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Relações entre China e Tailândia

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Relações entre China e Tailândia
Bandeira da China   Bandeira da Tailândia
Mapa indicando localização da China e da Tailândia.
Mapa indicando localização da China e da Tailândia.
  China

As relações entre China e Tailândia referem-se às relações diplomáticas entre a República Popular da China e o Reino da Tailândia. Historicamente, a Tailândia foi um Estado formado a partir da imigração intensa de chineses do sul da China. Os laços bilaterais entre os dois países se iniciaram, oficialmente, em novembro de 1975, depois de anos de negociações entre a monarquia tailandesa e o regime comunista chinês.[1][2][3]

Antecedentes: proteção de Malaca contra os tais

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O Sultanato de Malaca voluntariamente se tornou um protetorado e estado tributário para a dinastia Ming, da China, que protegia Malaca contra os seus inimigos com a força militar, permitindo que o sultanato muçulmano pudesse prosperar. os chineses repeliam Sião e Majapait em suas tentativas de conquistar Malaca, e também envolveram-se em guerra contra Portugal, que também desejava a conquista de Malaca.[4]

Na base de Malaca, os povos nativos tinham o Hinduísmo e Budismo como influência. De acordo com os registros, Malaca foi muitas vezes atacada pelos antigos inimigos Majapait e os rivais do reino de Ayutthaya. Malacca foi capaz de segurar sua posição e lutar contra os inimigos. O sultão Parameswara decidiu enviar seu embaixador para visitar o Imperador da China, uma superpotência no período, e ambos concordaram em se tornar aliados. O acordo entre o Império Malaca e o Império da China tratava principalmente das tentativas de conquista por parte do reino de Ayutthaya (atual Tailândia) e Império de Majapait. Mais tarde, alguns registros sugerem que, durante as atividades comerciais e com a chegada do almirante chinês-muçulmano "Cheng Ho" ou Zheng He, Parameswara converteu-se ao Islão e adotou um nome islâmico, Sultão Iskandar Shah. A nova religião espalhou-se rapidamente por toda o sultanato.[4]

Por diversas vezes, a dinastia Mingue, da China, advertiu Sião e Majapait contra a tentativa de conquistar e atacar o sultanato de Malaca, colocando o Sultanato de Malaca sob proteção chinesa como um protetorado, e dando ao governante de Malaca o título de Rei. Os chineses reforçaram vários armazéns em Malaca. O sultanato muçulmano floresceu devido à proteção chinesa contra Sião e outras potências que queriam atacar Malaca. A Tailândia foi também um afluente para a China e teve de obedecer às ordens da China de não atacar.[5][6][7][4]

História recente

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Em junho de 1963, o rei tailandês Bhumibol Adulyadej e sua esposa visitaram Taipé, na República da China. Em 1969, o ministro da Defesa Nacional da China, Chiang Ching-kuo visitou Bangkok como enviado especial do governo da República da China, para se reunir com o rei tailandês. A Tailândia passou a reconhecer a República Popular da China em julho de 1975.[8]

Antes de 1975, as relações entre os dois países foi de uma suspeita mútua, já que a China supostamente patrocinava e apoiava facções de esquerda dentro do círculo político tailandês, além da Tailândia ter feitos críticas sobre o envolvimento chinês em conflitos no Camboja.[2]

As relações entre China e Tailândia evoluíram positivamente em 1978, quando os chineses continuaram apoiando a Tailândia durante o conflito interno do Camboja, pelo qual as forças marxistas do Vietnã derrubaram Khmer Vermelho do poder, que ameaçava a segurança do Sudeste asiático.[9]As relações continuaram a se desenvolver com o comércio entre chineses e tailandeses, já que a economia tornou-se o tema dominante nas relações bilaterais. A Tailândia continua a apoiar a política de uma só China, apesar de mantér relações oficiais com Taiwan. A República Popular da China permite que a Tailândia tenha acesso ao capital e ao enorme mercado da China continental.[3][8]

