Sé de Santa Catarina

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Sé de Santa Catarina
Sé de Santa Catarina
Tipo
Estilo dominante Maneirista
Engenheiro Júlio Simão
Início da construção 1562
Fim da construção 1619
Promotor / construtor Jorge Cabral
Religião Igreja Católica
Diocese Arquidiocese de Goa e Damão
Ano de consagração 1640
Sacerdote Filipe Neri Ferrão
Website
Dimensões
Altura 55 m
Outras dimensões 76 m comprimento
Património Mundial
Designação Igrejas e Conventos de Goa
Critérios (vii)(ix)(x)
Ano 1986
Referência 234 en fr es
Património Nacional
SIPA 11431
Geografia
País Índia
Cidade Goa Velha
Endereço Praça da Sé, s/nº
Coordenadas 15° 30' 13.58" N 73° 54' 44.39" E
Sé de Santa Catarina está localizado em: Goa
Sé de Santa Catarina
Geolocalização no mapa: Goa
Mapa
Mapa de Goa Velha

A Sé de Santa Catarina é uma catedral dedicada à Santa Catarina de Alexandria, situada em Goa Velha. Faz parte do conjunto pertencente ao patrimônio da Humanidade de Igrejas e Conventos de Goa e é a sé episcopal da Arquidiocese de Goa e Damão. É uma construção grandiosa portuguesa revelando uma vontade de impressionar com a “riqueza, poder e fama dos portugueses que dominavam os mares desde o Atlântico até ao Pacífico”.[1] É considerada a maior igreja construída pelos portugueses em todo o mundo.[2]

História[editar | editar código-fonte]

Uma capela foi construída para comemorar a vitória portuguesa de Afonso de Albuquerque sobre o exército muçulmano, capturando a cidade de Goa em 1510, que se tornaria a capital do Estado Português da Índia. Como a vitória foi em 25 de novembro, dia dedicado a Santa Catarina de Alexandria, a obra foi dedicada a ela.

Foi encomendado pelo governador Jorge Cabral a construção de um templo maior em 1552 sobre as ruínas de uma estrutura anterior, provavelmente uma mesquita.[3] A atual construção começou em 1562, sob o reinado de Dom Sebastião de Portugal, após a elevação à dignidade de arquidiocese metropolitana de Goa.[3] A catedral foi concluída em 1619 e consagrada em 1640.

Arquitetura[editar | editar código-fonte]

O estilo arquitetônico da Catedral é maneirista, comum na época nas localidades portuguesas. O exterior apresenta características toscanas e o interior, coríntias. A nave tem 76 metros de comprimento, 55 metros de altura e o frontispício tem 35 metros. A fachada, com três portais, possui uma só torre, a da esquerda, pois a da direita foi destruída durante uma tempestade em 1766 e não foi mais reconstruída.[1]

É uma igreja de planta em cruz latina.[4] Todo o edifício foi construído em laterite e posteriormente caiado. Apenas os elementos nobres da fachada, como portais, janelas e a edícula, foram executados em granito, trazido de Baçaim.[4]

Interior[editar | editar código-fonte]

A igreja é de três naves de igual altura, em forma de igreja-salão, coro alto e capelas laterais, transepto inscrito, cruzeiro delimitado por arcos torais e capela-mor profunda no prolongamento espacial da nave central,[4] como outras catedrais portuguesas da época, como as Sés de Miranda do Douro (começada em 1552), Leiria (começada em 1559), e Portalegre (começada em 1556).[1]

A torre da Sé abriga um grande sino conhecido como o "Sino de Ouro", devido ao seu rico tom. Diz-se que é o maior em Goa, e um dos melhores do mundo.[5] O altar principal é dedicado à Catarina de Alexandria, e existem várias pinturas antigas dos dois lados da mesma. À direita existe uma capela, da Cruz dos Milagres, onde diz-se ter aparecido uma visão de Cristo em 1919. Há seis grandes painéis, em que cenas da vida de Santa Catarina estão esculpidos. Existe um enorme retábulo dourado acima do altar-mor.

A Sé abriga também uma pia batismal feita em 1532, que foi utilizado por São Francisco Xavier, o santo padroeiro de Goa, para batizar vários goeses convertidos.

Galeria[editar | editar código-fonte]

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Referências

  1. a b c Tereno, pág. 13
  2. Agência Lusa (17 de agosto de 2008). «Entorno da Velha Goa será renovado para promover o turismo». UOL. "A Sé Catedral é a maior igreja construída pelos portugueses em todo o mundo", indicou Luís Filipe Thomaz, que todos os anos visita Goa. 
  3. a b Revista Brasil-Europa: Correspondência Euro-Brasileira 131/11 (2011:3).
  4. a b c Património de Influência Portuguesa, por António Nunes Pereira
  5. Informações sobre a Sé

Fontes[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]