Reforma Protestante: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:95Thesen.jpg|thumb|250px||As [[95 Teses]] de [[Lutero]], Disputatio pro declaratione virtutis indulgentiarum, 1522]]
[[Ficheiro:95Thesen.jpg|thumb|250px||As [[95 Teses]] de [[Lutero]], Disputatio pro declaratione virtutis indulgentiarum, 1522]]


dick alpinista feat zattinhaaaaa e'''
dick alpinista feat zattinhaaaaa e''' foi um [[Reformismo|movimento reformista]] [[cristão]] iniciado no início do [[século XVI]] por [[Martinho Lutero]], quando através da publicação de suas [[95 teses]], em 31 de outubro de [[1517]] <ref>{{Citar web|url = http://www1.folha.uol.com.br/folha/dw/ult1908u446354.shtml| titulo =Folha Online|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref> <ref>{{Citar web|url = http://www.espacoacademico.com.br/034/34tc_lutero.htm| titulo =Espaço Acadêmico.com.br|acessodata=[[18 de outubro]] de 2008}}</ref> na porta da Igreja do Castelo de [[Wittenberg]], ''protestou'' contra diversos pontos da [[doutrina da Igreja Católica]], propondo uma reforma no [[catolicismo]]. Os princípios fundamentais da Reforma Protestante são conhecidos como os [[Cinco solas]].<ref>{{Citar web|url = http://www.monergismo.com/textos/cinco_solas/cinco_solas_reforma_erosao.htm| titulo =Monergismo|acessodata=[[18 de outubro]] de 2008}}</ref>


Lutero toma activia e vai no shopping
Lutero foi apoiado por vários religiosos e governantes [[Europa|europeus]] provocando uma revolução religiosa, iniciada na [[Alemanha]], e estendendo-se pela [[Suíça]], [[França]], [[Países Baixos]], [[Reino Unido]], [[Escandinávia]] e algumas partes do [[Leste europeu]], principalmente os [[Países Bálticos]] e a [[Hungria]]. A resposta da [[Igreja Católica Romana]] foi o movimento conhecido como [[Contra-Reforma]] ou Reforma Católica, iniciada no [[Concílio de Trento]].

O resultado da Reforma Protestante foi a divisão da chamada ''Igreja do Ocidente'' entre os ''católicos romanos'' e os ''reformados'' ou ''protestantes'', originando o [[Protestantismo]].

== Pré-Reforma ==
A Pré-Reforma foi o período anterior à Reforma Protestante no qual se iniciaram as bases ideológicas que posteriormente resultaram na reforma iniciada por [[Martinho Lutero]].

A Pré-Reforma tem suas origens em uma [[Denominações Cristãs|denominação cristã]] do século XII conhecida como [[Valdenses]], que era formada pelos seguidores de [[Pedro Valdo]], um comerciante de Lyon que se converteu ao [[Cristianismo]] por volta de [[1174]]. Ele decidiu encomendar uma tradução da [[Bíblia]] para a linguagem popular e começou a pregá-la ao povo sem ser sacerdote. Ao mesmo tempo, renunciou à sua atividade e aos bens, que repartiu entre os pobres. Desde o início, os valdenses afirmavam o direito de cada fiel de ter a [[Bíblia]] em sua própria língua, considerando ser a fonte de toda autoridade eclesiástica. Eles reuniam-se em casas de famílias ou mesmo em grutas, clandestinamente, devido à perseguição da [[Igreja Católica Romana]], já que negavam a supremacia de [[Roma]] e rejeitavam o culto às imagens, que consideravam como sendo [[idolatria]].<ref>{{Citar web|url = http://www.aguasvivas.ws/revista/45/espigando2.htm| titulo =Águas Vivas|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref>

[[Ficheiro:John Wycliffe 01.jpg|thumb|250px|right|[[John Wycliffe]].]]

No seguimento do colapso de instituições monásticas e da [[escolástica]] nos finais da [[Idade Média]] na Europa, acentuado pelo ''Cativeiro Babilônico da igreja'' no [[papado de Avignon]], o [[Grande Cisma]] e o fracasso da conciliação, se viu no século XVI o fermentar de um enorme debate sobre a reforma da religião e dos posteriores valores religiosos fundamentais.

No século XIV, o inglês [[John Wycliffe]],<ref>{{Citar web|url = http://www.monergismo.com/textos/biografias/wycliffe_franklin.htm| titulo =Monergismo|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref> considerado como precursor da Reforma Protestante, levantou diversos questionamentos sobre questões controversas que envolviam o [[Cristianismo]], mais precisamente a [[Igreja Católica Romana]]. Entre outras idéias, Wycliffe queria o retorno da Igreja à primitiva pobreza dos tempos dos [[evangelistas]], algo que, na sua visão, era incompatível com o poder político do papa e dos cardeais, e que o poder da Igreja devia ser limitado às questões espirituais, sendo o poder político exercido pelo Estado, representado pelo rei. Contrário à rígida hierarquia eclesiástica, Wycliffe defendia a pobreza dos padres e os organizou em grupos. Estes padres foram conhecidos como "[[lolardos]]". Mais tarde, surgiu outra figura importante deste período: [[Jan Huss]]. Este pensador tcheco iniciou um movimento religioso baseado nas ideias de [[John Wycliffe]]. Seus seguidores ficaram conhecidos como [[Hussitas]].<ref>{{Citar web|url = http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,319545,00.html | titulo =Dw-World.de|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref>

