Ricardo Alexandre

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Ricardo Alexandre
Nascimento 29 de novembro de 1974 (49 anos)
Jundiaí, São Paulo
 Brasil
Nacionalidade brasileira
Ocupação Jornalista, músico, crítico musical, locutor, palestrante
Religião Evangélico
Trabalhos notáveis O Estado de S. Paulo
Bizz
Superinteressante
Época
Carta Capital
[www.ricardoalexandre.jor.br Site oficial]

Ricardo Alexandre (Jundiaí, 29 de novembro de 1974) é um jornalista, crítico musical, locutor, palestrante e músico brasileiro, conhecido por atuar no jornalismo musical desde a década de 1990.

Carreira[editar | editar código-fonte]

Ricardo escreveu resenhas, críticas e reportagens de álbuns e músicos no jornal O Estado de S. Paulo, onde trabalhou entre os anos 1994 e 2000, acompanhando a ascensão de bandas do rock brasileiro como Skank, Raimundos, Los Hermanos e Rodox.

Entre 2000 e 2001, foi gerente de conteúdo do primeiro projeto das Organizações Globo para a internet, o site Somlivre.Com.[1]

Entre 2001 e 2002, foi editor-executivo do portal Usina do Som do Grupo Abril, primeira rádio interativa brasileira,[2] vencedor do prêmio iBest em seis categorias naqueles anos.[1] Neste site protagonizou uma polêmica envolvendo a banda de pop rock Catedral e as gravadoras MK Music e Warner Music Brasil.[3][4]

Em 2002, ao lado dos também jornalistas Marcelo Ferla e Émerson Gasperin lançou a Frente, revista de música cujo foco era trabalhar na reconstrução da cena pop nacional. A publicação durou apenas três edições e muitas decepções, conforme contou ele em entrevista ao Observatório da Imprensa.[5]

Entre 2003 e 2005, colaborou com veículos como Superinteressante, CartaCapital, Capricho, Revista MTV, Folha de S.Paulo e Revista da 89 FM, entre outras, além de assumir a seção de música da revista Vida Simples.[1]

Trabalhou nas últimas edições da revista Bizz, onde foi diretor de redação da publicação até sua descontinuidade, em 2007. Neste trabalho, recebeu o Prêmio Abril de Jornalismo.[6]

Depois de prestar consultoria para a Som Livre, estreia como apresentador de TV, no Canal Ideal da TVA, no quadro “Coffee Break”, com dicas culturais. Comanda a revista Monet, dedicada à cobertura de TV paga, até ser convidado a dirigir a revista Época São Paulo, onde trabalha por três anos e recebe, entre outros, o prêmio de excelência da Society of News Design de Nova York.

Em 2012, assume a direção de redação da revista Trip, de onde saí em janeiro do ano seguinte.[7]

Em 2017, estreia sua palestra “Como o Sargent Peppers mudou a música brasileira”, sobre a influência do disco dos The Beatles na música brasileira a partir de 1967.[8]

Em 2020, Ricardo lançou o podcast Discoteca Básica, que tem por objetivo contar histórias sobre álbuns brasileiros e internacionais considerados clássicos.[9] No final do mesmo ano, o podcast foi eleito um dos melhores de 2020 pela Apple Podcasts.[10] No mesmo ano, foi curador da exposição John Lennon em Nova York por Bob Gruen, que trouxe fotografias feitas por Bob Gruen para o MIS-SP.[11]

Livros[editar | editar código-fonte]

Seu primeiro livro foi Dias de Luta, publicado em 2002 e que recontava a história do rock brasileiro na década de 1980.[12]

Em 2010, venceu o Prêmio Jabuti na categoria Biografia com a obra Nem Vem que não Tem – A Vida e o Veneno de Wilson Simonal.[13]

Em 2013, publicou Cheguei Bem a Tempo de Ver o Palco Desabar, livro que retrata sua trajetória como jornalista através de bandas e músicos que fizeram parte diretamente e indiretamente de seu trabalho.[4]

Ricardo foi o escritor do livro comemorativo 89 FM – A História da Rádio Rock do Brasil.

Em 2018, lançou os livros Tudo é Música e Nem Tudo É Música[14] e, em 2020, a obra E a verdade os libertará: Reflexões sobre religião, política e bolsonarismo.[15]

  • Dias de Luta: O rock e o Brasil dos Anos 80 (2002, Arquipélago Editorial)[16]
  • Nem Vem que não Tem – A Vida e o Veneno de Wilson Simonal (2009, Editora Globo)
  • Cheguei Bem a Tempo de Ver o Palco Desabar – 50 Causos e Memórias do Rock Brasileiro (1993-2008) (2013, Arquipélago Editorial)[17]
  • 89 FM – A História da Rádio Rock do Brasil (2014, Tambor Digital)
  • Tudo é Música (2018, Arquipélago Editorial)[18]
  • Nem Tudo É Música (2018, Arquipélago Editorial)[18]
  • E a verdade os libertará: Reflexões sobre religião, política e bolsonarismo (2020, Mundo Cristão)

Documentários[editar | editar código-fonte]

