Religião no Quênia

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A religião predominante do Quênia é o cristianismo, praticado por cerca de 80% da população. Outras crenças praticadas no país são o baha'i, o hinduísmo, o islã e religiões tradicionais africanas.

Religiões abraâmicas[editar | editar código-fonte]

Cristianismo[editar | editar código-fonte]

Igreja Gospel Revival Centre, Ruiru, Quênia.

O cristianismo chegou ao Quênia no século XV, levado pelos portugueses, e se espalhou rapidamente durante o século XIX, quando experimentou um renascimento. Hoje em dia as principais denominações cristãs no país são as fés protestantes, que perfazem 38% da composição religiosa do país, e que incluem a Igreja Anglicana do Quênia e as igrejas Presbiteriana, Reformada, Batista, Luterana e Pentecostal. A Igreja Católica Romana representa 33% da população. A popoulação de origem étnica etíope do Quênia, estimada em torno de 300 000 pessoas (1,7% da população), são Ortodoxos Etíopes.

Islã[editar | editar código-fonte]

Uma mesquita na Ilha de Lamu

As estimativas a respeito da porcentagem da população que adere ao islã variam muito.[1] Segundo o censo de 2009, 11,2% da população é muçulmana,[2] mas há estimativas que apontam para 20 a 45%.[1] Estima-se que os sunitas representem 7% da população queniana.[3]

Existe uma população de xiitas, em sua grande parte, descendentes de ismaelitas ou influenciados por comerciantes ultramarinos do Oriente Médio e Índia. Esses xiitas que incluem Dawoodi Bohra, somam um total de 6 000 a 8 000 pessoas.[4]

Na capital do país, Nairóbi, há várias mesquitas e uma população notável de muçulmanos. A Província do Nordeste é predominantemente somali e islâmica. A Província do Litoral também tem uma significativa população muçulmana.

Os tribunais religiosos da xaria, chamados de tribunais cádi, recebem jurisdicação sobre certos assuntos civis como divórcios e heranças, de acordo com a constituição do Quênia.

Os muçulmanos reclamam que são alvo de perseguições e discriminações por parte do governo, particularmente desde os atentados de 1998 contra as embaixadas dos Estados Unidos em Nairóbi e outros locais da África.

Fé Bahá'í[editar | editar código-fonte]

Presente no Quênia desde 1945, em sua breve história a religião cresceu para um número significativo de 308 000 adeptos em 2005,[5] ou cerca de 1% da população.[6][7] Na década de 1990 os Baha’is no Quênia participaram de um grande projeto nacional da saúde que incluía vacinação, manutenção de banheiros e a expansão dos mananciais de água potável. [8]

Outras[editar | editar código-fonte]

Hinduísmo[editar | editar código-fonte]

Existem um grande número de hindus morando no Quênia, aproximadamente 500 000. Localizam-se principalmente na capital, Nairóbi, e em áreas como Mombaça, Eldoret, Kisumu, entre outros.

Religiões tradicionais africanas[editar | editar código-fonte]

As religiões africanas são tipicamante baseadas em fenômenos naturais e reverência aos ancestrais. Presume-se que os mortos simplesmente passam para outro estado de ser, capazes de trazer boa sorte ou calamidade para a vida. Desta forma, a maioria dos ritos religiosos é focada no apaziguamento dos mortos através de sacrifícios e ritos de sepultamento dignos. Os desejos do morto devem também ser seguidos à risca.

Os Kikuyu acreditam que Ngai reside no Monte Quênia e fazem suas orações voltados para a montanha.

Os Mijikenda possuem seus santuários nas florestas onde são oferecidos sacrifícios e orações.

Sem religião[editar | editar código-fonte]

No censo de 2009, 922 128 pessoas se declararam como "sem religião". Este número representa 2,4% do total, o que faz deste grupo maior do que os grupos que se declararam como tradicionalistas, hindu ou outra religião. 61 233, ou seja, 0,2%, declararam que não sabiam a sua religião.

Referências

  1. a b Oded, Arye. Islam and Politics in Kenya, pg. 11
  2. «2009 Resultados do Censo de População e Habitação» (PDF). Consultado em 27 de maio de 2012. Arquivado do original (PDF) em 13 de novembro de 2011 
  3. CIA the World Factbook
  4. Helene Charton-Bigot, Deyssi Rodriguez-Torres. Nairobi Today. the Paradox of a Fragmented City. African Books Collective, 2010. ISBN 9987080936, 9789987080939. p. 239
  5. Year 2000 Estimated Baha'i statistics from: David Barrett, World Christian Encyclopedia, 2000; Total population statistics, mid-2000 from Population Reference Bureau [1]
  6. «WCC > Member churches > Regions > Africa > Kenya». World Council of Churches. World Council of Churches. 2008. Consultado em 6 de abril de 2008 
  7. «Background Note: Kenya». The Office of Electronic Information, Bureau of Public Affair. 2007. Consultado em 6 de abril de 2008  |coautores= requer |autor= (ajuda)
  8. Community health workers in Kenya stir broad changes Volume 7, Issue 4 de março - Janeiro de 1996

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • History of the World's Religions (História das religiões do Mundo) - 12ª Edição, Noss S. David: ISBN 978-0136149842

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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