=== Razões políticas na Reforma ===
A [[Reforma protestante]] foi iniciada por [[Martinho Lutero]], embora tenha sido motivada primeiramente por razões religiosas,<ref name="Geoffrey Blainey"/> também foi impulsionada por razões políticas e sociais<ref name="Geoffrey Blainey">''Uma Breve História do Mundo''. [[Geoffrey Blainey]]. Pág.: 187-188 e 190. Editora Fundamento. ISBN 85-88350-77-7.</ref><ref>''História''. Editora ática. Divalte Garcia Figueira. [[2007]]. ISBN 978-850811073-5. Pág.: 113.</ref><ref>''História e Vida integrada''. Nelson Piletti e Claudino Piletti. [[2008]]. Editora ática. Pág.: 81. ISBN 978-850810049-1.</ref>
* os conflitos políticos entre autoridades da Igreja Católica e governantes das monarquias européias, tais governantes desejavam para si o poder espiritual e ideológico da Igreja e do [[Papa]],<ref name="História Global Brasil e Geral">''História Global Brasil e Geral''. Pág.: 157-162 e 342. Volume único. Gilberto Cotrim. ISBN 978-85-02-05256-7</ref><ref name="Ensino fundamental e médio">''Sistema didático de ensino. Ensino fundamental e médio''. Geografia, História, Biologia, Física, Química, Inglês, Espanhol. Pág.: 154. Ensino em 3D. Editora Silvanelli (0800-908057).</ref> muitas vezes para assegurar o [[direito divino dos reis]];
* Práticas como a [[usura]] eram condenadas pela [[ética]] católica, assim a [[burguesia]] [[capitalista]] que desejava altos lucros econômicos sentiria-se mais "confortável" se pudesse seguir uma nova ética religiosa, adequada ao espírito capitalista, necessidade que foi atendida pela ética protestante e conceito de Lutero de que a fé sem as obras justifica ([[Sola fide]]);<ref name="Ensino fundamental e médio"/><ref name=" História Global Brasil e Geral"/><ref>''História Geral''. Antonio Pedro e Florival Cáceres. Editora FTD. Pág.: 167</ref><ref>''"História Do Mundo Ocidental"''. Editora FTD. Antonio Pedro. Lizânias de Souza Lima. Yone de Carvalho. ISBN 85-322-5602-3. Pág.:156.</ref><ref>'' L'Éthique protestante et l'esprit du capitalisme'' (em [[Língua portuguesa|português]]: [[A ética protestante e o espírito do capitalismo]]) de [[Max Weber]]. 217 pp. {{Link|en|2=http://www.ne.jp/asahi/moriyuki/abukuma/weber/world/ethic/pro_eth_frame.html|3=Edição ''online'' do livro}}</ref><ref>Ephraim Fischoff - ''The Protestant Ethic and the Spirit of Capitalism'', Social Research, Vol.XI, 1944, pp.62-68</ref>
* Algumas causas econômicas para a aceitação da Reforma foram o desejo da nobreza e dos príncipes de se apossar das riquezas da igreja católica e de ver-se livre da tributação papal.<ref name="Mota e Braick">''História das cavernas ao terceiro milênio''. Myriam Becho Mota. Patrícia Ramos Braick. Volume I. Editora Moderna. ISBN 85-16-0402-4. Pág.: 179.</ref> Também na Alemanha, a pequena nobreza estava ameaçada de extinção em vista do colapso da economia senhorial. Muitos desses pequenos nobres desejavam às terras da igreja. Somente com a Reforma, estas classes puderam expropriar as terras;<ref>, BURNS, Edward Macnall, op. cit., II vol., pgs. 458-459.</ref><ref>SOUTO MAIOR, Armando, op. cit., pgs. 298-299.</ref><ref>''História Geral e Brasil - Trabalho, Cultura, Poder'' - Ensino Médio. Koshiba, Luiz; Pereira, Denise Manzi Frayze</ref>
* Durante a Reforma na Alemanha, autoridades de várias regiões do [[Sacro Império Romano-Germânico]] pressionadas pela população e pelos luteranos, expulsavam e mesmo assassinavam sacerdotes católicos das igrejas,<ref name="Janssen, Johannes 1891">Janssen, Johannes, ''History of the German People From the Close of the Middle Ages'', 16 vols., tr. AM Christie, St. Louis: B. Herder, 1910 (orig. 1891).</ref> substituindo-os por religiosos com formação luterana;<ref name="Gislane e Reinaldo">''História''. Volume Único. Gislane Campos Azevedo e Reinaldo Seriacopi. Editora Ática. 2007. ISBN 978-850811075-9. Pág.: 143.</ref>
* Lutero era radicalmente contra a revolta camponesa iniciada em 1524 pelos anabatistas liderados por [[Thomas Münzer]],<ref name="Gislane e Reinaldo"/> que provocou a [[Guerra dos Camponeses]]. Münzer comandou massas camponesas contra a nobreza imperial, pois propunha uma sociedade sem diferenças entre ricos e pobres e sem [[propriedade privada]],<ref name="Gislane e Reinaldo"/> Lutero por sua vez defendia que a existência de ''"senhores e servos"'' era vontade divina,<ref name="Gislane e Reinaldo"/> motivo pelo qual eles romperam.<ref name="Mota e Braick"/> Lutero escreveu posteriormente: "''Contras as hordas de camponeses (...), quem puder que bata, mate ou fira, secreta ou abertamente, relembrando que não há nada mais peçonhento, prejudicial e demoníaco que um rebelde''".<ref name="Gislane e Reinaldo"/>
* Após a Guerra dos Camponeses os [[anabatista]]s continuaram sendo perseguidos e executados em países protestantes,<ref name="Geoffrey Blainey"/> por exemplo, a [[Holanda]] e [[Frísia]], massacraram aproximadamente 30.000 anabatistas nos dez anos que se seguiram a [[1535]].<ref name="Geoffrey Blainey"/>

