São Francisco do Conde
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Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Lema | Humilitis tamquam dives "A humildade é nobre" | ||
Apelido(s) | "Chico do Conde" | ||
Gentílico | franciscano | ||
Localização | |||
Localização de São Francisco do Conde na Bahia | |||
Mapa de São Francisco do Conde | |||
Coordenadas | |||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Bahia | ||
Região metropolitana | Salvador | ||
Municípios limítrofes | Candeias, Madre de Deus, Santo Amaro, São Sebastião do Passé, Saubara | ||
Distância até a capital | 67 km | ||
História | |||
Fundação | 1697 (325 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Antônio Carlos Vasconcelos Calmon (PP, 2021 – 2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 269,715 km² | ||
População total (estimativa IBGE/2021[2]) | 40 664 hab. | ||
Densidade | 150,8 hab./km² | ||
Clima | Não disponível | ||
Altitude | 8 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[3]) | 0,674 — médio | ||
Gini (PNUD/2010[4]) | 0,50 | ||
PIB (IBGE/2019[5]) | R$ 8 383 471,46 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2019[5]) | R$ 210 629,40 | ||
Sítio | Sítio oficial (Prefeitura) |
São Francisco do Conde é um município brasileiro localizado na Região Metropolitana de Salvador, no estado da Bahia. Sua população estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 2021 era de 40 664 habitantes.
São Francisco do Conde pertenceu a Salvador até 1697, quando foi emancipado.
Grande parte de sua economia e PIB deve-se da arrecadação municipal de impostos ligados à produção e refino de petróleo pela refinaria RLAM, da Petrobras.[6]
Em maio de 2014, foi inaugurado no município um campus da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), única instituição com este perfil.[7]
Geografia[editar | editar código-fonte]
Praias[editar | editar código-fonte]
- Praia da Ilha das Fontes
- Praia Ilha Bimbarras
- Praia da ilha de Cajaíba
- Praia da Ilha do Paty
- Praia de Santo Estevão
História[editar | editar código-fonte]
Em 1618, por ordem do Conde de Linhares, foi construído no alto de um monte, no Recôncavo Baiano, um convento e uma igreja, onde, mais tarde, surgiria a cidade de São Francisco do Conde, em 1698.
O nome homenageia o padroeiro da cidade e o conde Fernão de Noronha, cuja mulher, D. Filipa de Sá, herdara as terras do irmão, Francisco de Sá, filhos ambos do 3° governador-geral do Brasil, Mem de Sá.[8] A região onde fica a cidade foi conquistada pelo império português através de guerras travadas contra os índios que viviam nas margens dos rios Paraguaçu e Jaguaribe.
No passado, a riqueza da cidade se baseava nas plantações de cana de açúcar que deram início ao desenvolvimento econômico da área.
A diversidade de etnias que ajudou a construir São Francisco do Conde culturalmente está presente no cotidiano da cidade. As palmeiras imperiais, símbolo da administração portuguesa, estão por toda parte, as construções coloniais são majestosas e conservam a memória da região. Os tupinambás e os Caetés Negros deixaram de legado, entre outras coisas, uma rica gastronomia. O mingau de farinha de milho, a tapioca e o preparo do peixe assado na folha de bananeira são exemplos dessa herança.
No Município nasceu também Mário Augusto Teixeira de Freitas, idealizador e fundador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Formação Administrativa[editar | editar código-fonte]
Elevado à categoria de vila com a denominação de São Francisco da Barra de Sergipe do Conde, em 27-11-1697. Instalada em 16 de fevereiro de 1698.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, a vila aparece constituída de 5 distritos: São Francisco da Barra do Sergipe do Conde, Boqueirão, Cabeceiras do Passe, Monte do Recôncavo, Socorro do Recôncavo.
Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920, a vila aparece constituída de 6 distritos: São Francisco da Barra do Sergipe do Conde, São Gonçalo, Madre de Deus do Boqueirão (ex-Boqueirão), Nossa Senhora do Monte (ex-Monte do Recôncavo), Nossa Senhora do Socorro (ex- Socorro do Recôncavo), São Sebastião das Cabeceiras do Passe (ex-Cabeceiras do Passe).
