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São Thomé das Letras

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São Thomé das Letras
  Município do Brasil  
Vista da cidade
Vista da cidade
Vista da cidade
Símbolos
Bandeira de São Thomé das Letras
Bandeira
Brasão de armas de São Thomé das Letras
Brasão de armas
Hino
Gentílico letrense[1][2]
Localização
Localização de São Thomé das Letras em Minas Gerais
Localização de São Thomé das Letras em Minas Gerais
Localização de São Thomé das Letras em Minas Gerais
São Thomé das Letras está localizado em: Brasil
São Thomé das Letras
Localização de São Thomé das Letras no Brasil
Mapa
Mapa de São Thomé das Letras
Coordenadas 21° 43′ 19″ S, 44° 59′ 06″ O
País Brasil
Unidade federativa Minas Gerais
Municípios limítrofes Três Corações, Cruzília, São Bento Abade, Conceição do Rio Verde, Luminárias, Baependi[3]
Distância até a capital 346 km
História
Fundação 1 de março de 1963 (61 anos)
Administração
Prefeito(a) Tomé Reis Alvarenga (MDB, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [5] 369,515 km²
População total (estimativa IBGE/2024) [6] 7 089 hab.
Densidade 19,2 hab./km²
Clima Tropical de Altitude (Cwb)
Altitude 1 227 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
CEP 37408-000 a 37409-999[4]
Indicadores
IDH (PNUD/2010[7]) 0,667 médio
PIB (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/2008[8]) R$ 48 981,861 mil
PIB per capita (IBGE/2008[8]) R$ 7 119,46
Sítio www.saotomedasletras.mg.gov.br (Prefeitura)
www.saothomedasletras.mg.leg.br (Câmara)

São Thomé das Letras é um município do estado de Minas Gerais, no Brasil. Localiza-se a 346 km da capital do estado.[9] Sua população em julho de 2024 foi estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 7 089 habitantes.[6]

Seu nome deve-se a uma lenda sobre o suposto encontro no final do século XVIII de uma estátua de São Tomé em uma gruta por João Antão, um escravo fugido de João Francisco Junqueira, juntamente com uma carta de escrita perfeita (impossível a um escravo analfabeto). Outra versão da lenda diz que a carta teria sido entregue na gruta a João Antão por um senhor de vestes brancas. Apresentando a carta ao seu antigo dono, como ordenado pelo senhor de vestes brancas, João Antão teria conseguido sua alforria, pois João Francisco Junqueira teria ficado bastante impressionado pelo relato do escravo e teria mesmo ordenado a construção de uma igreja ao lado da referida gruta, que hoje se encontra no que é o Centro de São Tomé das Letras. Acredita-se que o filho de João Francisco Junqueira, Gabriel Francisco Junqueira, esteja sepultado debaixo do altar da igreja, a atual Igreja Matriz.[10] Já o "das Letras" do topônimo refere-se às inscrições rupestres que ainda podem ser vistas na gruta onde teria sido encontrada a estátua de são Tomé.[11]

Os índios cataguás habitaram a região até o século XVIII, quando foram expulsos pelos bandeirantes. Em 1785, começou a ser construída a Igreja Matriz, em estilo barroco com pinturas de Joaquim José da Natividade no estilo rococó. Durante o século XIX, a cidade se tornou uma cidade-dormitório, pois só era ocupada pelos fazendeiros da região nas épocas de festa, permanecendo o resto do ano com as casas fechadas e vazias. A partir do início do século XX, a extração das "pedras de são tomé" (quartzito) se tornou a principal atividade econômica da cidade. Em 1991, a famosa imagem de são Tomé foi roubada da Igreja Matriz.[11]

São Tomé das Letras é uma localidade tipicamente serrana, edificada sobre um largo depósito mineral de quartzito do neoproterozoico,[12] que é conhecido como "pedra de são tomé" e que é utilizado largamente na pavimentação de bordas de piscinas, na construção de algumas casas no município, no calçamento das ruas e na elaboração do artesanato local.