== Reforma ==
=== Na Alemanha, Suíça e França ===
No início do século XVI, o monge [[alemão]] [[Martinho Lutero]], abraçando as idéias dos pré-reformadores, proferiu três sermões contra as [[indulgência]]s em [[1516]] e [[1517]]. Em [[31 de outubro]] de 1517 foram pregadas as ''[[95 Teses]]'' na porta da [[Catedral de Wittenberg]], com um convite aberto ao debate sobre elas.<ref>{{Citar web|url = http://www.monergismo.com/textos/credos/lutero_teses.htm| titulo =Monergismo|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref> Esse fato é considerado como o início da Reforma Protestante.<ref>{{Citar web|url = http://www1.folha.uol.com.br/folha/dw/ult1908u446354.shtml| titulo =Folha Online|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref>

[[Ficheiro:Luther46c.jpg|thumb|150px|left|[[Martinho Lutero]], aos 46 anos de idade.]]

Essas teses condenavam a "avareza e o paganismo" na Igreja, e pediam um debate teológico sobre o que as [[indulgências]] significavam. As ''95 Teses'' foram logo traduzidas para o alemão e amplamente copiadas e impressas. Após um mês se haviam espalhado por toda a [[Europa]].<ref>{{Citar web|url = http://www.arqnet.pt/portal/teoria/teses.html | titulo =ARQnet|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref>
Após diversos acontecimentos, em junho de [[1518]] foi aberto um processo por parte da Igreja Romana contra Lutero, a partir da publicação das suas [[95 Teses]]. Alegava-se, com o exame do processo, que ele incorria em [[heresia]]. Depois disso, em agosto de 1518, o processo foi alterado para heresia notória.<ref>{{Citar web|url = http://www.musicaeadoracao.com.br/diversos/martinho_lutero.htm| titulo =Águas Vivas|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref> Finalmente, em junho de [[1520]] reapareceu a ameaça no escrito "Exsurge Domini" e, em janeiro de [[1521]], a bula "Decet Romanum Pontificem" [[excomunhão|excomungou]] Lutero. Devido a esses acontecimentos, Lutero foi exilado no [[Castelo de Wartburg]], em [[Eisenach]], onde permaneceu por cerca de um ano. Durante esse período de retiro forçado, Lutero trabalhou na sua tradução da [[Bíblia]] para o alemão, da qual foi impresso o ''Novo Testamento'', em setembro de [[1522]].<ref>{{Citar web|url = http://www.ielb.org.br/tpls/162.asp?idPg=430&mAb=s&idCadastro=37| titulo =IELB (Igreja Evangélica Luterana do Brasil)|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref>

[[Ficheiro:Reformation.gif|thumb|right|200px|Extensão da Reforma Protestante na Europa.]]

Enquanto isso, em meio ao clero saxônio, aconteceram renúncias ao voto de castidade, ao mesmo tempo em que outros tantos atacavam os votos monásticos. Entre outras coisas, muitos realizaram a troca das formas de adoração e terminaram com as missas, assim como a eliminação das imagens nas igrejas e a ab-rogação do celibato. Ao mesmo tempo em que Lutero escrevia ''"a todos os cristãos para que se resguardem da insurreição e rebelião"''. Seu casamento com a ex-freira [[cisterciense]] [[Catarina von Bora]] incentivou o casamento de outros padres e freiras que haviam adotado a Reforma. Com estes e outros atos consumou-se o rompimento definitivo com a Igreja Romana.<ref>{{Citar web|url = http://www.musicaeadoracao.com.br/diversos/martinho_lutero.htm| titulo =Música e Adoração|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref> Em janeiro de [[1521]] foi realizada a [[Dieta de Worms]], que teve um papel importante na Reforma, pois nela Lutero foi convocado para desmentir as suas teses, no entanto ele defendeu-as e pediu a reforma.<ref>{{Citar web|url = http://www.monergismo.com/textos/biografias/lutero_storms.htm| titulo =Monergismo|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref> Autoridades de várias regiões do [[Sacro Império Romano-Germânico]] pressionadas pela população e pelos luteranos, expulsavam e mesmo assassinavam sacerdotes católicos das igrejas,<ref name="Janssen, Johannes 1891"/> substituindo-os por religiosos com formação luterana.<ref name="Gislane e Reinaldo">''História''. Volume Único. Gislane Campos Azevedo e Reinaldo Seriacopi. Editora Ática. 2007. ISBN 978-85-08-11075-9. Pág.: 143.</ref>

