Império Monomotapa

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Império Monomotapa
1430 — 1759 
Escudo
Escudo
Escudo

Império Monomotapa em 1635
Região África subsaariana
Capital Grande Zimbábue
Países atuais

Línguas oficiais xona
Religiões Animismo

Forma de governo Monarquia
Muenemutapa
• c. 1430-1450  Niatsimba Mutota (primeiro)
• 1740-1759  Debué Mupunzagutu (ultimo)

Período histórico
• 1430  Fundação
• 1759  Dissolução

O Império Monomotapa (também grafado Mwenemutapa, Muenemutapa, ou ainda Monomatapa, que era o título do seu chefe) foi um império que floresceu entre os séculos XV e XVIII na região sul do rio Zambeze, entre o planalto do Zimbábue e o Oceano Índico, com extensões provavelmente até ao rio Limpopo.[1] Segundo alguns, o império Monomotapa ficava em Mebiri, ao norte da atual cidade de Harare,[2] no atual Zimbábue.

Descrição[editar | editar código-fonte]

Este estado africano era poderoso, uma vez que controlava uma grande cadeia de minas e de metalurgia de ferro e ouro, cujos produtos eram procurados por mercadores de outras regiões do mundo.[carece de fontes?]

História[editar | editar código-fonte]

As origens da dinastia governante remontam à primeira metade do século XV.[3] De acordo com a tradição oral, o primeiro "mwene" foi príncipe guerreiro de um reino xona ao sul, chamado Niatsimba Mutota, enviado para encontrar novas fontes de sal ao norte.[4] Mututa encontrou o sal entre os tavaras, uma subdivisão dos xonas que era notória caçadora de elefantes. Foram então conquistados,[5] e sua capital estabelecida a 358 quilômetros ao norte do Grande Zimbábue, no Monte Fura, perto do rio Zambeze.[6]

O primeiro europeu a tomar contato com a cidade de Grande Zimbábue, capital de Monomotapa, teria sido o navegador e explorador Português Sancho de Tovar[7] Este Estado africano possuía ricas minas de ouro. O ouro teria sido a razão pela qual os portugueses engendraram a conquista do território. O ouro era trocado pelos moradores por mercadorias que os portugueses ofereciam e, num primeiro momento, justificou a manutenção lusa no atual território moçambicano, a partir de Sofala.[8]

Quando da exploração da costa oriental africana por Vasco da Gama, colheram, os portugueses, informes de que havia ouro em quantidade na região, vindo dum reino não muçulmano. Tais informações foram confirmadas pelo explorador Sancho de Tovar.

Numa primeira tentativa, procuraram cooptar a aristocracia local, sem sucesso. Em 1567, travou-se a guerra que veio, enfim, destruir o império Monomotapa. Para tal, Portugal, com o ataque sob a direcção do vice-rei Rui Lourenço de Távora[9], contou com a ajuda do rei do Maláui Esta conquista possibilitou a consolidação dos portugueses no território de Moçambique.[carece de fontes?]

Referências

  1. UEM, Departamento de História, 1982. História de Moçambique Volume 1: Primeiras Sociedades Sedentárias e Impacto dos Mercadores. Cadernos TEMPO. Maputo.
  2. [1] Arquivado em 19 de setembro de 2008, no Wayback Machine., pesquisado em 15 de outubro de 2007, às 12:25
  3. Oliver, Roland & Anthony Atmore (1975). Medieval Africa 1250-1800. Cambridge: Cambridge University Press, 738. ISBN 0-52120-413-5., page 203
  4. Oliver, page 203
  5. Oliver, page 204
  6. Cambridge History of Africa V.5, CUP, Cambridge, 1981
  7. artigo "Figuras do Outro: identidades pós-coloniais no romance moçambicano contemporâneo", Prefácio, citando a obra "Santos, M. Emilia Madeira, Viagens de Exploração terrestre dos portugueses em África. Lisboa: Centro de estudos de cartografia antiga, 1978. (página acessada em 18 de outubro de 2008)
  8. artigo, Moçambique como centro de articulação do comércio português do Índico Afro-Asiático - A conquista da África oriental. Corcino Medeiros dos Santos (página acessada em 18 de outubro de 2008)
  9. Távora (Rui Lourenço de), Portugal - Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico, Volume VII, págs. 54-55, Edição em papel © 1904-1915 João Romano Torres - Editor, Edição electrónica © 2000-2016 Manuel Amaral

Ver também[editar | editar código-fonte]

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