São José dos Salgados

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São José dos Salgados
  Distrito do município de Carmo do Cajuru  
Igreja de São José.
Igreja de São José.
Igreja de São José.
Localização
São José dos Salgados está localizado em: Minas Gerais
São José dos Salgados
Localização em Minas Gerais
Coordenadas 20° 5' 13" S 44° 46' 39" O
País  Brasil
Estado Minas Gerais
Município Carmo do Cajuru
Características geográficas
Altitude 850 m

São José dos Salgados é um distrito brasileiro do município de Carmo do Cajuru, estado de Minas Gerais.[1] Sua população é estimada em 5.000 habitantes e possui 1.700 eleitores (2010).

História[editar | editar código-fonte]

O Distrito de São José dos Salgados foi elevado à categoria de Distrito pela Lei Estadual nº 1.039, de 12 de dezembro de 1953,[2] e o nome remonta ao lugar denominado fazenda do "Salgado".

Quanto ao nome, há variações entre "São José do Salgado ou dos Salgados". Os primitivos povoadores foram os Alves Salgados, que deram o nome a fazenda de sua propriedade e, em 1785, já habitavam a região, desde as Três Barras e Pedra Negra (Igaratinga),até a Prata (São Gonçalo do Pará), perto do Rio Pará. Versão dos antigos, São José dos Salgados surgiu onde hoje é um antigo quintal, com velhas jabuticabeiras e outras espécies, que pertenceu a Joaquim Cordeiro, ao lado do Córrego Salgado, afluente do Ribeirão dos Morais, que ganha este nome ao cair na Córrego Fazenda Nova. Este local fora a antiga fazenda dos Alves Salgado, que era um local de troca de querosene e "sal", vindos do Rio de Janeiro ou de São Paulo, por produtos da terra, como rapadura, toucinho, farinha. Na Fazenda dos Alves, adquiria-se o "sal"; daí os "Alves do sal ou Alves dos Salgados e Alves Salgados, Salgados e hoje São José dos Salgados".

Entretanto os Alves Salgado descendem da família Salgado do reino da Galiza, Espanha, tronco da família de Francisco Alves Salgado e Maria Alves Ribeiro, onde fixaram residência e os descendentes deram-lhe o nome, de acordo com Salvador de Moya,[3] e onde se construiu a Capela de N. S. do Rosário, em meados de 1890, próximo do caminho para Belo Horizonte, e ao seu redor fixou-se o povoado, onde ainda hoje existem as antigas casas de famílias da época.

Posteriormente, foi construída a Igreja de São José - Padroeiro da Comunidade, onde o povoado sedimentou e experimenta desenvolvimento. O traçado da comunidade e a aparência da igreja foi do Sr. Vicente Luiz Quadros - o Buque, e sua construção deu-se pelo esforço popular e a liderança do Padre José de Queiróz; após cada celebração de missa, reunia os fiéis que extraíam pedras na região dos Mangues, transportadas em vários carros de boi, para o construção da igreja. Os fundadores do Distrito foram os Gomes Pinheiro e o Português Manoel José Quadros, doadores da gleba de terra. A primeira capela foi construída na década de 1890 e o primeiro batizado realizado em 3 de novembro de 1895 (no maior altar da capela do Rosário, no lado direito do piso, existe uma peça de madeira esculpida com a data do ano da sua construção).

O cemitério de muro de pedras teve o primeiro sepultamento em 7 de maio de 1914 e foi ampliado em 1986. A igreja de São José foi inaugurada em 10 de abril de 1946, sendo que até 2010 a cumieira da igreja era a mesma da época da sua construção, uma única peça de madeira doada por um fazendeiro da região denominada Mato Escuro. No mesmo ano foi realizada a 1ª Festa da Semana Santa, e a primeira Escola foi criada pela Lei Municipal de Itaúna, nº 11, de 20 de maio de 1903, mas a primeira Professora de Salgados foi nomeada apenas em 29 de maio de 1933; a Escola Rural foi criada em 6 de setembro de 1944 e a Escola Estadual, em 29 de maio de 1959; em 1998, foi criada a Escola Municipal São José. Possui cartório desde 1957, sendo o primeiro registro de nascimento datado de 15 de setembro de 1957; o primeiro óbito foi registrado em 24 de setembro de 1957 e o primeiro casamento em 4 de novembro de 1957. Possui banda de música da cidade desde 1959.

Em 1966 recebeu energia elétrica; Polícia Militar, desde 1981 e Posto de Saúde, desde 1992. Em 11 de novembro de 1988 foi inaugurado o Posto Telefônico "Pedro Capitão", que funcionou até receber a telefonia fixa residencial. Possui infraestrutura como linhas regulares de ônibus, telefones e Internet. Socialmente possui a Guarda Mirim, fundada em 27 de março de 2002, foram realizadas quatro edições da Gincana da Liberdade em 21 de abril; Festa de Natal, Passeio Ciclístico e Congado. Tem representação política desde 1953 na Câmara Municipal de Carmo do Cajuru.

Hoje conta com agência bancária, dois supermercados, duas padarias, dois açougues, lojas de eletrodomésticos e confecções, papelaria, bares, sorveteria, farmácia, uma empresa de ônibus de turismo, serviços de água tratada e esgoto, coleta de lixo. O distrito já contou com uma boate, já desativada, localizada em um galpão atingido em 2013 por forte tempestade e vento.[4]

O distrito mantém uma "Comissão Pró-emancipação", adiada com o PLS 98/02,do Senado Federal. Localizado às margens da estrada rodoviária MG 050, conta com mais de 600 residências, prédios públicos.

Apesar de contar com diversos tipos de profissionais, o distrito não comporta o exercício de atividades especializadas, sendo geralmente necessário o deslocamento da maioria desses profissionais a cidades próximas como Divinópolis, Itaúna, a sede Carmo do Cajuru, entre outras cidades[carece de fontes?]. Foi criada a ASAL - Academia Salgadense de Artes e Letras, idealizada pela Escritora Maria de Fátima Quadros, fundada em 19 de março de 2010, cuja formação está em andamento. O morador mais antigo do Distrito é o Sr. Antonio Batista Quadros, nascido em 13/06/1912, com 101 anos e foi destaque na Revista VIVER Brasil, na coluna Personagem, edição 105.[5]

Referências

  1. «Emancipação - site do Município de Carmo do Cajuru». Consultado em 6 de novembro de 2014. Arquivado do original em 6 de novembro de 2014 
  2. Enciclopédia dos Municípios Brasileiros – Volume XXIV ano 1958, in Biblioteca do IBGE
  3. Diomar, Oswaldo (2004). Geneologia de Carmo do Cajuru. [S.l.: s.n.] 37 páginas 
  4. Silva, Anna Lúcia (24 de setembro de 2013). «Chuva destelha e destrói estrutura de galpão em São José dos Salgados». G1 Minas Gerais - Globo.com. Consultado em 11 de Novembro de 2014 
  5. Diomar, Oswaldo (2000). História de Carmo do Cajuru. [S.l.: s.n.] 244 páginas