Toda essa rebelião ideológica resultou também em rebeliões armadas, com destaque para a [[Guerra dos camponeses]] ([[1524]]-[[1525]]). Esta guerra foi, de muitas maneiras, uma resposta aos discursos de Lutero e de outros reformadores. Revoltas de camponeses já tinham existido em pequena escala em [[Flandres]] ([[1321]]-[[1323]]), na [[França]] ([[1358]]), na [[Inglaterra]] ([[1381]]-[[1388]]), durante as [[guerras hussitas]] do [[século XV]], e muitas outras até o [[século XVIII]]. A revolta foi incitada principalmente pelo seguidor de Lutero, [[Thomas Münzer]],<ref name="Gislane e Reinaldo"/> que comandou massas camponesas contra a nobreza imperial, pois propunha uma sociedade sem diferenças entre ricos e pobres e sem propriedade privada,<ref name="Gislane e Reinaldo"/> Lutero por sua vez defendia que a existência de ''"senhores e servos"'' era vontade divina,<ref name="Gislane e Reinaldo"/> motivo pelo qual eles romperam,<ref>''História das cavernas ao terceiro milênio''. Myriam Becho Mota. Patrícia Ramos Braick. Volume I. Editora Moderna. Pág.: 179. ISBN 85-16-0402-4.</ref> sendo que Lutero condenou Münzer e essa revolta.<ref>{{Citar web|url = http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,542971,00.html| titulo =DW-World|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref>

[[Ficheiro:ReformationsdenkmalGenf1.jpg|thumb|175px|left| O [[Museu Internacional da Reforma Protestante de Genebra|Muro dos Reformadores]]. Da esquerda à direita, estátuas de [[Guilherme Farel]], [[João Calvino]], [[Teodoro de Beza]] e [[John Knox]].]]

Em [[1530]] foi apresentada na Dieta imperial convocada pelo Imperador [[Carlos V]], realizada em abril desse ano, a [[Confissão de Augsburgo]], escrita por [[Felipe Melanchton]] <ref>{{Citar web|url = http://www.griep.com.br/clientes/ielb/tpls/162.asp?idPg=430&mAb=s&idCadastro=21| titulo =IELB|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref> com o apoio da [[Liga de Esmalcalda]]. Os representantes católicos na Dieta resolveram preparar uma refutação ao documento luterano em agosto, a ''Confutatio Pontificia'' (Confutação), que foi lida na Dieta. O Imperador exigiu que os luteranos admitissem que sua Confissão havia sido refutada. A reação luterana surgiu na forma da ''Apologia da Confissão de Augsburgo'', que estava pronta para ser apresentada em setembro do mesmo ano, mas foi rejeitada pelo Imperador. A ''Apologia'' foi publicada por Felipe Melanchton no fim de maio de [[1531]], tornando-se confissão de fé oficial quando foi assinada, juntamente com a [[Confissão de Augsburgo]], em Esmalcalda, em 1537.<ref>{{Citar web|url = http://www.celst.org.br/historia.htm| titulo =CELST (Comunidade Evangélica Luterana Santíssima Trindade)|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref>

Ao mesmo tempo em que ocorria uma reforma em um sentido determinado, alguns grupos protestantes realizaram a chamada ''Reforma Radical''. Queriam uma reforma mais profunda. Foram parte importante dessa reforma radical os [[Anabatistas]], cujas principais características eram a defesa da total separação entre igreja e estado e o "novo batismo" <ref>{{Citar web|url = http://www.aguasvivas.ws/revista/48/espigando2.htm| titulo =Águas Vivas|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref> (que em [[Língua grega|grego]] é ''anabaptizo'').<ref>{{Citar web|url = http://www.helenica.com.br/site_novo/my_documents/my_files/Palavras_que_cheiram_mar_2.pdf |fomato = PDF| titulo =Helênica|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref>

[[Ficheiro:John Calvin.jpg|thumb|150px|right|[[João Calvino]].]]

Enquanto na Alemanha a reforma era liderada por Lutero, Na França e na Suíça a Reforma teve como líderes [[João Calvino]] e [[Ulrico Zuínglio]] .

[[João Calvino]] foi inicialmente um [[humanista]]. Nunca foi ordenado sacerdote. Depois do seu afastamento da Igreja católica, este intelectual começou a ser visto como um representante importante do movimento protestante.<ref>{{Citar web|url = http://www.saranossaterrapt.com/content/view/120/265| titulo =Sara Nossa Terra|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref> Vítima das perseguições aos [[huguenotes]] na França, fugiu para [[Genebra]] em [[1533]] <ref>{{Citar web|url = http://www.cacp.org.br/estudos/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=870&menu=7&submenu=3| titulo =[[CACP]]|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref> onde faleceu em [[1564]]. [[Genebra]] tornou-se um centro do protestantismo europeu e João Calvino permanece desde então como uma figura central da história da cidade e da Suíça. Calvino publicou as [[Institutas da Religião Cristã]],<ref>{{Citar web|url = http://www.mackenzie.br/7036.html| titulo =Portal Mackenzie|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref> que são uma importante referência para o sistema de doutrinas adotado pelas [[Igrejas Reformadas]].<ref>{{Citar web|url = http://www.teuministerio.com.br/BRSPIPBRAIPD4/vsItemDisplay.dsp&objectID=B48FD152-099A-427B-B0722510E2F73B05&method=display| titulo =Teu Ministério|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref>

Os problemas com os huguenotes somente concluíram quando o Rei [[Henrique IV da França|Henry IV]], um ex-huguenote, emitiu o [[Édito de Nantes]], declarando tolerância religiosa e prometendo um reconhecimento oficial da minoria protestante, mas sob condições muito restritas. O catolicismo se manteve como religião oficial estatal e as fortunas dos protestantes franceses diminuíram gradualmente ao longo do próximo século, culminando na Louis XIV do [[Édito de Fontainebleau]], que revogou o Édito de Nantes e fez do catolicismo única religião legal na França. Em resposta ao Édito de Fontainebleau, Frederick William de [[Brandemburgo]] declarou o Édito de Potsdam, dando passagem livre para franceses huguenotes refugiados e status de isenção de impostos a eles durante 10 anos.