Pelos decretos estaduais nºs 7455, de 23 de junho de 1931 e 7479, de 8 de julho de 1931, o município tomou a denominação de São Francisco. Por este último decreto São Francisco (ex-São Francisco da Barra de Sergipe do Conde), adquiriu o extinto território do extinto município de São Sebastião. como simples distrito.
Pelo decreto estadual nº 7600, de 11 de setembro de 1931, desmembra do município de São Francisco o distrito de São Sebastião. Elevado à categoria de município.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município aparece constituído de 4 distritos: São Francisco, Bom Jesus, Madre de Deus do Boqueirão e Socorro do Recôncavo (ex-Nossa Senhora do Socorro).
Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município aparece constituído de 5 distritos: São Francisco, São Gonçalo (ex-São Francisco), Bom Jesus, Madre de Deus do Boqueirão, Monte Recôncavo e Santo Estevão.
Pelo decreto-lei estadual nº 10724, de 30 de março de 1938, o distrito de São Gonçalo voltou a denominar-se São Francisco.
Pelo decreto estadual nº 11089, de 30 de novembro de 1938, São Francisco adquiriu do município São Sebastião o distrito de Colônia. Pelo mesmo decreto os distritos de Bom Jesus e Santo Estevão tomaram a denominação, respectivamente de Senhor dos Passo e Socorro.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 6 distritos: São Francisco, Colônia, Madre de Deus, Monte Recôncavo, Senhor dos Passos (ex-Bom Jesus) e Socorro (ex-Santo Estevão).
Pelo decreto estadual nº 141, de 31 de dezembro de 1943, retificado pelo decreto estadual nº 12978, de 1 de junho de 1944, o município de São Francisco passou a denominar-se São Francisco do Conde. Os distritos de Colônia, Madre de Deus e Socorro, passaram a chamar-se, respectivamente, Santa Eliza, Suape e Mataripe. No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 6 distritos: São Francisco do Conde (ex-São Francisco), Mataripe (ex-Socorro) Monte Recôncavo, Santa Eliza ex-(Colônia), Senhor dos Passos e Suape (ex-Madre de Deus).
Pelo Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, de 2 de agosto de 1947, os distritos de Senhor dos Passos e Suape foram transferidos para o município de Salvador como subdistritos, com os nomes, respectivamente de Bom Jesus e Madre de Deus. Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 4 distritos: São Francisco do Conde, Mataripe, Monte Recôncavo e Santa Eliza.
Pela lei estadual nº 628, de 30 de dezembro de 1953, o distrito de Santa Eliza foi extinto, sendo seu território anexado ao distrito sede do município de São Francisco do Conde. Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 3 distritos: São Francisco do Conde, Mataripe e Monte Recôncavo. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Alterações toponímicas municipais[editar | editar código-fonte]
São Francisco da Barra de Sergipe do Conde para São Francisco, alterado pelos decretos estaduais nºs 7455, de 23 de junho de 1931 e 7479, de 8 de julho de 1931. São Francisco para São Francisco do Conde, alterado pelo decreto estadual nº 141, de 31 de dezembro de 1943, retificado pelo decreto estadual nº 12978, de 1 de junho de 1944.
Referências
- ↑ IBGE (31 de agosto de 2020). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 10 de janeiro de 2021
- ↑ «estimativa_dou_2021.pdf» (PDF). ibge.gov.br. Consultado em 27 de agosto de 2021
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil» (PDF). Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 7 de agosto de 2013
- ↑ Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (2010). «Perfil do município de São Francisco do Conde - BA». Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013. Consultado em 4 de março de 2014
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios - 2010 à 2019». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 19 de dezembro de 2021
- ↑ SANTANA, Jaciara de (2011). «São Francisco do Conde e o enigma da riqueza e pobreza no Recôncavo baiano» (PDF). UCSal. Consultado em 23 de julho de 2014. Arquivado do original (PDF) em 3 de março de 2016
- ↑ «Campus dos Malês é inaugurado em São Francisco do Conde, na Bahia». Unilab. 13 de maio de 2014. Consultado em 23 de julho de 2014
- ↑ Breve recapitulação das sesmarias das terras de Sergipe, pertencentes ao conde de Linhares e que foram concedidas a Fernão Rodrigues Castelo Branco , Cartório dos Jesuítas, mç. 14, n.º 38, Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Lisboa, Portugal