Retrato de Martim Afonso de Sousa

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Retrato de Martim Afonso de Sousa
pintura de José Wasth Rodrigues
Autor José Wasth Rodrigues
Data século XX
Gênero retrato
Técnica tinta a óleo
Dimensões 146 centímetro, 142 centímetro x 146 centímetro, 142 centímetro
Localização Museu do Ipiranga

Retrato de Martim Afonso de Sousa é uma pintura de José Wasth Rodrigues. A sua data de criação é a primeira metade do século XX. A obra é do gênero retrato. Encontra-se sob a guarda de Museu Paulista. Retrata Martim Afonso de Sousa, nobre, militar e administrador colonial português.

Descrição[editar | editar código-fonte]

A obra foi produzida com tinta a óleo. Suas medidas são: 142 centímetros de altura e 142 centímetros de largura. Faz parte da Coleção José Wasth Rodrigues, no Museu Paulista, especialmente voltada à reconstrução da formação cultural de São Paulo.[1] O número de inventário é 1-19506-0000-0000.

A obra foi uma encomenda de Afonso d'Escragnolle Taunay, no contexto do programa decorativo do Museu Paulista, na primeira metade do século XX.[2] O quadro foi colocado no saguão principal do museu.[2]

Análise[editar | editar código-fonte]

O quadro de Wasth Rodrigues baseia-se em Martim Afonso de Sousa, de Roque Gameiro. Essa obra de inspiração consta no terceiro volume de História da colonização portuguesa do Brasil.[2]

Sobre a representação de Martim Afonso de Sousa por Wasth Rodrigues foi dito que ele:[2]

é representado como militar cortesão do século XVI. Veste-se imponentemente: calção curto acolchoado e volumoso, gibão também curto de gola alta e samarra com manga ampla, confeccionados com ricos tecidos e fendas a mostrar os forros, igualmente luxuosos. Sob o gibão, o colarinho (mantéu) bastante discreto aparece apenas na lateral; os punhos arrematam a parte interna da vestimenta. Na cabeça, chapéu achatado adornado com joia. Pende do pescoço a fita vermelha com medalha da Ordem Militar de Cristo. Na cintura, cinturão e boldrié com a espada. O contraste entre os azuis do gibão e do calção com o vermelho da fita e grandes partes do brasão, junto com os brancos das fendas da vestimenta ilumina a composição, enquanto predominam os castanhos, cinzentos e vinhos em todos os outros elementos. O donatário da capitania tem o braço esquerdo flexionado segurando a espada, enquanto segura o bastão de comandante militar com a mão direita. Apoia-se em móvel sobre o qual aparece uma parte de esfera armilar.87 Na parte superior direita, o brasão do nobre.

A obra foi exposta inicialmente, com o Retrato de D. João III, no Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, no contexto de celebrações relativas à fundação de São Vicente. Posteriormente, foi incorporada à coleção do Museu Paulista.[2]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Tarasantchi, Ruth Sprung (2002). Pintores paisagistas: São Paulo, 1890 a 1920. [S.l.]: EdUSP. ISBN 978-85-314-0598-3 
  2. a b c d e Nascimento, Ana Paula; Nascimento, Ana Paula (2019). «Entre a fricção e a serenidade, a caminho do interior: os painéis de Wasth Rodrigues no peristilo do Museu Paulista». Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material. 27. ISSN 0101-4714. doi:10.1590/1982-02672019v27e21d2