Reino Tulúnida foi o Estado independente de facto surgido em 868 quando Amade ibne Tulune(r. 868–884), o governador do Egito, decidiu agir independentemente do governo central do Califado Abássida(750–1258) em Bagdá. Seu nome se refere à dinastia turca iniciada por Amade. Entre 868 e 872, Amade agiu como governador e estabeleceu sólida base militar e financeira na província com a qual se expandiu em direção a Síria e tomou os tesouros egípcio e sírio. Em 877, pela falta de pagamento dos tributos de Bagdá, foi atacado por tropas califais, as quais derrotou e tomou definitivamente a Síria.[1]
Sob Amade, as províncias se desenvolveram comercial, industrial e agriculturalmente e tradições artísticas abássidas de Bagdá e Samarra foram levadas ao Islã Ocidental. Grande programa de obras públicas foi iniciado e nele a capital tulúnida de Alcatai e a grande Mesquita de Amade ibne Tulune (baseada na Grande Mesquita de Samarra do califaMutavaquil) foram erigidas. Sob Cumarauai(r. 884–896), filho de Amade, a estabilidade financeira e militar do Estado ruiu e entrou em rápido declínio sob Jaixe(r. 896), Harune(r. 896–904) e Xaibã(r. 904–905). Com a reconquista califal em 905, a arte egípcia degradou até se recompor com a conquista pelo Califado Fatímida(909–1171) em 969.[1]