[[Ulrico Zuínglio]] foi o líder da reforma suíça e fundador das igrejas reformadas suíças. Zuínglio não deixou igrejas organizadas, mas as suas doutrinas influenciaram as confissões calvinistas. A reforma de Zuínglio foi apoiada pelo magistrado e pela população de [[Zurique]], levando a mudanças significativas na vida civil e em assuntos de estado em Zurique.<ref>{{Citar web|url = http://www.levandoapalavra.com/Ministerial/herois/ulricozuinglio.htm| titulo =Levando a Palavra|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref>

=== No Reino Unido ===
O curso da Reforma foi diferente na [[Inglaterra]]. Desde muito tempo atrás havia uma forte corrente anticlerical, tendo a Inglaterra já visto o movimento [[Lollardo]], que inspirou os [[Hussitas]] na [[Boémia]]. No entanto, ao redor de [[1520]] os [[lollardos]] já não eram uma força ativa, ou pelo menos um movimento de massas.

[[Ficheiro:Henry8England.jpg|thumb|150px|left|[[Henrique VIII]].]]

Embora [[Henrique VIII de Inglaterra|Henrique VIII]] tivesse defendido a [[Igreja Católica]] com o livro ''[[Assertio Septem Sacramentorum]]'' (''Defesa dos Sete Sacramentos''), que contrapunha as 95 Teses de Martinho Lutero, Henrique promoveu a Reforma Inglesa para satisfazer as suas necessidades políticas. Sendo este casado com [[Catarina de Aragão]], que não lhe havia dado filho homem, Henrique solicitou ao Papa [[Clemente VII]] a anulação do casamento.<ref name="saberhistoria.hpg.ig.com.br">{{Citar web|url = http://www.saberhistoria.hpg.ig.com.br/nova_pagina_107.htm| titulo =Saber História|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref> Perante a recusa do [[Papado]], Henrique fez-se proclamar, em [[1531]], protetor da Igreja inglesa. O [[Ato de Supremacia]], votado no Parlamento em novembro de [[1534]], colocou Henrique e os seus sucessores na liderança da igreja, nascendo assim o [[Anglicanismo]]. Os súditos deveriam submeter-se ou então seriam excomungados, perseguidos <ref>{{Citar web|url = http://www.veritatis.com.br/article/4690| titulo =Veritatis|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref> e executados, tribunais religiosos foram instaurados e católicos foram obrigados à assistir cultos protestantes,<ref>Macaulay. ''A História da Inglaterra''. Leipzig, pag.:54.</ref> muitos importantes opositores foram mortos, tais como [[Thomas More]], o Bispo [[John Fischer]] e alguns [[sacerdote]]s, frades franciscanos e [[monge]]s [[cartucho]]s. Quando Henrique foi sucedido pelo seu filho [[Eduardo VI de Inglaterra|Eduardo VI]] em [[1547]], os protestantes viram-se em ascensão no governo. Uma reforma mais radical foi imposta diferenciando o anglicanismo ainda mais do catolicismo.<ref>{{Citar web|url = http://www.cleofas.com.br/virtual/texto.php?doc=ESTEVAO&id=deb0626| titulo =Cleofas|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref>

Seguiu-se uma breve reação [[católica]] durante o reinado de [[Maria I de Inglaterra|Maria I]] ([[1553]]-[[1558]]). De início moderada na sua política religiosa, Maria procura a reconciliação com [[Roma]], consagrada em [[1554]], quando o [[Parlamento]] votou o regresso à obediência ao Papa.<ref name="saberhistoria.hpg.ig.com.br"/> Um consenso começou a surgir durante o reinado de [[Isabel I de Inglaterra|Elizabeth I]]. Em [[1559]], Elizabeth I retornou ao anglicanismo com o restabelecimento do ''Ato de Supremacia'' e do ''Livro de Orações'' de [[Eduardo VI]]. Através da ''Confissão dos Trinta e Nove Artigos'' (1563), Elizabeth alcançou um compromisso entre o [[protestantismo]] e o [[catolicismo]]: embora o dogma se aproximasse do [[calvinismo]], só admitindo como sacramentos o [[Batismo]] e a [[Eucaristia]], foi mantida a hierarquia episcopal e o fausto das cerimônias religiosas.

[[Ficheiro:John Knox.jpg|thumb|right|[[John Knox]].]]

