Rock industrial

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Rock industrial
Origens estilísticas
Contexto cultural Final da década de 1970 nos Estados Unidos
Instrumentos típicos Guitarra elétrica, sintetizador, Drum machine, Caixa de ritmos, Bateria, Sequenciador, Teclado, Sampler, Baixo elétrico, Baixo
Popularidade Moderada em meados da década de 1980
Subgêneros
Metal industrial
Formas regionais
Alemanha
Outros tópicos
Bandas

Rock industrial é um gênero musical que mistura a música industrial com específicos subgêneros do rock. As primeiras fusões da música industrial com o rock foram praticadas por bandas pós-punk, incluindo Chrome, Killing Joke, Swans, Foetus e Big Black.

Características[editar | editar código-fonte]

O Metal industrial tem diferenças regionais. No caso do Ministry, o criador americano do estilo fundido com o metal, apresenta: bateria eletrônica, uso intensivo de sintetizador, riffs de guitarra derivados do thrash metal e muita distorção: na guitarra, na bateria e, principalmente, nos vocais. Uma outra característica marcante do Rock Industrial daquele tempo eram os samples que coloriam as faixas – as invocações de Aleister Crowley, slogans nazistas e diálogos de filmes de terror, como em diversas passagens do Skinny Puppy.

História[editar | editar código-fonte]

A guitarra nunca foi um corpo estranho na música industrial. De Cabaret Voltaire ("Nag Nag Nag") à Skinny Puppy ("Testure"), todos usaram guitarras distorcidas como um elemento a mais nas suas composições. Paralelo a esses artistas, temos o Pós-punk do Joy Division, Killing Joke e Public Image Ltd. Esses três grupos - dentre outros - conseguiram fundir de forma bem-sucedida o Dub jamaicano, o Punk rock inglês e a batida mecânica do Kraftwerk, antecipando o rock industrial em muitos sentidos. Apesar disso tudo, ninguém antes do Ministry tinha feito "um Thrash metal com sequenciadores" (palavras do próprio Al Jourgensen).

Independente dos protestos headbangers, o metal industrial se firmou no começo dos anos 1990 - inclusive com a aprovação do mainstream. Prova disso foi o Ministry e o Nine Inch Nails concorrerem no Grammy para Best Metal Performance (1992).[1] (Foi o NIN que levou a estatueta para casa[2]). O nível de vendas também ia bem - o Nine Inch Nails conseguiu um disco de platina[3] por Broken (1992) e o Ministry atingiria a mesma marca três anos depois com o seu Psalm 69 (1992).[4]

Essa nova re-popularidade da música industrial se refletiu no número de encomendas por remixes que esses artistas receberam. Medalhões como Pantera, Prong, Megadeth, Anthrax e White Zombie encomendaram remixes para, respectivamente, o Godflesh, Foetus, Nine Inch Nails, Ministry e KMFDM. Até grupos de grindcore e death metal se renderam ao experimentalismo da música industrial. Membros do Obituary e Napalm Death se juntaram para montar o Meathook Seed; Mick Harris (ex-batera do Napalm) formou o Scorn; e o Morbid Angel encomendou um EP de remixes para a banda Laibach. Mas influência do rock industrial não parou no Metal; de mega-estrelas do rock alternativo (Red Hot Chili Peppers) até veteranos como David Bowie experimentaram com o estilo.

Esse surto de popularidade abriu as portas para a nova geração do rock industrial atingirem sucesso comercial - entre eles Marilyn Manson, a Maldita (RJ) e a Desrroche (BA) no Brasil, Filter, Fear Factory, Stabbing Westward, Rob Zombie, Powerman 5000, Porcelain and the Tramps e os alemães do Rammstein. Segundo os cálculos da RIAA (Recording Industry Association of America) o gênero vendeu, só entre 1995-1999, cerca de 17,5 milhões de cópias nos Estados Unidos. E entre 2000-2005, 10 milhões de cópias.[4]

Críticas[editar | editar código-fonte]

"Com o Ministry, o som industrial deixou de ser chato". "Eles provam que, de agora em diante o conceito de "música pesada" terá de ser revisto".[5] A empolgação da revista Bizz com o Ministry contrasta vividamente com uma resenha feita para o Tabula Rasa (1993) do Einstürzende Neubauten.[6]

Referências

  1. «35th Annual Grammy Awards - 1993». ROCK ON THE NET. Consultado em 2 de Setembro de 2007 
  2. «Grammy Award Winners». GRAMMY.com. Consultado em 2 de Setembro de 2007 
  3. «GOLD AND PLATINUM - Searchable Database». RIAA. Consultado em 2 de Setembro de 2007 
  4. a b Idem.
  5. BARCINSKI, André. Ministry: The Mind is a Terrible Thing to Taste - Psalm 69. In: Discos. Bizz, ed. 87, p. 51, out 1992.
  6. ANTUNES, Alex. "Cultura" Demais. In: Zona Franca. Bizz, ed. 94, p. 54, mai 1993.

Ver também[editar | editar código-fonte]