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Ricardo Pais

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Ricardo Pais
Nascimento 1945 (79 anos)
Leiria, Portugal Portugal
Nacionalidade Portugal Portugal
Ocupação Ator e encenador

Ricardo Pais GOIH (Maceira, Leiria, 11 de Setembro de 1945) é um ator e encenador português. Entre 1968 e 1971, frequentou o curso superior de Encenação do Drama Centre London, onde obteve o Director’s Course Diploma. Foi professor da Escola Superior de Cinema de Lisboa (1975-83); coordenador do projeto Área Urbana – Núcleo de Ação Cultural de Viseu (a partir de 1985); Diretor do Teatro Nacional D. Maria II (1989-90); e comissário para Coimbra – Capital do Teatro (1992 -93). Assumiu a direção do TNSJ entre 1996 e 2009, com um interregno de dois anos. Do seu percurso fazem parte mais de cinquenta espetáculos teatrais e criações cénicas, nos quais cruzou a literatura, o canto, a eletrónica, a dança, o teatro radiofónico, as projeções vídeo, a magia e a performance art.

Muito jovem foi atraído pelo teatro, em parte devido à influência do seu pai, que era responsável pelo grupo de teatro da Casa de Pessoal da Empresa de Cimentos de Leiria[1]. No tempo de escola, foi o protagonista de uma representação de O Meu Caso, de José Régio.

Estudante de Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, integrou o CITAC, até decidir trocar Coimbra por Lisboa e, de seguida, Portugal pelo Reino Unido[2]. Aí viria a obter o Diretor's Course Diploma, pelo Drama Centre London, em 1971. Viveu na capital inglesa até 1974 e foi aí que fez o seu primeiro trabalho profissional de encenação com a peça de Lorca, Amor de Dom Perlimplim com Belisa no seu Jardim.

Regressado após a Revolução de 25 de Abril de 1974, a sua primeira encenação é uma peça baseada numa obra de Carl Sternheim, As cuecas da vida heróica da burguesia[3]. Entre 1975 e 1983 foi professor de Direção de Atores, na Escola Superior de Teatro e Cinema do Instituto Politécnico de Lisboa. Em 1985 fundou o Núcleo de Ação Cultural Área Urbana, em Viseu, para assumir de seguida a coordenação do serviço municipal Fórum Viseu, em 1987. Entre 1988 e 1990 foi funcionário da Secretaria de Estado da Cultura. Entre 1989 e 1990 dirigiu o Teatro Nacional D. Maria II. Em 1992 foi comissário-geral de Coimbra – Capital do Teatro.

Durante o seu percurso trabalhou autores portugueses como Fernando Pessoa, Padre António Vieira, Almeida Garrett, António Ferreira e Gil Vicente. Encenou também autores nucleares da dramaturgia universal, de Maquiavel a Alfred Jarry, de Shakespeare a Wedekind, de Molière a Ionesco. Entre os criadores com quem tem trabalhado, contam-se os músicos Mário Laginha, Arrigo Barnabé, Bernardo Sassetti, Sérgio Godinho, Vítor Rua e Egberto Gismonti; os cenógrafos Nuno Carinhas, António Lagarto (ambos também figurinistas), João Mendes Ribeiro, Giorgio Barberio Corsetti, Pedro Tudela, Nuno Lacerda Lopes e Manuel Aires Mateus; os figurinistas Vin Burnham e Bernardo Monteiro; os coreógrafos Paulo Ribeiro, Olga Roriz e Né Barros; o videasta Fabio Iaquone, entre outros.

Teatro Nacional D. Maria II

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Entre 1989 e 1990 dirigiu o Teatro Nacional D. Maria II [4]

Teatro Nacional São João

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Entre 1995 e 2000 Ricardo Pais é nomeado diretor do Teatro Nacional São João, "conduzindo até julho de 2000 um projeto com personalidade artística própria, retomado em 2002, após um período em que o exercício das mesmas funções é assegurado pelo ator e encenador José Wallenstein"[5] permanecendo até 2009. Na sua atividade de encenador destacam-se as peças Dois Verdugos de Fernando Arrabal, D. Perlimpim de Federico García Lorca, As Cuecas de Carl Sternheim, A Mandrágora de Nicolau Maquiave, Ninguém – Frei Luís de Sousa, a partir de textos de Almeida Garrett, Maria Velho da Costa e Alexandre O'Neill, Anatol de Arthur Schnitzler, Fausto, Fernando, Fragmentos, a partir de textos de Fernando Pessoa, Clamor de Luísa Costa Gomes, sobre Sermões de Padre António Vieira, ou Madame, de Maria Velho da Costa.

Teatro da Dúvida

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Ricardo Pais actualmente gere uma sociedade anónima com a mulher, chamada Teatro da Dúvida. Também está a financiar um projeto dirigido por Pedro Sobrado, que é uma espécie de compilação dos seus textos ao longo de vários anos.

Foi membro do júri do programa da SIC, Portugal Tem Talento, juntamente com Zé Diogo Quintela e Conceição Lino.

Honras e Condecorações

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  • Grande Insígnia de Mérito, atribuída pelo Presidente da República da Áustria (1989).
  • Chevalier de l’Ordre des Arts et des Lettres, pelo Ministro francês da Cultura e da Comunicação (2007).
  • Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, 7 de junho de 2013.[6]
  • Medalha de Mérito – Grau Ouro, Câmara Municipal do Porto, atribuída em 30 de Junho 2015.[7]

Ligações externas

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Referências

  1. RDP
  2. Anabela Mota Ribeiro
  3. Público
  4. Programa "Joaquim Letria", 23 de Outubro de 1990: Excerto de uma entrevistaa Ricardo Pais, enquanto Director do Teatro Nacional D.Maria II [1]
  5. 'Teatro Nacional S. João - História'
  6. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Ricardo Pais". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 12 de novembro de 2018 
  7. 'Medalhas Atribuídas pela Câmara Municipal do Porto'