Roberto Campos Neto
Roberto Campos Neto | |
---|---|
Campos Neto em fevereiro de 2019 | |
27.° Presidente do Banco Central do Brasil | |
Período | 28 de fevereiro de 2019 até a atualidade |
Presidentes | Jair Bolsonaro (2019–2022) Luiz Inácio Lula da Silva (2023-) |
Antecessor(a) | Ilan Goldfajn |
Dados pessoais | |
Nascimento | 28 de junho de 1969 (53 anos) |
Nacionalidade | Brasileiro |
Alma mater | Universidade da Califórnia |
Prêmio(s) | Medalha do Pacificador[1] |
Profissão | economista |
Assinatura | ![]() |
Roberto de Oliveira Campos Neto (Rio de Janeiro, 28 de junho de 1969) é um economista brasileiro. É o atual presidente do Banco Central do Brasil.[2]
Biografia[editar | editar código-fonte]
Roberto Campos Neto é filho de Roberto de Oliveira Campos Filho. Executivo do mercado financeiro, com 18 anos de passagem pelo Banco Santander, é neto do economista Roberto Campos, que comandou o Ministério do Planejamento no governo Castelo Branco (1964 - 1967) e foi um dos idealizadores do BNDES.[3]
Graduado em Economia, com especialização em Finanças, pela Universidade da Califórnia,[4] Roberto Campos Neto trabalhou, entre 1996 e 1999, no Banco Bozano Simonsen, nos cargos de operador de Derivativos de Juros e Câmbio, operador de Dívida Externa, operador da área de Bolsa de Valores e também como executivo da Área de Renda Fixa Internacional. Também trabalhou, de 2000 a 2003, como chefe da área de Renda Fixa Internacional no Banco Santander.
No ano de 2004, ocupou a posição de Gerente de Carteiras na Claritas Investimentos. Ingressou no Santander em 2005, como operador, e, no ano seguinte, tornou-se chefe do setor de trading. Em seguida, passou a ser responsável pela área de Tesouraria e Formador de Mercado Regional e Internacional.
Presidência do Banco Central[editar | editar código-fonte]
Em 15 de novembro de 2018, foi anunciado pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, como o próximo presidente do Banco Central do Brasil, substituindo Ilan Goldfajn.[5] Seu nome foi submetido a aprovação no Senado Federal,[6] contando com 55 votos favoráveis e 6 contrários.[7]
Antes de assumir a presidência do BC, Roberto Campos Neto defendeu a autonomia do BC e a modernização do mercado bancário, visando aumentar a concorrência entre os poucos bancos que compõe o setor financeiro do país. Quando questionado sobre o fato de o lucro dos bancos terem-se mantido elevados, mesmo durante a crise econômica de 2014 no país, Campos Neto defendeu que não se pode observar apenas esse fator:[8]
É preciso ver qual é o lucro em relação ao capital empregado. O retorno dos bancos já foi bem maior, de 19%, 20%, e caiu para 12%. Bancos rendiam a mesma coisa que títulos do governo. Agora a rentabilidade voltou para algo como 15%. Apesar de o lucro ser crescente, a rentabilidade baixou muito.— Roberto Campos Neto, durante sua sabatina no Senado
Em 28 de fevereiro de 2019, Roberto Campos Neto toma posse como Presidente do Banco Central após reunião privada com o Presidente da República Jair Messias Bolsonaro dentro do Palácio do Alvorada, cargo onde teve a indicação do próprio Presidente Bolsonaro devido a sua postura como defensor do liberalismo econômico uma das históricas marcas herdadas de seu avô [9]. Junto ao governo Bolsonaro o seu trabalho de maior visibilidade foi o lançamento do Pix em 20 de novembro de 2020 [10], aderido por estimadas 100 milhões de Brasileiros ao fim de 2022 [11].
Resumo de sua carreira[12][editar | editar código-fonte]
- Operador de Derivativos de Juros e Câmbio (1996), no Banco Bozano Simonsen (1996)
- Operador de Dívida Externa, no Banco Bozano Simonsen (1997)
- Operador da área de Bolsa de Valores, no Banco Bozano Simonsen (1998)
- Executivo da Área de Renda Fixa Internacional, no Banco Bozano Simonsen (1999)
- Chefe da área de Renda Fixa Internacional no Santander Brasil (2000 a 2003)
- Gerente de Carteiras na Claritas no Santander Brasil (2004)
- Chefe do Setor de Trading no Santander Brasil (2006)
- Responsável pela área de Proprietária de Tesouraria e Formador de Mercado Regional & Internacional no Santander Brasil (2010)
Referências
- ↑ «Boletim do Exército do Brasil de julho de 2020». Secretaria Geral do Exército do Brasil (pdf). Consultado em 10 de setembro de 2020
- ↑ «Paulo Guedes confirma Campos Neto como chefe do BC e Mansueto no Tesouro». economia.uol.com.br. Consultado em 11 de janeiro de 2019
- ↑ Goeking, Weruska. «Quem é Roberto Campos Neto, indicado para a presidência do Banco Central». www.infomoney.com.br. Consultado em 16 de novembro de 2018
- ↑ «Roberto Campos Neto substituirá Ilan Goldfajn na presidência do BC | EXAME». exame.abril.com.br. Consultado em 16 de novembro de 2018
- ↑ «Roberto Campos Neto é indicado para comandar o BC no governo Bolsonaro». G1
- ↑ «Comissão do Senado aprova indicação de Roberto Campos Neto para presidente do BC». G1. 26 de fevereiro de 2019. Consultado em 26 de fevereiro de 2019
- ↑ Carvalho e Carneiro, Daniel e Mariana (26 de fevereiro de 2019). «Senado aprova Roberto Campos Neto como novo presidente do BC». Folha de S.Paulo. Consultado em 26 de fevereiro de 2019
- ↑ Braziliense, Correio; Braziliense, Correio (27 de fevereiro de 2019). «Futuro presidente do BC, Roberto Campos Neto defende mais concorrência». Correio Braziliense. Consultado em 27 de janeiro de 2020
- ↑ «Campos Neto toma posse como presidente do Banco Central». Agência Brasil. 28 de fevereiro de 2019. Consultado em 4 de setembro de 2022
- ↑ «Meios de pagamentos e a revolução do PIX - Evento ONLINE e GRATUITO». www.sympla.com.br. Consultado em 4 de setembro de 2022
- ↑ «Pix alcança 100 milhões de usuários, 61% dos usuários de banco do Brasil». Poder360. Consultado em 4 de setembro de 2022
- ↑ Comércio, Jornal do. «Roberto Campos Neto será presidente do BC no governo Bolsonaro». Jornal do Comércio
Precedido por Ilan Goldfajn |
Presidente do Banco Central do Brasil 2019 – atualidade |
Sucedido por — |