A Reforma na [[Inglaterra]] procurou preservar o máximo da Tradição Católica (episcopado, liturgia e sacramentos). A Igreja da Inglaterra sempre se viu como a ''ecclesia anglicanae'', ou seja, ''A Igreja cristã na Inglaterra'' e não como uma derivação da Igreja de [[Roma]] ou do movimento reformista do [[século XVI]]. A Reforma Anglicana buscou ser a "via média" entre o catolicismo e o protestantismo.<ref>{{Citar web|url = http://www.metodista.br/ppc/correlatio/correlatio10/a-tensao-entre-substancia-catolica-e-principio-protestante-no-anglicanismo| titulo =Metodista|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref>
Em [[1561]] apareceu uma confissão de fé com uma Exortação à Reforma da Igreja modificando seu sistema de liderança, pelo qual nenhuma igreja deveria exercer qualquer autoridade ou governo sobre outras, e ninguém deveria exercer autoridade na Igreja se isso não lhe fosse conferido por meio de eleição. Esse sistema, considerado "separatista" pela Igreja Anglicana, ficou conhecido como [[Congregacionalismo]].<ref>{{Citar web|url = http://www.centrowhite.org.br/textos.pdf/09/congregacionalismo.pdf|formato= pdf|titulo =Centro White|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref> Richard Fytz é considerado o primeiro pastor de uma igreja ''congregacional'', entre os anos de 1567 e 1568, na cidade de [[Londres]]. Por volta de [[1570]] ele publicou um manifesto intitulado ''As Verdadeiras Marcas da Igreja de Cristo''.<ref>{{Citar web|url = http://www.iect.com.br/portal/tiki-pagehistory.php?page=PG_Somos&diff=29| titulo =IECT (Igreja Evangélica Congregacional da Tijuca)|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref> Em 1580 [[Robert Browne]], um clérigo [[anglicano]] que se tornou separatista, junto com o leigo Robert Harrison, organizou em [[Norwich]] uma congregação cujo sistema era congregacionalista,<ref>{{Citar web|url = http http://www.mackenzie.br/7058.98.html| titulo =Portal Mackenzie|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref> sendo um claro exemplo de igreja desse sistema.

Na [[Escócia]], [[John Knox]] (1505-1572), que tinha estudado com [[João Calvino]] em [[Genebra]], levou o Parlamento da Escócia a abraçar a Reforma Protestante em [[1560]], sendo estabelecido o [[Presbiterianismo]]. A primeira Igreja Presbiteriana, a [[Church of Scotland]] (ou Kirk), foi fundada como resultado disso.<ref name="arminianismo.com">{{Citar web|url = http://www.arminianismo.com/index.php?option=com_content&task=view&id=346&Itemid=99999999| titulo =Arminianismo|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref>

=== Nos Países Baixos e na Escandinávia ===
[[Ficheiro:Holbein-erasmus3.jpg|thumb|150px|left|[[Erasmo de Roterdão]].]]

A Reforma nos [[Países Baixos]], ao contrário de muitos outros países, não foi iniciado pelos governantes das Dezessete Províncias, mas sim por vários movimentos populares que, por sua vez, foram reforçados com a chegada dos protestantes refugiados de outras partes do continente. Enquanto o movimento [[Anabatista]] gozava de popularidade na região nas primeiras décadas da Reforma, o calvinismo, através da Igreja Reformada Holandesa, tornou a fé protestante dominante no país desde a década de [[1560]] em diante. No início de agosto de [[1566]], uma multidão de protestantes invadiu a Igreja de Hondschoote na Flandres (atualmente Norte da [[França]]) com a finalidade de destruir as imagens católicas,<ref>Van der Horst, Han (2000). Nederland, de vaderlandse geschiedenis van de prehistorie tot nu (in Dutch) (3rd ed.). Bert Bakker. pp. 133. ISBN 90-351-2722-6.</ref><ref>Spaans, J. ''"Catholicism and Resistance to the Reformation in the Northern Netherlands".'' In: Benedict, Ph.</ref><ref>Spaans, J. ''Reformation, Revolt and Civil War in France and the Netherlands'', 1555-1585 (Amsterdam 1999), 149-163.</ref> esse incidente provocou outros semelhantes nas províncias do norte e sul, até Beeldenstorm, em que calvinistas invadiram igrejas e outros edifícios católicos para destruir estátuas e imagens de santos em toda a [[Holanda]], pois de acordo com os calvinistas, estas estátuas representavam culto de ídolos. Duras perseguições aos protestantes pelo governo espanhol de [[Felipe II]] contribuíram para um desejo de independência nas províncias, o que levou à [[Guerra dos Oitenta Anos]] e eventualmente, a separação da zona protestante (atual [[Holanda]], ao norte) da zona católica (atual [[Bélgica]], ao sul).<ref name="arminianismo.com"/>

Teve grande importância durante a Reforma um teólogo holandês: [[Erasmo de Roterdã]]. No auge de sua fama literária, foi inevitavelmente chamado a tomar partido nas discussões sobre a Reforma. Inicialmente, Erasmo se simpatizou com os principais pontos da crítica de Lutero, descrevendo-o como "uma poderosa trombeta da verdade do evangelho" e admitindo que, "É claro que muitas das reformas que Lutero pede são urgentemente necessárias.".<ref>Galli, Mark, and Olsen, Ted. 131 Christians Everyone Should Know. Nashville: Holman Reference, 2000, p. 344.</ref> Lutero e Erasmo demonstraram admiração mútua, porém Erasmo hesitou em apoiar Lutero devido a seu medo de mudanças na doutrina. Em seu Catecismo (intitulado ''Explicação do Credo Apostólico'', de 1533), Erasmo tomou uma posição contrária a Lutero por aceitar o ensinamento da "Sagrada Tradição" não escrita como válida fonte de inspiração além da Bíblia, por aceitar no cânon [[Bíblia|bíblico]] os [[livros deuterocanônicos]] e por reconhecer os sete sacramentos.<ref>''Opera omnia Desiderii Erasmi Roterodami'', vol. V/1, Amsterdam: Norht-Holland, pp. 278-290</ref> Estas e outras discordâncias, como por exemplo, o tema do [[Livre arbítrio]] fizeram com que Lutero e Erasmo se tornassem opositores.

