Rio Barigui

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Rio Barigui
mbariwi’ý
Rio Barigoihy[1]
Rio Barigui
Rio Barigui na altura do bairro Santa Quitéria em Curitiba. Ocupações nas margens são problema sério ao longo do rio.
Comprimento 66 km
Nascente Na Serra da Betara em Almirante Tamandaré
25° 14' 18" S 49° 18' 48" O (Aprox.)
Altitude da nascente 1 060 m
Foz No Rio Iguaçu na divisa entre Araucária e Curitiba
25° 38' 27" S 49° 21' 56" O
Altitude da foz 864 m
Área da bacia 279 km²
Região hidrográfica Região hidrográfica do Paraná
Afluentes
esquerda
Arroio da Ordem, Arroio do Andrada, Arroio Pulador, Córrego da Vila Izabel, Córrego Mercês-Barigui, Rio Passo do França e Rio Vila Formosa
Afluentes
direita
Rio Tanguá, Rio Uvu, Ribeirão dos Muller e Rio Campo Comprido.
Maior cidade Curitiba
Coordenadas 25° 28' 44" S 49° 19' 58" O

O rio Barigui é um curso de água que banha a Região Metropolitana de Curitiba, no estado do Paraná. Sua nascente localiza-se no encontro com o arroio Antônio Rosa, no município de Almirante Tamandaré e corta 18 bairros de Curitiba até encontrar com o rio Iguaçu, localizado no bairro Caximba (ao extremo-sul da cidade).[2]

A origem do nome Barigui teria diversas origens. No dialeto tingui significa “Yba – Braço/igui – deste, daquele, dele/hy – rio” que se apresenta com a literalidade: “Rio em forma de braço” ou “braço daquele rio” (referência a sua relação com o Rio Iguaçu). Já no vocabulário Tupi mbariwi’ý significaria o mosquito daquele rio, mosquito este conhecido popularmente como mosquito-palha, mosquito-pólvora, ou borrachudo. [1][3][4]

Nascente[editar | editar código-fonte]

O rio Barigui nasce na serra da Betara,[5] no município de Almirante Tamandaré e desagua no rio Iguaçu, no bairro Caximba em Curitiba, onde está localizado o Aterro Sanitário de Curitiba, fazendo divisa com os municípios de Fazenda Rio Grande e Araucária. Sua extensão é de de 66 quilômetros. O rio passa pelos parques Aníbal Khury, Tanguá, Tingui e Barigui.[1]

Principais afluentes[editar | editar código-fonte]

Córrego Vila Izabel na altura da Av. Arthur Bernardes, em Curitiba.

Os afluentes do rio Barigui, à direita, são os rios Tanguá, Uvu e Campo Comprido, além do ribeirão dos Muller. Na margem esquerda estão os rios Vila Formosa e Passo do França, como também os córregos da Vila Izabel e o Mercês-Barigui, além dos arroios da Ordem e o Pulador.[6]

Córrego Mercês-Barigui[editar | editar código-fonte]

A nascente do córrego Mercês-Barigui está localizada na rua José Casagrande, na cidade de Curitiba. O mesmo é classificado como código dois, ou seja, sendo considerado pouco comprometido (conforme a Portaria número 20 da SUREHMA).[7]

Bacia do Barigui[editar | editar código-fonte]

Rio Barigui na altura dos bairros Santa Quitéria (à direita) e Campo Comprido (à esquerda), em Curitiba.
Trecho do rio com assoreamento e erosão, na região de Curitiba.

A bacia do rio Barigui é formada pelo leito principal e quatrocentas microbacias, sendo considerada a maior existente em Curitiba.[8]

Principais problemas ambientais[editar | editar código-fonte]

Atualmente, a bacia do rio Barigui tem passado por problemas de ordem ambiental, as quais se destacam:[9][10]

  • Ligações irregulares da rede de esgoto.
  • Domicílios irregulares na bacia, que estão ocupando a Área de Preservação Permanente, estando as mesmas localizadas nas margens do Rio Barigui.

Principais ações[editar | editar código-fonte]

Algumas ações tem sido realizadas, visando o melhoramento das condições do rio Barigui ao longo de seu percurso, destacando-se:[1][11][12]

  • Revitalização do rio: em Curitiba, as ações contemplam a implantação de áreas de preservação e de lazer ao longo do rio Barigui (como o Parque Guairacá)[13] e intensificação das ações de fiscalização e de educação ambiental.
  • Perfilamento do rio (trechos Sul e Norte): consiste no alargamento da calha, rebaixamento do fundo do rio e a recomposição de suas margens e taludes.
  • Bacias de retenção e de contenção do rio: são alternativas de prevenção a enchentes em áreas secas, geralmente gramadas, preparadas para absorver água das chuvas nos dias em que elas ocorrem e que posteriormente podem ter outra utilidade (como uma área de recreação, por exemplo).

