Reserva Anangu Pitjantjatjara Yankunytjatjara

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Reserva Anangu Pitjantjatjara Yankunytjatjara
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Geografia
País
Estado
Altitude
509 m
Coordenadas
Demografia
População
2 276 hab. ()
Funcionamento
Estatuto
História
Fundação
Identificadores
Website
Mapa

A Reserva Anangu Pitjantjatjara Yankunytjatjara (APY) é uma reserva ambiental aborígene na Austrália Meridional, onde vivem vários grupos de povos originários australianos.[1]

Povos originários australianos[editar | editar código-fonte]

Os aborígenes (indígenas da Austrália) têm uma história de mais de 50.000 anos, constituindo algumas das culturas mais antigas do planeta.[2]

Segundo o Escritório Australiano de Estatística, 38.1% das pessoas que residem na Reserva Anangu Pitjantjatjara Yankunytjatjara (APY) são aborígenes australianas e outros 14.0% são australianas; em comparação com uma distribuição de 0.5% de aborígenes australianos e 23.3% de australianos na Austrália como um todo.[3] 76.8% dos moradores da APY nasceram na Austrália. Cerca de 70% dos moradores da APY têm pai nascido na Austrália e 70% têm mãe nascida na Austrália.[3]

27.1% dos moradores da APY não têm religião e 26.2% são de religiões não estatizadas. 37.9% dos moradores da APY são falantes do idioma Pitjantjatjara; e outros 5.9%, do idioma Yankunytjatjara. 26.0% dos moradores da APY só falam Inglês em casa.[3]

Camelos e calor extremo[editar | editar código-fonte]

A Reserva Anangu Pitjantjatjara Yankunytjatjara (APY) é povoada por espécies de "camelos selvagens australianos", que englobam camelos e dromedários, trazidos para a Austrália no século XIX, por colonizadores da Inglaterra, provenientes da Índia, do Afeganistão e do Oriente Médio.[1]

Segundo a União Europeia, 2019 foi o segundo ano mais quente da história do planeta Terra;[4] e a seca prolongada na Austrália se estendia há anos.[1] Segundo denúncias de comunidades aborígenes que residem na Reserva Anangu Pitjantjatjara Yankunytjatjara (APY), em 2019 / 2020, os camelos estavam andando pelas ruas, danificando cercas em busca de água, tentando beber água dos aparelhos de ar-condicionado, comprometendo inclusive a segurança das crianças locais. Segundo as autoridades locais, muitos desses animais brigavam entre si por água e acabavam morrem de sede, além disso, as carcaças dos animais mortos contaminavam as fontes de água e as áreas de cultura de alimento.[1]

Por conta disso, em janeiro de 2020, o Departamento de Meio Ambiente e Patrimônio da Austrália (DMAPA) organizou uma ação para sacrificar mais de 10 mil camelos e dromedários que vivem na região da Reserva Anangu Pitjantjatjara Yankunytjatjara (APY). O sacrifício dos animais seria realizado por caçadores do DMAPA em helicópteros e tinha previsão de durar cinco dias.[1] Houve grande comoção internacional, mas isso não impediu o andamento das ações.[5]

Referências

  1. a b c d e «Por que a Austrália vai abater milhares de camelos — com atiradores a bordo de helicópteros». BBC News Brasil. Consultado em 26 de fevereiro de 2023 
  2. «Viagem para Austrália: uma experiência aborígene| Blog Kangaroo». Blog Kangaroo Tours. 10 de julho de 2016. Consultado em 26 de fevereiro de 2023 
  3. a b c «2016 Anangu Pitjantjatjara Yankunytjatjara, Census All persons QuickStats | Australian Bureau of Statistics». www.abs.gov.au. Consultado em 26 de fevereiro de 2023 
  4. eduardo (9 de janeiro de 2020). «2019 foi o segundo ano mais quente da história da Terra, informa UE». Planeta. Consultado em 26 de fevereiro de 2023 
  5. Arioch, David. «Mais de cinco mil dromedários já foram mortos na Austrália | Vegazeta». Consultado em 26 de fevereiro de 2023