[[Ficheiro:Helsinki Cathedral in July 2004.jpg|thumb|175px|right|Catedral luterana em [[Helsinque]], [[Finlândia]].]]

Na [[Dinamarca]], a difusão das idéias de [[Lutero]] deveu-se a [[Hans Tausen]]. Em [[1536]] <ref name="pime.org.br">{{Citar web|url = http://www.pime.org.br/missaojovem/mjhistdaigrejadividido.htm| titulo =Missão Jovem|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref> na Dieta de [[Copenhaga]], o rei Cristiano III aboliu a autoridade dos bispos católicos, tendo sido confiscados os bens das igrejas e dos mosteiros. O rei atribuiu a Johann Bugenhagen, discípulo de [[Lutero]], a responsabilidade de organizar uma [[Igreja Luterana]] nacional.<ref>{{Citar web|url = http://www.centrodeliteratura-ieclb.com.br/noticia.php?id=1723| titulo =Centro de literatura|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref> A Reforma na [[Noruega]] e na [[Islândia]] foi uma conseqüência da dominação da [[Dinamarca]] sobre estes territórios; assim, logo em [[1537]] ela foi introduzida na [[Noruega]] e entre [[1541]] e [[1550]] <ref name="pime.org.br"/> na [[Islândia]], tendo assumido neste último território características violentas.

Na [[Suécia]], o movimento reformista foi liderado pelos irmãos Olaus Petri e Laurentius Petri. Teve o apoio do rei [[Gustavo I Vasa]],<ref>{{Citar web|url = http://www.monergismo.com/textos/historia/missoes_reforma.htm| titulo =Monergismo|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref> que rompeu com [[Roma]] em [[1525]], na Dieta de Vasteras. O [[luteranismo]], então, penetrou neste país estabelecendo-se em [[1527]].<ref name="pime.org.br"/> Em [[1593]], a Igreja sueca adotou a [[Confissão de Augsburgo]]. Na [[Finlândia]], as igrejas faziam parte da Igreja sueca até o início do século XIX, quando foi formada uma igreja nacional independente, a Igreja Evangélica Luterana da Finlândia.

=== Em outras partes da Europa ===
Na [[Hungria]], a disseminação do protestantismo foi auxiliada pela minoria étnica alemã, que podia traduzir os escritos de Lutero. Enquanto o [[Luteranismo]] ganhou uma posição entre a população de língua alemã, o [[Calvinismo]] se tornou amplamente popular entre a etnia húngara.<ref>Revesz, Imre, History of the Hungarian Reformed Church, Knight, George A.F. ed., ''Hungarian Reformed Federation of America'' (Federação Reformada Húngara da América) (Washington, D.C.: 1956).</ref> Provavelmente, os protestantes chegaram a ser maioria na Hungria até o final do século XVI, mas os esforços da [[Contra-Reforma]] no século XVII levaram uma maioria do reino de volta ao catolicismo.<ref>{{Citar web|url = http://www.eldrbarry.net/heidel/eeurorsc.htm| titulo =Eldr Barry|lingua= inglês|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref>

Fortemente perseguida, a Reforma praticamente não penetrou em [[Portugal]] e [[Espanha]]. Ainda assim, uma missão francesa enviada por [[João Calvino]] se estabeleceu em 1557 numa das ilhas da [[Baía de Guanabara]], localizada no [[Brasil]], então colônia de Portugal. Ainda que tenha durado pouco tempo, deixou como herança a [[Confissão de Fé da Guanabara]].<ref>{{Citar web|url = http://www.ipb.org.br/noticias/noticia_inteligente.php3?id=991| titulo =IPB (Igreja Presbiteriana do Brasil)|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref> Por volta de [[1630]], durante o [[domínio holandês]] em [[Pernambuco]], a [[Igreja Cristã Reformada]] (Igreja Protestante na Holanda) instalou-se no Brasil. Tinha ao conde [[Maurício de Nassau]] como seu [[membro]] mais ilustre. Esse período se encerrou com a [[guerra]] de [[Restauração]] [[portuguesa]].<ref>http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/indios_protestantes_no_brasil_holandes_2.html</ref> Na Espanha, as ideias reformadas influíram em dois monges católicos: [[Casiodoro de Reina]], que fez a primeira tradução da Bíblia para o idioma espanhol, e [[Cipriano de Valera]], que fez sua revisão,<ref>{{Citar web|url = http://www.ielb.org.br/tpls/162.asp?idPg=430&mAb=s&idCadastro=37| titulo =IELB|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref> originando a conhecida como [[Biblia Reina-Valera]].<ref>{{Citar web|url = http://www.literaturabautista.com/defensa/defensareina.htm| titulo =Literatura Bautista|lingua= espanhol|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref>

== Consequências ==
=== Contrarreforma ===
{{AP|[[Contrarreforma]]}}

[[Ficheiro:Francois_Dubois_001.jpg|thumb|200px|right|[[Massacre de São Bartolomeu]].]]

