres de 1990 e da ascensão de tensões étnicas que conduziriam à dissolução da Iugoslávia. A independência era fortemente favorecida pelos eleitores bosníacos e croatas bósnios enquanto que os sérvios bósnios boicotaram o referendo ou foram impedidos de participar pelas autoridades sérvias da Bósnia. A afluência total de votantes foi de 63,4% (menos de dois terços, lançando dúvidas sobre sua validade), dos quais 99,7% votaram a favor da independência da Bósnia e Herzegovina. Em 3 de março, presidente da Presidência da Bósnia e Herzegovina Alija Izetbegović declarou a independência da República da Bósnia e Herzegovina e o parlamento ratificou a ação. Em 6 de abril, os Estados Unidos e a Comunidade Econômica Europeia reconheceram a Bósnia e Herzegovina como um Estado independente e, em 22 de maio seria admitido nas Nações Unidas.

Escolha Votos %
Favorável 2 061 932 99,7
Contrário 6 037 0,3
Inválidos / votos brancos 5 227
Total 2 073 568 100
Eleitores registrados / afluência 3 253 847 63,7
Fonte: Nohlen & Stöver[1]

Consequências

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Ver artigo principal: Guerra da Bósnia
Prédios de apartamentos fortemente danificados no distrito de Grbavica, Sarajevo.

Imediatamente após o reconhecimento, as forças sérvias bósnias e sérvias, dirigidas e financiadas por Belgrado, iniciaram uma "agressão abrangente" na Bósnia e Herzegovina.[2] O Exército Popular Iugoslavo e voluntários sérvios atacaram a cidade predominantemente croata de Ravno em setembro de 1991, policiais sérvios bósnios dispararam sobre as áreas povoadas por bosníacos de Šipovo durante o qual 3 000 bosníacos fugiram, e unidades paramilitares sérvias atacaram Foča, Visegrad, Bratunac, Bijeljina, e outras cidades do leste da Bósnia e Herzegovina.[3] No mês de reconhecimento, o cerco de Sarajevo começou, altura em que o Exército da Republika Srpska (VRS), controlava 70% da Bósnia e Herzegovina.[4]

  1. Nohlen, D & Stöver, P (2010) Elections in Europe: A data handbook ISBN 978-3-8329-5609-7
  2. Nettelfield 2010, p. 67.
  3. Caplan 2005, p. 121.
  4. Hoare 2010, p. 126.
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