República Manhuassu

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República de Manhuassu

Estado não reconhecido


1896
Localização de Revolta do Coronel Tibúrcio
Localização de Revolta do Coronel Tibúrcio
Continente América do Sul
Capital Manhuassu, Minas Gerais
Língua oficial Português
Governo República
Presidente Serafim Tibúrcio da Costa
História
 • 15 de maio de 1896 Proclamação da República
 • 15 de maio de 1896 de Tomada de Manhuassu e expulsão do Governo Municipal
 • junho de 1896 Destruição das tropas do coronel Tibúrcio
Moeda Boró

República Manhuassu ou República de Manhuassu foi um estado republicano proclamado em 15 de maio de 1896 no município de Manhuassu, Minas Gerais, e que durou vinte e dois dias.[1][2][3] O coronel Serafim Tibúrcio da Costa liderou um grupo de aproximadamente 800 homens armados na invasão da cidade. O bando decretou a região como um país independente e teve até moeda própria, o boró.

A reviravolta ocorreu quando ele tentou se reeleger, mas foi derrotado. Serafim Tibúrcio não se conformou com o resultado e partiu para a capital mineira para falar com o governador Crispim Jaques Bias Fortes, que não deu ouvidos à reclamação do derrotado.[4]

Ao retornar, Serafim encontrou a região do Bairro Coqueiro completamente desabitada pelo então Coronel Nicolau da Costa Matos (Ex-chefe do Executivo, o 3º Prefeito), nomeado delegado de polícia pelo novo prefeito, o Vigário Odorico Dolabela. Os moradores do bairro seguiram Serafim Tibúrcio para fora do município, em entendimento que o coronel se mudaria para Caratinga de vez, dando término à sua vida política.[4][5]

Início do Movimento[editar | editar código-fonte]

Primeira página do O Estado de Minas, de número 462, datado de 5 de junho de 1896. Nela narra o conflito ocorrido em Manhuassu (grafia hoje Manhuaçu)

Em 1892, foi eleito prefeito de São Lourenço do Manhuassu, o coronel Serafim Tibúrcio da Costa, além de delegado, o coronel era famoso na cidade por sua atividade de coletor de impostos. De acordo com pesquisa da Secretaria de Comunicação Social de Manhuaçu, durante o período em que morou lá, Serafim também acumulou denúncias de assassinato e outros crimes. Em 1894, tentou a reeleição e foi derrotado pelo padre Odorico Dolabela, que concorreu de modo fraudulento. O coronel Tibúrcio reuniu documentos e recorreu ao governador Crispim Jaques Bias Fortes, porém este não o apoiou na reivindicação.[3][2][5]

Revolta e Tomada de Manhuassu[editar | editar código-fonte]

Uma nota de Boró, a moeda oficial da República do Manhuassu

Apoiado pelo coronel João do Santos Coimbra, o coronel Tibúrcio reuniu um contingente de 800 homens e invadiu Manhuassu em 1896. Então, tomou o controle da região e proclamou a república independente do Brasil a 15 de maio de 1896. Em seguida, o coronel avançou em direção à divisa com o estado do Espírito Santo com a política de distribuição de lotes e abertura de estradas.[5][3]

Fim da República[editar | editar código-fonte]

A autoridade estadual foi informada, mandou uma tropa para combatê-los, mas foi derrotada. Então, pediu ajuda ao presidente da República e as tropas do exército vieram e combateram os revoltosos, derrotados fugiram em direção ao Espírito Santo.[3][2]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Lobato, Paulo Henrique. «Nossa História: Descendente da monarquia». Estado de Minas. Consultado em 2 de Novembro de 2021. Cópia arquivada em 19 de agosto de 2015 
  2. a b c «Manhuassu: A República de Serafim Tibúrcio». Portal Caparaó. Consultado em 2 de Novembro de 2021. Cópia arquivada em 2 de novembro de 2021 
  3. a b c d Toscano, Henrique. «Você sabia? Manhuaçu já foi país por 22 dias; confira a história». Portal Amirt. Consultado em 2 de Novembro de 2021. Cópia arquivada em 2 de novembro de 2021 
  4. a b Minas, Estado de; Minas, Estado de (19 de novembro de 2021). «Um país dentro de Minas: a história da República de Manhuassu». Estado de Minas. Consultado em 15 de janeiro de 2023 
  5. a b c «4º Prefeito: Serafim Tibúrcio, o protagonista da República Manhuassu». Cidades do Café. Consultado em 2 de Novembro de 2021 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]