Imediatamente após o início da Reforma Protestante, a [[Igreja Católica Romana]] decidiu tomar medidas para frear o avanço da Reforma. Realizou-se, então, o [[Concílio de Trento]] (1545-1563),<ref>{{Citar web| url = http://asv.vatican.va/es/arch/concilio.htm| titulo =Archivo Secreto Vaticano|lingua= espanhol|acessodata=[[20 de outubro]] de 2008}}</ref> que resultou no início da [[Contrarreforma]] ou Reforma Católica,<ref>{{Citar web|url = http://www.saberhistoria.hpg.ig.com.br/nova_pagina_109.htm| titulo =Saber História|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref> na qual os [[Jesuítas]] tiveram um papel importante.<ref>{{Citar web|url = http://www.lepanto.com.br/HagStoInacio.html| titulo =Lepanto|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref> A [[Inquisição]] e a censura exercida pela Igreja Católica foram igualmente determinantes para evitar que as ideias reformadoras encontrassem divulgação em [[Portugal]], [[Espanha]] ou [[Itália]], países católicos.<ref>{{Citar web| url = http://www.jornalagaxeta.com.br/religiao_32_05.php| titulo = Jornal A Gaxéta|acessodata=[[20 de outubro]] de 2008}}</ref>

O biógrafo de João Calvino, o francês Bernard Cottret, escreveu: "Com o [[Concílio de Trento]] (1545-1563)… trata-se da racionalização e reforma da vida do clero. A Reforma Protestante é para ser entendida num sentido mais extenso: ela denomina a exortação ao regresso aos valores cristãos de cada "indivíduo"". Segundo Bernard Cottret, "A reforma cristã, em toda a sua diversidade, aparece centrada na teologia da salvação. A salvação, no Cristianismo, é forçosamente algo de individual, diz mais respeito ao indivíduo do que à comunidade",<ref>{{Citar web|url = http://www.boasnovas.tv/programas/antenados/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=50|titulo =Águas Vivas|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref> diferente da pregação católica que defende a salvação na igreja.<ref>{{Citar web|url = http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL66655-5602,00.html| titulo =Globo|acessodata=[[18 de outubro]] de 2008}}</ref>

O principal acontecimento da contra-reforma foi o [[Massacre da noite de São Bartolomeu]]. As matanças, organizadas pela casa real francesa, começaram em [[24 de Agosto]] de [[1572]] e duraram vários meses, inicialmente em [[Paris]] e depois em outras cidades francesas, vitimando entre 70.000 e 100.000 protestantes franceses (chamados [[huguenotes]]).<ref>{{Citar web|url = http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,320214,00.html| titulo =DW-World|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref>

=== Protestantismo ===
{{AP|[[Protestantismo]]}}

Um dos pontos de destaque da reforma é o fato de ela ter possibilitado um maior acesso à Bíblia, graças às traduções feitas por vários reformadores (entre eles o próprio Lutero) a partir do [[latim]] para as línguas nacionais.<ref>{{Citar web|url = http://www.antropos.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=111&Itemid=38| titulo =Antropos|acessodata=[[13 de outubro]] de 2008}}</ref> Tal liberdade fez com que fossem criados diversos grupos independentes, conhecidos como [[Protestantismo#Ramos|denominações]]. Nas primeiras décadas após a Reforma Protestante, surgiram diversos grupos, destacando o [[Luteranismo]] e as [[Igrejas Reformadas]] ou [[Calvinismo|calvinistas]] ([[Presbiterianismo]] e [[Congregacionalismo]]). Nos séculos seguintes, surgiram outras denominações reformadas, com destaque para os [[Batistas]] e os [[Metodistas]].

A seguir, uma tabela ilustrando o surgimento das diferentes correntes ou ramos do Protestantismo através dos séculos.

[[Ficheiro:Protestantbranches pt.svg|thumb|center|600px|Ramos do Protestantismo.]]

== {{Ver também}} ==
* [[Protestantismo]]
* [[Igreja Protestante]]
* [[Evangelicalismo]]
* [[Protestantes por país]]
* [[Justificação (teologia)]]
* [[Salvação]]
* [[Dissidentes ingleses]]
* [[Museu Internacional da Reforma Protestante de Genebra]]
* [[Contrarreforma]]
* [[Livro de Concórdia]]
* [[Dieta de Worms]]
* [[Controvérsias no Protestantismo]]

{{referências|col=3}}

== {{Ligações externas}} ==
* {{link|pt|2=http://orbita.starmedia.com/achouhp/historia/reforma_religiosa.htm|3=A Reforma Religiosa}}
* {{link|pt|2=http://slidespowerpoint.googlepages.com/ReformaProtestante.ppt|3=Slides sobre a Reforma protestante}}
* {{link|pt|2=http://GracaMaior.com.br|3=Os Sola’s da Reforma}}

{{Cristianismo2}}
{{Protestantismo}}

{{Artigo destacado}}

[[Categoria:Protestantismo]]
[[Categoria:Reforma Protestante]]
[[Categoria:Idade Moderna]]

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[[af:Protestantse Hervorming]]
[[als:Reformation]]
[[an:Reforma Protestant]]
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[[hy:Ռեֆորմացիա]]
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Revisão das 11h32min de 22 de outubro de 2012

As 95 Teses de Lutero, Disputatio pro declaratione virtutis indulgentiarum, 1522

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Lutero toma activia e vai no shopping