Seu ar rústico, típico do interior de Minas Gerais, e sua localização montanhosa e elevada a 1 440 metros acima do nível do mar (permitindo a observação de praticamente toda a região ao redor) fazem com que a cidade seja destino preferido de muitos turistas entusiastas da natureza e de gentes ligadas às artes em geral, tendo sido inclusive cenário para a minissérie Filhos do Sol da extinta Rede Manchete. A cidade também atrai visitantes em busca de supostas aparições de ovnis na cidade.[13]

Existem diversas opções de visitas, como a Gruta São Tomé, Gruta do Carimbado, Casa da Pirâmide, formações rochosas (a Pedra da Bruxa é a mais famosa), as cachoeiras Eubiose, Véu de Noiva, Paraíso, Lua, Antares entre outras, e corredeiras como Shangri-lá, Sobradinho e inúmeras outras em toda região.

As estradas da região são de terra em boas condições. Há muitas trilhas para bicicletas e encontros periódicos de praticantes de motocross e off road.[14] Entre os caminhos mais interessantes, estão as estradas até Carrancas e Aiuruoca.

Alguns acreditam que São Tomé seja um dos sete pontos energéticos da Terra, o que atrai, para o lugar, místicos, sociedades espiritualistas, científicas e alternativas, o que dá razão a outro nome da cidade: "Cidade Mística".

Além disso, a cidade tem o centro histórico tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais desde 1996. Embora adulterado, ainda possui grande significado cultural e ecológico. A Igreja Matriz começou a ser construída em 1785 e possui retábulos do período rococó e o forro marcado pela excelência da pintura do artista colonial Joaquim José da Natividade. A Igreja de Pedra, tombada em 1985, também é do século XVIII.[15]

O histórico caminho da Estrada Real passava pela porção sudeste do território do município, não cruzando a área urbana, no caminho entre as cidades vizinhas de Baependi e Cruzília.[16]

Algumas das principais cachoeiras e corredeiras d'água do município são:

  • Cachoeira da Lua
  • Vale das Borboletas
  • Floresta dos Duendes
  • Cachoeira Véu da Noiva
  • Cachoeira Antares
  • Cachoeira da Eubiose
  • Cachoeira do Flávio
  • Corredeira Xangrilá
  • Cachoeira Paraíso
  • Cachoeira dos Sonhos
  • Cachoeira da Chuva

Referências

  1. http://www.saothomedasletras.mg.leg.br/conteudo.php?pag=historia Arquivado em 10 de janeiro de 2017, no Wayback Machine. Câmara Municipal de Vereadores
  2. https://dicionarioegramatica.com.br/publicacoes-fixas/gentilicos-brasileiros/ Dicionário de gentílicos brasileiros
  3. IBGE (2009). «Mapa Político do Estado de Minas Gerais» (PDF). Consultado em 10 de maio de 2010 
  4. Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. «Busca Faixa CEP». Consultado em 1 de fevereiro de 2019 
  5. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de número cinco (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  6. a b «Estimativas da população residente no Brasil e unidades da federação com data de referência em 1º de julho de 2024» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 4 de setembro de 2024 
  7. «Ranking IDHM Municípios 2010». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2013. Consultado em 15 de junho de 2015 
  8. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010 
  9. «Distanciaskm.com» 
  10. Trivago. Disponível em http://www.visitesaothome.com.br/index.php?q=cidade. Acesso em 13 de abril de 2015.
  11. a b Guia de cachoeiras.com.br. Disponível em http://www.guiadecachoeiras.com.br/conteudo_cidades.php?cidade=S%C3O%20TOM%C9%20DAS%20LETRAS&cod_cidade=128&cod_tipo=2. Acesso em 13 de abril de 2015.
  12. «Estrutura, litoestratigrafia e metamorfismo do Grupo Carrancas na frente orogênica da Faixa Brasília Meridional» (PDF). www.teses.usp.br 
  13. Ovnihoje.com. Disponível em http://ovnihoje.com/2013/11/09/exposicao-sobre-ufologia-sao-tome-das-letras-mg-brasil/#axzz3XE2GShmw. Acesso em 13 de abril de 2015.
  14. Expedição offroad vai percorrer a Estrada Real - Carpress
  15. São Tomé das Letras Arquivado em 5 de março de 2016, no Wayback Machine. - IEPHA, 12 de fevereiro de 2010 (visitado em 3-3-2010)
  16. Estrada Real - Instituto Estrada Real

Ligações externas

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