No conjunto de trabalhos já realizados, destacam-se:

  • Conduto forçado: o Conjunto Olaria.
  • Muros de contenção: nos trechos Sul e Norte.
  • Galerias celulares: nas ruas Coronel Carlos V. de Camargo e Marchanjo Bianchini; e no córrego Passo do França, localizado na Linha Verde.

As ações compreendem o Projeto Viva Barigui e o Programa Rio Parque, os quais estão inseridos no Programa de Aceleração do Crescimento - PAC2 Drenagem.[14][15][16]

Parque ambiental Aníbal Khury[editar | editar código-fonte]

Com duzentos e vinte mil metros quadrados, o Parque Aníbal Khury está localizado nas margens do rio Barigui, junto à rodovia que liga Curitiba a Almirante Tamandaré.[11]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d «Coluna Nossa História: Rio Barigui». 6 de dezembro de 2013. Consultado em 15 de janeiro de 2017  Erro de citação: Código <ref> inválido; o nome ":0" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes
  2. «Planejamento Estratégico para Revitalização da Bacia do Rio Barigüi». www.curitiba.pr.gov.br. Prefeitura Municipal de Curitiba. 22 de março de 2007. Consultado em 15 de janeiro de 2017 
  3. FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 172
  4. Pe. A. Lemos Barbosa (1951). «Pequeno Vocabulário Tupi-Português» (PDF). Livraria São José. Consultado em 15 de janeiro de 2017 
  5. «Avaliação da composição química de sedimentos do Rio Barigüi na região metropolitana de Curitiba». Química Nova | Edição nº8. 31. 5 de novembro de 2008. Consultado em 15 de janeiro de 2017 
  6. «Memória sobre os rios urbanos em Curitiba na perspectiva da História Ambiental» (PDF). www.educacao.pr.gov.br. Secretaria da Educação do Estado do Paraná. 2013. pp. 28, 29, 30, 32, 33. ISBN 978-85-8015-075-9. Consultado em 29 de maio de 2019 
  7. «Bacia do Rio Iguaçu - Portaria Surehma nº020/92» (PDF). www.recursoshidricos.pr.gov.br. Conselho Estadual de Recursos Hídricos do Paraná. 12 de maio de 1992. Consultado em 29 de maio de 2019 
  8. José Briski, Sandro; Tessari de Góes, Celmo; Sczanoski de Jesus Junior, Francelino; Kurta, Juliane. «ANÁLISE QUALIQUANTITATIVA DA BACIA DO RIO BARIGUI PARA VERIFICAÇÃO DE SEU ESTADO HIDROLÓGICO E AMBIENTAL» (PDF). Laboratório de Geomorfologia - Departamento de Geografia. Consultado em 26 de fevereiro de 2019 
  9. «Os Principais Rios de Curitiba». meioambiente.culturamix.com. Meio Ambiente - Cultura Mix. 2012. Consultado em 29 de maio de 2019 
  10. Milan, Pollianna (22 de março de 2010). «A agonia do Rio Barigui». www.gazetadopovo.com.br. Gazeta do Povo. Consultado em 29 de maio de 2019 
  11. a b CELEPAR (3 de março de 2017). «Prefeitura de Curitiba revitaliza trechos importantes do rio Barigui». Revitalização do Rio Iguaçu. Consultado em 26 de fevereiro de 2019 
  12. «Transferências Recebidas» (PDF). Prefeitura Municipal de Curitiba | Assessoria de Convênios. 5 de setembro de 2014. Consultado em 15 de janeiro de 2017 
  13. «Parque Natural Municipal Guairacá». Prefeitura Municipal de Curitiba (salvo em Wayback Machine). Consultado em 15 de janeiro de 2017 
  14. «Prefeitura inicia 1º trecho de revitalização do rio Barigui». Caderno do Bairro | Campo de Santana. 9 de agosto de 2012. Consultado em 15 de janeiro de 2017 
  15. «Drenagem - Curitiba vai investir R$ 798 milhões em projetos para prevenir enchentes». www.curitiba.pr.gov.br. Prefeitura Municipal de Curitiba. 27 de abril de 2014. Consultado em 15 de janeiro de 2017 
  16. «Limpeza - Começa projeto de despoluição do Rio Uvu». Bem Paraná (salvo em Wayback Machine). 26 de março de 2008. Consultado em 15 de janeiro de 2017 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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