À frente do seu próprio estúdio, o Tudo Certo Conteúdo Editorial, produziu três documentários em 2013, em parceria com o canal de TV fechada BIS. Em 4 de março, estreou o documentário Napalm: O Som da Cidade Industrial, que reúne depoimentos e imagens de arquivo 30 anos depois do funcionamento da Napalm, uma das mais lendárias casas de show de São Paulo.[19][20] Ainda em março, no dia 18, foi ao ar o documentário Júlio Barroso: Marginal Conservador. sobre o cantor e compositor líder da Gang 90 & Absurdettes, um dos maiores nomes da new wave brasileira.[21] Fechando sua série de trabalhos pelo canal, em 2 de dezembro do mesmo ano estreou o documentário Ronnie Von: Quando Éramos Príncipes, da autoria de Ricardo e dirigido por Caco Souza, que conta sobre a fase psicodélica do cantor brasileiro.[22]

Em 2015, Ricardo lança o documentário Sem Dentes: Banguela Records e a Turma de 94, que conta a história do selo musical criado por Carlos Eduardo Miranda e a banda Titãs.[23]

  • 2013 - Napalm: O Som da Cidade Industrial
  • 2013 - Júlio Barroso: Marginal Conservador
  • 2013 - Ronnie Von: Quando Éramos Príncipes
  • 2015 - Sem Dentes: Banguela Records e a Turma de 94

Referências

  1. a b c «Ricardo Alexandre». www.goodreads.com. Consultado em 5 de agosto de 2021 
  2. «Folha de S.Paulo - Internet: Grupo Abril lança primeira "web radio" interativa brasileira - 23/03/2000». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 5 de agosto de 2021 
  3. «A igreja não é uma merda». Catavento. Consultado em 18 de março de 2016 
  4. a b «Ricardo Alexandre e a música dos últimos 20 anos». Zero Hora. Consultado em 18 de março de 2016 
  5. «Revista Frente, três edições e uma decepção | Observatório da Imprensa - Você nunca mais vai ler jornal do mesmo jeito». Observatório da Imprensa - Você nunca mais vai ler jornal do mesmo jeito. 1 de julho de 2003. Consultado em 15 de agosto de 2018 
  6. «Discoteca Básica da Bizz volta em série de podcasts». Jornal Plural. 22 de outubro de 2020. Consultado em 5 de agosto de 2021 
  7. «Revista "Trip" passa por reestruturação financeira e demite jornalistas». Portal IMPRENSA - Notícias, Jornalismo, Comunicação (em inglês). Consultado em 5 de agosto de 2021 
  8. «Jornalista realiza bate-papo sobre a influência de disco do The Beatles na música brasileira». G1. Consultado em 5 de agosto de 2021 
  9. «Ricardo Alexandre lança podcast para contar histórias de discos que marcaram história da música». Universidade Federal de Minas Gerais. Consultado em 20 de dezembro de 2020 
  10. «Podcast de autistas é eleito pela Apple um dos melhores de 2020». Revista Autismo. 1 de dezembro de 2020. Consultado em 20 de dezembro de 2020 
  11. «MIS - Exposições». www.mis-sp.org.br. Consultado em 5 de agosto de 2021 
  12. «Entrevista com Ricardo Alexandre». Scream & Yell. Consultado em 18 de março de 2016 
  13. «Edney Silvestre leva Prêmio Jabuti de melhor romance». G1. Consultado em 18 de março de 2016 
  14. «Entrevista: Ricardo Alexandre». Scream & Yell. Consultado em 20 de dezembro de 2020 
  15. «Bolsonaro exposto pelos argumentos do cristianismo». Época. Consultado em 20 de dezembro de 2020 
  16. «DIAS DE LUTA - Ricardo Alexandre». Arquipélago Editorial. Consultado em 5 de agosto de 2021 
  17. «CHEGUEI BEM A TEMPO DE VER O PALCO DESABAR - Ricardo Alexandre». Arquipélago Editorial. Consultado em 5 de agosto de 2021 
  18. a b «KIT TUDO É MÚSICA + NEM TUDO É MÚSICA - Ricardo Alexandre». Arquipélago Editorial. Consultado em 5 de agosto de 2021 
  19. Internet (amdb.com.br), AMDB (4 de março de 2013). «Documentário sobre a lendária casa de shows Napalm vai ao ar nesta semana». Rolling Stone. Consultado em 5 de agosto de 2021 
  20. «Lembranças do CBGB paulistano - André Barcinski». André Barcinski - Folha de S.Paulo - Blogs. Consultado em 5 de agosto de 2021 
  21. «Julio Barroso, o Marginal Conservador». Trip. Consultado em 5 de agosto de 2021 
  22. Internet (amdb.com.br), AMDB (27 de novembro de 2013). «Ronnie Von volta à psicodelia em trailer de documentário». Rolling Stone. Consultado em 5 de agosto de 2021 
  23. Curvelo, Rakky (6 de julho de 2015). «Arcada dentária do Banguela Records é examinada em documentário de Ricardo Alexandre». Tenho Mais Discos Que Amigos!. Consultado em 5 de agosto de 2021 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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