As relações comerciais bilaterais têm crescido a cada ano. O volume de comércio bilateral em 1999 foi de US$ 4,22 bilhões, chegando a um total de US$ 25,3 bilhões em 2006, 31,07 bilhões em 2007 e 36,2 bilhões em 2008. A transformação da China em uma grande potência econômica no século XXI levou a um aumento dos investimentos estrangeiros no país.[10][11][12]

Os principais itens de exportação da China para a Tailândia foram componentes de computador, motores elétricos, eletrônicos de consumo, maquinaria, produtos metálicos, produtos químicos e roupas. A exportação da Tailândia para a China tem sido borracha, petróleo refinado, pellets de plástico, eletrônicos químicos, petróleo bruto, produtos de madeira e alimentos.[13][14]

A China é o segundo maior importador de produtos da Tailândia. Os dois países assinaram um Acordo de Livre-Comércio em 2003, que cobre produtos agrícolas.[15][16][17][18]

Referências

  1. «Thailand's foreign relations under the new government». Consultado em 29 de julho de 2014 
  2. a b Editorial (30 de junho de 2009). «Sino-Thai relations have come a long way». The Nation. Consultado em 23 de novembro de 2016. Arquivado do original em 22 de outubro de 2016 
  3. a b «A Hiatus in the Sino-Thai "Special Relationship"». China Brief Volume: 6 Issue: 19. 9 de maio de 2007 
  4. a b c Karl Hack, Tobias Rettig (2006). Karl Hack, Tobias Rettig, ed. Colonial armies in Southeast Asia. Volume 33 of Routledge studies in the modern history of Asia illustrated ed. [S.l.]: Psychology Press. p. 21. ISBN 0-415-33413-6. Consultado em 14 de dezembro de 2011 
  5. Warren I. Cohen (2000). East Asia at the center: four thousand years of engagement with the world illustrated ed. [S.l.]: Columbia University Press. p. 175. ISBN 0-231-10109-0. Consultado em 14 de dezembro de 2011 
  6. Kenneth Warren Chase (2003). Firearms: a global history to 1700 illustrated ed. [S.l.]: Cambridge University Press. p. 51. ISBN 0-521-82274-2. Consultado em 14 de dezembro de 2011 
  7. Colonial armies in Southeast Asia. [S.l.]: Routledge. p. 21. ISBN 1-134-31476-0. Consultado em 14 de dezembro de 2011 
  8. a b «Taiwan mourns death of Thai king - Politics - FOCUS TAIWAN - CNA ENGLISH NEWS» 
  9. «China-Thai relations can always use a new spark». The Nation. 1 de julho de 2010 
  10. «Archived copy». Consultado em 11 de janeiro de 2011. Arquivado do original em 7 de julho de 2011 
  11. Quinlan, Joe (13 de novembro de 2007). «Insight: China's capital targets Asia's bamboo network». Financial Times 
  12. Murray L Weidenbaum (1 de janeiro de 1996). The Bamboo Network: How Expatriate Chinese Entrepreneurs are Creating a New Economic Superpower in Asia. [S.l.]: Martin Kessler Books, Free Press. pp. 4–8. ISBN 978-0-684-82289-1 
  13. Sompop Manarungsan. «Thailand-China Cooperation in Trade, Investment and Official Development Assistance» (PDF). Consultado em 23 de novembro de 2016. Arquivado do original (PDF) em 20 de dezembro de 2016 
  14. «Microsoft Word - THAI PRC AGREEMENT_Thailand_Copy-printable.doc» (PDF). Consultado em 22 de outubro de 2016 
  15. «Archived copy» (PDF). Consultado em 11 de janeiro de 2011. Arquivado do original (PDF) em 22 de novembro de 2010 
  16. «ASEAN - China Free Trade Agreement». thaifta.com. Consultado em 22 de outubro de 2016 
  17. «China to build massive trade center in Thailand». Associated Press. 7 de janeiro de 2011 
  18. Nophakhun Limsamarnphun (10 de janeiro de 2011). «China seeking fast track into ASEAN market». The Nation (Thailand)/Asia News